terça-feira, 30 de novembro de 2010

Cine Barricada atualizado

Olavo de Carvalho, ali no cantinho direito superior.

WikiLeaks: Terrorista protege terrorista

No Ex-Blog do Cesar Maia:

POLÍCIA FEDERAL PRENDE TERRORISTAS, MAS NÃO DIVULGA! GOVERNO NÃO QUER LEI ANTITERROR!


(Folha SP, 29) 1. WikiLeaks começa a vazar telegramas secretos, e Folha obtém primeiro lote. A Polícia Federal do Brasil "frequentemente prende pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo", relatou de maneira secreta em 8 de janeiro de 2008 o então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel.

2. Dilma é apresentada como a responsável por ter impedido o envio de uma proposta de lei antiterror ao Congresso. Num telegrama classificado como confidencial, de 4 de novembro de 2008, Clifford Sobel cita um especialista e diz que seriam mínimas as chances de ter essa legislação porque o governo Lula estava "amontoado de militantes esquerdistas".

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Mapa dinâmico das votações dos partidos nos EUA de 1920 até 2008

Muito interessante. Recebi por email do Ex-Blog do Cesar Maia (ver texto abaixo):



EVOLUÇÃO DOS VOTOS NAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NOS EUA, 1920-2008!

Trabalho do politólogo David Sparks. Em vídeo (01) mostra a evolução no tempo: Democratas em Azul, e Republicanos em Vermelho. Mostra mudanças às vezes rápidas, às vezes graduais na votação. A interpretação animada acentua certos fenômenos como o tamanho e a duração do apoio a Roosevelt, a mudança de um Sul Democrata para Republicano, a mudança de uma divisão Oeste-Leste para a atual divisão Litoral x Interior, e depois a estabilidade. Mais amplamente, este vídeo é um lembrete de que o que constitui "política de sempre" está sempre em fluxo, mudando às vezes de forma abrupta. A paisagem da política americana está em constante evolução, como membros da batalha de dois grandes partidos para a supremacia eleitoral.

Cristianismo ou barbárie

Por conta dos recentes debates sobre o tema do aborto e da PEC 122 (que pretende transformar em criminosos aqueles que não louvarem o homossexualismo), temos visto muita gente mal informada se colocar contra os cristãos. Estes seriam intolerantes com as diferenças, medievais, fascistas e outras coisas do gênero. Os que criticam deveriam levar em conta que só o fazem porque por aqui é permitido. Essa tolerância que vigora na maior parte do Ocidente deve muito aos 2.000 anos em que o Cristianismo reina por aqui. Todos nós, incluindo os cínicos críticos da civilização judaico-cristã, desfrutamos de um grau de liberdade infinitamente maior que nossos irmãos que tiveram a infelicidade de nascer, por exemplo, sob as bençãos de Alá. Mas como nada nos vem de graça, junto com as benesses vem junto a obrigação de zelar pelas conquistas e afastar a possibilidade de um retrocesso que pode ser catastrófico. Países que se tornaram muçulmanos recentemente, como é o caso da Indonésia, já pagam o preço. Lá, se uma mulher conversar com um estranho corre o risco de ser apedrejada até a morte. Lá, cristãos são dizimados a golpes de facão. E isso não é exceção, é a regra. Basta olhar o que ocorre em países africanos e do Oriente Médio onde o Islã impera. Quem ainda não está convencido, veja o vídeo abaixo. Mostra separatistas chechenos muçulmanos executando jovens militares russos que foram feitos prisioneiros. Advirto que as imagens são extremamente horríveis.


Finalizo reiterando: aqueles que querem mais tolerância, honrem o legado da cruz.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Caldeirão!

PT atuou para Santa Catarina perder investimento de R$ 2,5 bilhões da EBX



Mais uma do PT contra os catarinenses. Não basta nos saquearem na devolução dos recursos arrecadados no estado. Não basta Lula nos desrespeitar vindo aqui se intrometer nas eleições com grosserias. Não basta nos deixar à míngua aguardando o dinheiro para prevenção de desastres. Não basta o número absurdo de mortes nas rodovias federais no estado. Agora atuam também para que não se realizem investimentos por aqui. Não deixemos que isso seja esquecido.

No site do Democratas:

Bornhausen denuncia que PT inviabilizou megainvestimento em SC


O líder do Democratas, Paulo Bornhausen (SC) disse nessa quarta-feira que “interesses políticos do Partido dos Trabalhadores” inviabilizaram a construção de um estaleiro em Santa Catarina. Segundo ele, foi o PT quem nomeou pessoas para o Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) que negaram licença ambiental e inviabilizaram o empreendimento. “Algumas pessoas ali dentro foram irredutíveis nas discussões com os empreendedores, não se preocupando em criar um espaço de diálogo e negociação”, reclamou o parlamentar catarinense.

