Mas que baita líder, hein? Que estadista... Que gerentona... Será que ela quer mesmo ficar mais quatro anos? No que depender de mim, ela poderia ir pra casa e procurar tratamento médico ou psicológico.
Leiam o que a Veja nos informa:
Em menos de 24 horas, Dilma recua de Constituinte
Presidente desistiu da Constituinte, altamente contestada juridicamente, após reunião com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil. Segundo ministro da Justiça, Dilma havia falado "genericamente" sobre proposta
Apresentada como um dos pilares do pacto nacional para aplacar a onda
de protestos que convulsionam o país, a proposta da presidente Dilma
Rousseff de uma Constituinte para promover a reforma política no país
durou menos de 24 horas.
O recuo do governo foi anunciado
pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius
Furtado, ao deixar uma reunião nesta terça-feira com Dilma, o
vice-presidente da República, Michel Temer, e o ministro da Justiça,
José Eduardo Cardozo, no Palácio do Planalto. Minutos depois, coube ao
próprio Cardozo, visivelmente embaraçado, tentar explicar o fiasco: "A
presidente da República falou em processo constituinte específico; ela
não defendeu uma tese. Há várias maneiras de fazer um processo
constituinte específico. Uma delas seria a convocação de uma Assembleia
Constituinte, como muitos defendem. A outra forma seria, através de um
plebiscito, colocar questões que balizassem o processo constituinte
específico feito pelo Congresso. A presidente falou genericamente".
De acordo com Cardozo, que tenta encontrar uma "saída honrosa" para o
recuo, a presidente agora prefere uma consulta popular direta, que não
exija mudanças na Constituição, sobre mudanças no sistema
político-eleitoral. As críticas à ideia original e a complexidade do
tema levaram o Planalto a se alinhar com uma proposta mais simples,
sugerida pela própria OAB. Às 14h55, o Planalto divulgou uma nota
reiterando "a relevância de uma ampla consulta popular por meio de um
plebiscito".
Desde que foi alardeada pela presidente, pegando de surpresa
governadores e prefeitos que aguardavam o início de uma reunião em
Brasília, a ideia da Constituinte foi bombardeada
por juristas, políticos da base e da oposição, e, reservadamente,
considerada inviável por integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF).
Pelo menos quatro magistrados do STF procuraram líderes do governo e da
oposição para alertar sobre os riscos da proposta. Um dos ministros mais
engajados enfatizou que o anúncio da chefe do Executivo era um “golpe
contra a democracia”. Nesta terça, Dilma se reunirá com o presidente da
Suprema Corte, Joaquim Barbosa, e do Congresso, senador Renan Calheiros
(PMDB-AL).
A proposta de Dilma foi lançada no momento mais crítico do seu governo e
é altamente contestada no aspecto técnico: a Constituição brasileira é
explícita ao vetar a possibilidade de convocação de uma Constituinte com
finalidade específica. A iniciativa esconde a incapacidade do PT, que
administra o país há mais de uma década com a maior base parlamentar
desde a redemocratização, de realizar uma reforma política às claras,
pelo caminho do Legislativo – talvez, porque, aos petistas, os únicos
interesses reais sejam o financiamento público de campanha e o voto em
listas, que só beneficiariam à cúpula do partido no propósito de se
perpetuar no poder. Também demonstra a inequívoca tentação bolivariana
do PT de governar diretamente com o povo, passando por cima das
instituições democráticas. Afinal, o plebiscito sempre foi visto com
desconfiança pelo direito justamente porque os governos que lançaram mão
desse recurso resultaram em gestões populistas e autoritárias – não por
acaso, a Constituição Federal reservou essa competência ao Congresso
Nacional de maneira exclusiva.
Reforma política - A receptividade do governo à
proposta da OAB envolve o mérito das questões defendidas pela entidade, o
que inclui o financiamento público de campanha. Como efeito colateral à
adoção desse modelo de reforma, qualquer tema que envolva mudança
constitucional - como a coincidência de mandatos ou a adoção do voto
distrital para vereador e deputado - estaria descartada de antemão. O
governo vê nisso um aspecto positivo, por acreditar que a simplificação
do debate pode acelerar a implementação das mudanças.
O ministro da Justiça elogiou a proposta da OAB: "A nossa avaliação é
que essa proposta está inteiramente adequada com as premissas que
embasaram a intervenção da presidente da República ontem", disse
Cardozo.
Um ponto é tratado como inegociável pelo governo: a realização da
consulta popular. Mas, agora, em vez de decidir sobre a convocação de
uma Constituinte, os eleitores apreciaram diretamente se aprovam os
temas propostos na reforma política. "Achamos fundamental que a reforma
política passe por um processo de ampla discussão na sociedade. o
plebiscito tem um papel muito importante para que essa reforma ocorra",
afirmou Cardozo.
OAB - Antes de Cardozo anunciar a mudança de postura, o presidente da OAB já havia afirmado à imprensa que a presidente desistira da Assembleia Constituinte. Marcus Vinícius Furtado disse ter alertado Dilma sobre os perigos da proposta: "Faz parte da teoria do direito constitucional que qualquer constituinte pode dizer sobre o que ela vai regulamentar, e a convocação poderia significar graves riscos à democracia brasileira, às garantias do cidadão – inclusive às liberdades de expressão e manifestação. Levamos toda esta preocupação da sociedade civil brasileira à senhora presidente da República”, afirmou Furtado.
OAB - Antes de Cardozo anunciar a mudança de postura, o presidente da OAB já havia afirmado à imprensa que a presidente desistira da Assembleia Constituinte. Marcus Vinícius Furtado disse ter alertado Dilma sobre os perigos da proposta: "Faz parte da teoria do direito constitucional que qualquer constituinte pode dizer sobre o que ela vai regulamentar, e a convocação poderia significar graves riscos à democracia brasileira, às garantias do cidadão – inclusive às liberdades de expressão e manifestação. Levamos toda esta preocupação da sociedade civil brasileira à senhora presidente da República”, afirmou Furtado.
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