O empreendimento de R$ 2,5 bilhões, que seria montado em Biguaçu, na grande Florianópolis, será transferido para o Rio de Janeiro, onde a EBX, empresa do investidor Eike Batista, escolheu para construir o estaleiro.

“Vamos ter que trabalhar muito duro para recuperar o prejuízo. Além dos 10 mil empregos diretos que Santa Catarina irá perder, há o investimento tecnológico e, em mão-de-obra especializada, que viriam junto com a obra”, diz.

A mudança de planos aconteceu por causa de entraves em licenças ambientais, que se arrastam por mais de um ano. Na tarde dessa terça-feira (16), o Instituto Chico Mendes anunciou que decidiu adiar para 15 de dezembro a divulgação do parecer do órgão sobre a implantação do projeto.

Apesar de Eike afirmar que foi transferido para o Rio apenas o projeto do estaleiro e não outras atividades do grupo, Bornhausen analisa que os investidores nacionais e internacionais podem ver essa transferência com desconfiança. “Santa Catarina vira um estado sob observação. É uma notícia triste, que não traz nada de bom”, avalia o líder. “Não só os empregos, nem o investimento: era o futuro de Santa Catarina, as chances reais de o estado crescer e prosperar. Um esforço conjunto e muito grande precisará ser feito para o estado superar esse baque”, finalizou o líder.

Sobre a provável saída de Meirelles do BC

No Ex-Blog do Cesar Maia:

RAZÕES ESPERTAS PARA SAÍDA DO MEIRELLES DO BANCO CENTRAL!

1. Com a experiência acumulada do Meirelles no setor privado, onde aprende disciplina, em sua candidatura vitoriosa a deputado federal pelo PSDB de Goiás em 2002 e nesses oito anos de governo Lula, onde adquiriu até status de ministro, não se concebe uma atitude juvenil como essa, criando constrangimento à presidente pelos jornais. "Só fico com autonomia", disse. Então por que vazou para a imprensa essa "exigência"?

2. Elementar a dedução. 2011 será um ano difícil. A inflação pelo IPCA aponta para 7% a 8%. Pelo IGP-FGV já passou disso, e com todo o câmbio valorizado, o que não é comum. A taxa de juros terá que subir. O crescimento do PIB vai cair para 3%, ou menos. Um juro maior atrai capital de curto prazo. O câmbio é pressionado para ficar como está. Mas a balança comercial -especialmente para o setor industrial- não resiste mais esse câmbio. O déficit em conta corrente vai para pelo menos 60 bilhões de dólares. Mas desvalorizar o real por intervenção empurra ainda mais a inflação para cima e afeta a expectativa do mercado no novo governo. Ou seja: se ficar o bicho pega; se correr o bicho come.

3. Meirelles quer continuar com sua imagem pessoal sem mácula e forçou sua saída para que não tenha que enfrentar 2011 como presidente do Banco Central e ser cogestor de um ano de recessão, inflação alta, juro crescente, problemas cambiais e na conta corrente do balanço de pagamentos. E assim, promoveu um golpe esperto: criou um incidente e sai sem pedir, mas por decisão do novo governo. Esse jogo só agrava a expectativa que se tem sobre 2011. Sinal mais claro não poderia ocorrer.

Xô, Segundona!

Pronto! Atropelamos o Inter e o Atlético Goianiense. Três buchas em cada um! Que venha agora o Santos. O caldeirão está fervendo e pronto para fazer um caldo de peixe!

domingo, 21 de novembro de 2010

Santa Catarina: Vejam o que acontece quando um estado se mantém longe do PT



Vejam alguns dados de Santa Catarina, estado que JAMAIS foi governado pelo PT, e que num médio prazo tem elevadíssimas chances de manter a quadrilha longe dos cofres estaduais.

No site www.santacatarinabrasil.com.br:

Qualidade de vida

Lugar reconhecido pelas belezas naturais, a riqueza histórica e a vocação empreendedora, Santa Catarina é um dos estados brasileiros onde se vive mais e melhor. Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)1 é de 0,840, considerado elevado, o que o coloca atrás apenas do Distrito Federal.

As boas condições de desenvolvimento humano desfrutadas por Santa Catarina se refletem, por exemplo, na expectativa de vida de 75,2 anos, acima da média nacional, que é de 72,4.

Entre as 33 Regiões Metropolitanas do País, as quatro primeiras no ranking do IDH Municipal ficam em Santa Catarina: Grande Florianópolis, Joinville, Blumenau e Tubarão. Das dez primeiras colocadas, apenas quatro são de outros Estados. Santa Catarina tem 27 cidades colocadas entre as 100 brasileiras com melhor IDH. Dos 573 municípios com nível elevado de desenvolvimento humano, 123 (mais de 20%) são catarinenses. Florianópolis é considerada a capital com a mais alta qualidade de vida e a quarta melhor cidade do País para se viver, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).

Florianópolis é também a cidade brasileira que mais enriqueceu nas últimas três décadas. Seu PIB per capita cresceu, em média, 6% por ano e atualmente é R$ 19,6 mil – acima da média brasileira. De acordo com estudo realizado pela Escola Brasileira de Administração Pública, Florianópolis é a oitava melhor cidade do Brasil para um profissional fazer carreira. Além disso, é a primeira capital do Brasil e a terceira cidade do País no ranking da inclusão digital, elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com uma taxa de 33,29%. Sete municípios catarinenses figuram entre os 50 mais bem colocados nesse índice.

Santa Catarina está entre os estados brasileiros com os melhores indicadores de educação, saúde e renda dos jovens, que formam o Índice de Desenvolvimento Juvenil (IDJ), publicado pela Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2007. Detém o segundo melhor IDJ no ranking dos estados brasileiros, sendo superado apenas pelo Distrito Federal. O analfabetismo juvenil foi praticamente erradicado em Santa Catarina, que ocupa o primeiro lugar neste quesito.
Enquanto a média brasileira de mortalidade infantil (por grupo de 1.000 crianças até 5 anos de idade) é de 24,8, a de Santa Catarina é bem menor: 14,9.

O caminho para que Santa Catarina se mantenha no trilho do desenvolvimento já está traçado: é a educação de seu povo. Uma característica do Estado é a constante preocupação com o ensino, desde o nível básico até o superior, que o transformou em modelo a ser seguido no País. São 92 instituições de ensino superior, das quais 15 se encontram na capital e 77 no interior. Com isso, 15,3% da força catarinense de trabalho já chegaram aos bancos universitários. E 43,5% têm ao menos ensino médio completo. Ao mesmo tempo, os pequenos catarinenses continuam sendo cuidadosamente preparados para o futuro. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Estado detém uma das menores taxas de analfabetismo do país, 4,41%, que é menos da metade da média nacional, de 9,99%.

O custo de vida é mais baixo do que em outros estados, as escolas são boas e a capacidade de consumo per capita dos catarinenses está entre as mais altas do País.

Mais educação e mais qualidade de vida, associados a um trabalho eficiente de segurança pública, são atributos que refletem diretamente nos índices de violência. Em Santa Catarina, esses índices estão muito abaixo da média nacional. De acordo com ranking elaborado pelo jornal Folha de S. Paulo em abril de 2009, Santa Catarina tem a segunda menor incidência de homicídios entre os 23 estados brasileiros pesquisados, com uma taxa de 13 por 100 mil habitantes em 2008 – menos da metade da taxa média de homicídios no país, que é de 27,4.

Segundo o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros de 2008, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apenas seis municípios catarinenses figuram entre os 556 mais violentos do país: Planalto Alegre, Santa Cecília, Passos Maia, Irati, Vargem e Palmeira, pequenas localidades madeireiras situadas nas regiões Oeste e Meio-Oeste. O que tem maior índice aparece 228a posição.

Não por acaso a revista norte-americana Newsweek, em sua edição europeia de 3 de julho de 2006, relacionou a capital catarinense entre as 10 cidades mais dinâmicas do planeta. A publicação destaca que “o círculo virtuoso” de Florianópolis começou quando a cidade proibiu a entrada de indústria pesada na Ilha de Santa Catarina.

Os números do turismo catarinense crescem a cada ano – o verão de 2008 foi o melhor dos últimos 10 anos. O movimento de turistas, na alta temporada, alcançou 4,3 milhões, gerando uma receita estimada de US$ 1,5 bilhão e uma taxa de ocupação na rede hoteleira de 66%. 

Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Região Metropolitana IDH-M 2000 IDH-M 1991 Cresimento
Relativo (%)
1º Florianópolis 0,859 0,801 7,2
2° Norte/Nordeste Catarinense 0,853 0,776 9,9 
3º Vale do Itajaí 0,850 0,802 6,0
4º Tubarão 0,835 0,778 7,3 
5º Campinas / SP 0,835 0,788 6,0 
6º Porto Alegre / RS 0,833 0,782 6,6
7º São Paulo / SP 0,828 0,792 4,5
8º Área de Expansão Metropolitana da RM do Vale do Itajaí 0,826 0,758 8,9
9º Área de Expansão Metropolitana Carbonífera 0,824 0,737 11,7
10º Curitiba / PR 0,824 0,763 8,0
Fonte: PNUD.

Dados de Santa Catarina

Área 95.346 Km² (1,12% do território brasileiro)
População 6 milhões de habitantes (estimativa 2008)
Densidade populacional 64,1 habitantes/km²
Capital Florianópolis
Exportações US$ 8,2 bilhões (2008)
PIB per capita US$ 11.700 (estimativa 2008)
PIB US$ 70,8 bilhões (estimativa 2008)
Ponto mais alto Morro da Bela Vista (Urubici), 1.827 metros
Temperaturas médias Entre 13 e 25 graus centígrados.
Mínima: -5°C / Máxima: 35°C

1 IDH é um indicador adotado pelo Programa para o Desenvolvimento das Nações Unidas (PNUD) para mensurar o desenvolvimento humano, levando em conta os fatores longevidade, nível educacional e renda. Ele varia de zero a um. Quando está acima de 0,8 é considerado elevado. (www.pnud.org.br)

Brasil não vê nada de errado com as 2,1 mil prisões políticas em Mianmar


Brasil se abstém de condenar abusos de Mianmar na ONU
País não apoiou libertação de mais de 2 mil prisioneiros políticos da nação asiática

GENEBRA - No mesmo dia em que evitou apoiar uma resolução condenando o Irã pela prática do apedrejamento, o Brasil também se absteve em uma resolução na Organização das Nações Unidas (ONU) que condenava os abusos em Mianmar, onde o País tem desde maio deste ano uma embaixada. O texto aprovado pedia a libertação de 2,1 mil prisioneiros políticos e garantias de que a ativista pró-democracia Aung San Suu Kyi, libertada recentemente, tenha seus direitos garantidos.

Outros 59 países seguiram a mesma linha do Brasil, entre eles Angola, Bolívia, Equador e Senegal. Mas a resolução passou com o apoio de outras 96 nações, entre eles todos os membros do Mercosul - Argentina, Paraguai e Uruguai - e do Chile. O bloco europeu também votou em peso a favor da resolução, assim com EUA, Canadá e África do Sul.

O documento condena o fato de que as eleições ocorridas no país há duas semanas não foram nem livres e nem justas. O documento elogia a libertação da ativista há uma semana, mas pede que outros 2,1 mil prisioneiros políticos sejam soltos e apela para que a ativista tenha total de direito de se exprimir. China, Cuba, Venezuela, Argélia e Irã estiveram entre os 28 países que votaram contra a resolução.

O brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, ex-relator da ONU para a defesa dos direitos humanos em Mianmar, alertou há poucos dias ao Estado que a liberação Aung San Suu Kyi não deve ser vista como a libertação de Nelson Mandela na África do Sul. Para o brasileiro, que ocupou o cargo na ONU por oito anos até 2008 e que se reuniu mais de dez vezes com a premio Nobel da Paz em sua residência, Mianmar não dá sinais de que está se abrindo.

A única votação que teve o apoio do Brasil foi em uma resolução condenando a situação de direitos humanos na Coreia do Norte. Cem países votaram a favor do texto, entre eles o Brasil, todo o Mercosul, o grupo Ocidental e vários países africanos. Há um ano, o Brasil havia insistido em dar "uma chance" aos norte-coreanos na ONU e convidá-los a participar de um diálogo. Não funcionou.

Sabem quem está de volta?

Lembram desse vídeo abaixo?



Lembraram? Então leiam o que nos informa o Blog do Noblat...

A força de José Dirceu

José Dirceu tomou café ontem com Lula no Palácio da Alvorada. O ex-ministro da Casa Civil também pediu audiência a Dilma.

Dilma delatou companheiros aos militares

Lembram quando ela disse no Senado que usou a mentira para proteger seus companheiros de luta armada? Parece que as coisas não foram bem assim... Destaquei em vermelho alguns trechos interessantes.

No Globo:

O passado de Dilma, segundo a Ditadura 
Sob tortura, presidente eleita confessou que grupo cometeu atentado a bomba 

Liberados para consulta ontem pelo Superior Tribunal Militar (STM), os dezesseis volumes de documentos com páginas já amareladas e gastas que contam a história do processo movido pela ditadura militar contra a presidente eleita Dilma Rousseff descrevem a ex-militante como uma figura de expressão nos grupos em que atuou, que chefiou greves e "assessorou assaltos a bancos", e nunca se arrependeu.
Na denúncia oferecida pelo Ministério Público Militar contra os integrantes do grupo de esquerda VAR-Palmares, Dilma é chamada de "Joana D’Arc da subversão".
"É figura feminina de expressão tristemente notável", escreveu o procurador responsável pela denúncia.
O GLOBO teve acesso aos autos a partir de autorização do presidente do STM, ministro Carlos Alberto Marques.
A decisão foi assinada no mesmo dia em que o plenário da corte liberou o acesso dos autos ao jornal "Folha de S.Paulo", que antes da eleição tentara consultar o processo.
Em depoimento à Justiça Militar, em 21 de outubro de 1970, Dilma contou ao juiz da 1ª Auditoria da 2 Circunscrição Judiciária Militar que foi seviciada quando esteve presa no Dops, em São Paulo.
O auditor não perguntou quais tinham sido as sevícias. No interrogatório, Dilma explicou ao juiz porque aderiu à luta armada. O trecho do depoimento é este:
"Que se declara marxista-leninista e, por isto mesmo, em função de uma análise da realidade brasileira, na qual constatou a existência de desequilíbrios regionais de renda, o que provoca a crescente miséria da maioria da população, ao lado da magnitude riqueza de uns poucos que detém o poder e impedem, através da repressão policial, da qual hoje a interroganda é vítima, todas as lutas de libertação e emancipação do povo brasileira. Dessa ditadura institucionalizada optou pelo caminho socialista".
Os arquivos trazem ainda cópia do depoimento que Dilma prestou em 1970 ao Departamento de Ordem Política e Social (Dops), delegacia em que ela ficou presa e foi torturada.
No interrogatório realizado no dia 26 de fevereiro daquele ano, Dilma, sob intensa tortura, listou nomes de companheiros, indicou locais de reuniões, e admitiu que uma das organizações da qual fazia parte, o Colina, fez pelo menos três assaltos a banco e um atentado a bomba.
Mas ressalvou que nem ela nem o então marido, Cláudio Galeno de Magalhães Linhares, tiveram "participação ativa" nas ações.
No interrogatório no Dops, Dilma contou que o atentado a bomba foi praticado na casa do interventor do Sindicato dos Metalúrgicos em Minas Gerais, e que atingiu também a casa do delegado Regional do Trabalho. As residências eram contíguas.
Em um trecho do depoimento, Dilma disse que uma de suas funções em organizações de combate à ditadura era organizar células de militantes. Teria sido encarregada de distribuir dinheiro aos grupos. O dinheiro teria sido arrecadado em ações dos movimentos.

sábado, 20 de novembro de 2010

Brasil se acovarda e fica calado na ONU sobre apedrejamentos no Irã

O que mais nos falta? Depois de sermos felicitados pelas FARC pela eleição da Dilma, nossos representantes na ONU se calam em relação aos apedrejamentos no Irã. Quem será nosso próximo aliado? O próprio Satanás?

Ricardo Setti, na Veja:


A abstenção do Brasil em condenar na ONU o apedrejamento de mulheres me dá vergonha de ser brasileiro

Amigos, a manchete da seção “Internacional” do Estadão de hoje diz tudo: “Brasil cala sobre apedrejamento no Irã”.

O subtítulo também é altamente ilustrativo: “Ao lado de países como Cuba, Sudão, Síria e Líbia [todos ditaduras ferozes e violadoras dos direitos humanos, comento eu], diplomacia brasileira recusa-se a apoiar resolução em comissão da Assembléia-Geral da ONU que condena a lapidação e cobra fim de perseguição a jornalistas, blogueiros e opositores iranianos”.

Um dos pontos principais da resolução, apresentada pelo Canadá e aprovada por 80 países civilizados — da vizinha Argentina ao Japão, dos Estados Unidos a todos (repito, todos) os países europeus, do próprio Canadá, naturalmente, ao Chile — é a condenação do apedrejamento como método de execução. A resolução também pede o fim da discriminação contra as mulheres.

Como cidadão de um país em que a maioria da população é constituída de mulheres, e que — santo Deus — acaba de eleger uma mulher como primeira presidente em 121 anos de história da República, declaro-me indignado e sobretudo envergonhado com a política externa pusilânime e covarde do governo Lula e de seu chanceler de estimação, Celso Amorim em relação à ditadura do Irã.

O regime dos aiatolás fanáaticos massacra os direitos das mulheres, adota a pena de morte sob as formas mais vis, enjaula adversários políticos, censura a imprensa, rouba nas urnas e seu ditador, Mahmoud Ahmadinejad, nega a existência do Holocausto e apóia grupos terroristas mundo afora.

O atual governo brasileiro acredita que com “diálogo e cooperação” é que a situação pavorosa dos direitos humanos no Irã vai melhorar. Prefere aproximar-se, ser amigo doDiabo a condenar suas ações.

Imagino o constrangimento da presidente Dilma como mulher e como política que já condenou de forma clara e inequívoca a barbárie que constituem os apedrejamentos de mulheres, em geral por suposto “adultério”, no Irã.

Dica de Saúde: Álcool traz as mesmos benefícios da Ioga

Recebi por email e estou repassando. Faço o possível para que meus leitores levem uma vida saudável.

Savasana

É uma posição de total relaxamento.


Balasana

Posição que traz uma sensação de paz e tranquilidade.


Setu Bandha Sarvangasana

Esta posição acalma o cérebro e recupera pernas cansadas.


Marjayasana

Esta posição provoca uma massagem suave na barriga e na espinha.


Halasana

Posição do arado.
Ótima para dor nas costas e para insônia.


Dolphin

Ótimo para os ombros. Também fortalece o torax, pernas e braços.


Salambhasana

Uma forma efetiva de fortalecer os músculos lombares, pernas e braços.


Ananda Balasana

Esta posição faz uma boa massagem na área dos quadris.


Malasana

Esta posição estira os tornozelos e músculos das costas.


Pigeon

Tonifica seu corpo, aumenta a felxibilidade e desestressa sua mente. 




quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Caso Celso Daniel: primeiro réu é condenado à prisão. Beneficiários do esquema criminoso continuam livres e agarrados ao poder

Celso Daniel, o morto insepulto do PT que também não era nenhum santo, continua trazendo dores de cabeça ao partido. Oito anos após o crime, a primeira condenação. Exatamente oito anos após e poucos dias antes do final do mandato de um dos beneficiados pelo dinheiro da quadrilha. Outros envolvidos, como Gilberto Carvalho e José Dirceu, estão mais fortes do que nunca e muito provavelmente nunca serão alcançados pela justiça terrena. Resta torcer para que acertem suas contas no inferno.

Assistam a este pequeno vídeo disponível na TV Câmara, para relembrar o caso e depois assistam a matéria do Estadão:


Primeiro réu do caso Celso Daniel é condenado a 18 anos de prisão
Sentença é seis anos acima da pena mínima para os crimes de sequestro e homicídio

ITAPECERICA DA SERRA, SP - O juiz Antonio Augusto Galvão de França Hristov, do fórum de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, condenou nesta quinta-feira, 18, Marcos Roberto Bispo dos Santos a 18 anos de prisão pela participação no sequestro e assassinato do prefeito de Santo André (SP) Celso Daniel. A sentença é seis anos acima da pena mínima para os crimes.

Em seu pronunciamento, após as exposições de acusação e defesa, Hristov classificou o caso como de "grande repercussão" e sublinhou a proximidade entre Celso Daniel e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha presidencial de 2002. "Os fatos foram de grande repercussão, causando severo impacto social", afirmou o juiz. Ele também lembrou que a vítima era prefeito de Santo André e cotado para assumir a coordenação de campanha de Lula, assim como "cotado para ocupar o cargo de ministro de Estado".

A sentença foi lida após cinco horas de debates, em que os jurados - cinco mulheres e dois homens - responderam a seis quesitos preparados pela Justiça. Santos não compareceu ao júri, já que está foragido. A Justiça decretou sua prisão preventiva na última sexta-feira porque ele não foi localizado em seu endereço.

O promotor de justiça Francisco Cembranelli disse que a condenação de Marcos Roberto a 18 anos de prisão representa vitória da tese do Ministério Público de que a corrupção mandou matar o prefeito de Santo André. "Especificamente, foi proposto aos sete jurados um quesito de que o homicídio teria sido cometido mediante paga e recompensa, e o júri acolheu", observou o promotor. "Não temos aí crime de extorsão, nem crime contra o patrimônio, nem coisa alguma semelhante. Temos, sim, um crime encomendado, homicídio, e a prova mostra exatamente isso."

Campanhas. Em sua sustentação, Cembranelli argumentou que o crime foi executado por um grupo de criminosos que agiu "por encomenda" de corruptos que desviavam recursos da prefeitura. Pouco antes do julgamento ter início, o promotor afirmou que o dinheiro de corrupção se destinava a contas pessoais de políticos e também para abastecer campanhas eleitorais do PT, até mesmo a da primeira eleição do presidente Lula, em 2002. Ele também disse que o petista foi torturado no cativeiro para revelar onde estava guardado um dossiê com informações contra integrantes do PT que estariam envolvidos no esquema de propinas da cidade.

Segundo o promotor, os argumentos expostos nesta quinta-feira no primeiro júri do caso serão levados aos próximos julgamentos dos outros seis réus, entre eles o empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sérgio Sombra, apontado como o mandante do assassinato. Todos estes acusados recorreram ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra a sentença de pronúncia - medida que determina o julgamento perante júri popular.

Defesa. O advogado Adriano Marreiro dos Santos, que defende Marcos Roberto, disse que vai recorrer da condenação de 18 anos imposta a seu cliente. Para o advogado, não há nenhuma prova, nem mesmo testemunhal, de que Marcos Roberto participou do crime. Segundo ele, seu cliente foi "barbaramente torturado" quando interrogado pela polícia. Marreiro argumenta que Marcos Roberto é citado apenas pelos outros réus do processo.

Aliados do PT matam covardemente mais três na Colômbia

Narcoterroristas das FARC, o grupo que comemorou a vitória de Dilma nas eleições presidenciais do Brasil, e que participou em conjunto com o PT de diversas edições do Fórum de São Paulo, assassinaram ontem mais três pessoas em um vilarejo na Colômbia, com bombas e armas de fogo. Segundo o governo petista, isso não se trata de terrorismo, é apenas uma forma legítima de insurgência política. Diga-me com quem andas e te direi quem és.

Na Folha:

Ataques da guerrilha matam três pessoas na Colômbia

BOGOTÁ, 18 Nov 2010 (AFP) -Pelo menos dois civis e um policial morreram em ataques executados na quarta-feira e atribuídos à guerrilha das Farc no sul da Colômbia.

No primeiro ataque, os insurgentes detonaram uma bomba e abriram fogo contra um vilarejo de La Llanada, no departamento de Nariño, sul do país e perto da fronteira com o Equador. Uma criança e seu avô morreram na ação.

Outros ataques das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nos vilarejos de Toribío e Jambaló, no departamento de Cauca (sudoeste), deixaram saldo de um policial morto e cinco pessoas feridas.

Marionete: Lula ordena que Guido Mantega e Henrique Meirelles sejam mantidos no Governo Dilma

Na Folha:

Dilma convida Mantega a permanecer na Fazenda

A presidente eleita, Dilma Rousseff, decidiu convidar Guido Mantega a permanecer no Ministério da Fazenda em seu futuro governo, informam Kennedy Alencar e Valdo Cruz, na Folha desta quinta-feira (íntegra somente para assinantes do jornal e do UOL).

Segundo a Folha apurou, Lula e Dilma discutiram uma lista de nomes que a presidente eleita pretende convidar para montar o seu primeiro escalão.

Em reunião anteontem à noite no Palácio da Alvorada, Lula voltou a defender a manutenção de Mantega no comando da Fazenda.

Segundo a Folha apurou, Dilma preferia trocar a presidência do BC, mas diminuiu sua resistência em manter Meirelles porque está preocupada com uma piora da economia mundial e seus efeitos no Brasil no começo de seu governo.

Ela voltou de Seul, onde participou de reunião do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo), disposta a reavaliar a sugestão de Lula para manter Meirelles no BC.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Sarah Palin for President!


Já que o Lula queria tanto botar a mulherada no poder, não cairia nada mal a eleição de Palin nos EUA em 2012 e Kátia Abreu aqui em 2014.


Palin cogita disputar primárias republicanas para sucessão de Obama
Ao NYT, candidata derrotada a vice em 2008 diz discutir a possibilidade com a família

De acordo com Palin, que renunciou ao governo do Alasca em 2009, ela está discutindo a possibilidade com a família. "Eles são o mais importante neste momento", disse à revista dominical do jornal, cujo trechos foram adiantados nesta quarta-feira, na internet.

Ainda segundo a ex-governadora, que após deixar o cargo se tornou uma das principais figuras do movimento ultraconservador Tea Party, a decisão ainda implica em avaliar se pode contribuir com qualidades únicas para o cargo.

Palin disse ainda que um dos obstáculos, caso concorra, será demonstrar sua verdadeira história, que, segundo ela, é distorcida pela imprensa americana.

"É muito frustrante para mim, a descrição deformada da minha história e de tudo que construí nas últimas décadas", disse Palin, que foi prefeita de Wasilla, uma pequena cidade do Alasca, antes de se tornar governadora.

Em 2011, começarão a se desenhar as pré-candidaturas para a sucessão do presidente Barack Obama. As eleições primárias de cada partido, que definem os candidatos à sucessão, começam em janeiro de 2012.

PMDB encosta Dilma na parede e avisa que cobrará a fatura

No Estadão:

Manobra articulada durante o feriado surpreende Planalto

A operação política que garantiu a construção do chamado superbloco partidário faz parte da estratégia do PMDB de assegurar o controle do território onde sempre deu as cartas: o Congresso Nacional.

Mesmo que para isso seja necessário derrotar o PT, seu principal parceiro político na campanha eleitoral.

Na prática, a manobra, que pegou de surpresa o governo federal, foi sacramentada durante o último feriado e representa um recado a presidente eleita, Dilma Rousseff.

A mensagem é que o PMDB foi parceiro decisivo na campanha vitoriosa e espera ser reconhecido com o preenchimento de espaços políticos proporcionais a uma sociedade, o que não vinha sendo sinalizado.

Para garantir que isso ocorra, o PMDB decidiu usar sua maior arma: a força dentro da Câmara e do Senado.

A nova superbancada do recém-criado bloco partidário tem tamanho político para derrotar qualquer proposta de interesse do futuro governo.

Antes de tomar essa decisão, os peemedebistas esperaram por um acordo com Dilma e seus interlocutores. O gesto não veio.

Até então, os peemedebistas precisaram reclamar para que o vice-presidente eleito, Michel Temer, também presidente do partido, fosse apontado como um dos coordenadores do processo de transição ou a legenda ficaria de fora dessas discussões.

O desejo de ampliar o espaço nos ministérios também foi visto como um apetite exagerado pelo novo governo. Para fechar, ouviram do PT a proposta de rodízio no comando da Câmara e do Senado.

Aliado como nunca do PT durante a campanha eleitoral, o partido decidiu agora ser o PMDB de sempre para assegurar seu espaço político.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Cine Barricada

Em cartaz, novo vídeo do Olavo de Carvalho. Clique ali no canto superior direito e assista.

Impróprio para esquerdistas de qualquer matiz.

Ataque dos sonhos

Antes tarde do que nunca! Amanhã veremos pela primeira vez a atuação de Ronaldinho Gaúcho, Robinho e Neymar juntos, contra nossa arqui-rival Argentina. Acho que não tem como dar errado. O Dunga, que estará secando a Seleção, teve a oportunidade nas mãos e a jogou no lixo, pra desgosto de todos as amantes de futebol do planeta. A partida será às 15 horas. Vejam abaixo algumas jogadas de cada um deles:

Ronaldinho Gaúcho:
 
Robinho:


Neymar:




Tchau, Kassab! Vá procurar tua turma!

Torço para que o DEM honre sua votação e sua história. Se for o caso, e parece que é, do partido passar por uma sangria, que assim seja. Tenho certeza que os melhores nomes permanecerão na legenda. Que todos aqueles inconformados com a obrigação de serem oposição arranjem um jeito e saiam o mais rápido possível. Xô!
Mais vale um partido pequeno, mas homogêneo e compacto do que um partido maior e infestado de pústulas e traidores. Bons nomes o partido tem de sobra, e o espaço para crescer ficou evidenciado na última eleição presidencial, quando a discussão de valores demonstrou que uma grande parte dos brasileiros são conservadores. Muita água ainda vai rolar até 2014, mas é bom que comecem logo a se movimentar e ocupar o espaço disponível.

No Estadão:

De malas prontas

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi convencido por seus pares a desistir da ideia de promover a fusão do DEM com um partido de musculatura mais forte, PSDB ou PMDB.

Em compensação, quem pensa seriamente em deixar o DEM agora é o próprio Kassab. Na verdade "pensar seriamente" é eufemismo, pois o prefeito está praticamente com um pé fora do partido e outro dentro do PMDB. Coisa para março, no máximo.

As malas estão quase todas prontas, faltando apenas alguns acertos com os dois políticos que Gilberto Kassab tem como referência: Jorge Bornhausen, que lhe deu chance de crescer no PFL, e José Serra, que abriu a oportunidade de ser prefeito de São Paulo ao aceitá-lo como vice na eleição municipal de 2004.

A história dessa mudança começou logo após a proclamação do resultado da disputa presidencial. Se José Serra fosse eleito presidente, a perspectiva de Kassab era integrar um novo e grande partido que Serra pensava em criar, arregimentando o DEM e legendas médias que gravitam em torno do governo federal, mas atuam em faixa própria.

Com a derrota o projeto se frustrou. Para Kassab e outros líderes com horizonte político e planos futuros em aberto, o DEM acabou se tornando um endereço arriscado.

O partido que já chegou a ter 100 deputados federais e a contar com a maior bancada no Senado, em menos de dez anos foi reduzido a 43 deputados e 6 senadores.

Mudou de nome, teve sua direção entregue a uma nova geração de políticos, ensaiou uma oposição mais assertiva e nítida, mas não aconteceu.

Aquela nova geração perdeu todas as batalhas. As vitórias foram conseguidas pela velha guarda. Isso se pode dizer tanto em relação à luta contra a CPMF quanto no tocante às últimas eleições. O DEM elegeu dois governadores nos Estados de Agripino Maia (RN) e de Jorge Bornhausen (SC).

Hoje o DEM não tem representação de peso no Congresso, não se pode dizer que tenha uma boa imagem junto à população nem tem a chamada capilaridade necessária a uma retomada do antigo vigor em prazo razoável.

A partir dessa realidade surgiu a ideia da fusão. Primeiro com o PSDB e depois com o PMDB. Os obstáculos, entretanto, se mostraram incontornáveis.

A rejeição a uma incorporação com a legenda dos tucanos é unanimidade no DEM. Mágoas presentes e passadas.

Já sobre a fusão com o PMDB há problemas regionais incontornáveis. Um deles: no Rio Grande do Norte o senador José Agripino não teria condição de entrar no PMDB, partido do vice-presidente da República, porque não poderia se aliar ao governo federal no Senado, oposicionista de quatro costados que é.

Mais uma dificuldade: na Bahia, ACM Neto até aceitaria, mas só se o comando regional da nova formação fosse dele e não de Geddel Vieira Lima, do PMDB.

Diante dos fatos a fusão foi arquivada, mas Kassab continuou com o problema: o que fazer depois que o mandato de prefeito acabar, como expandir o patrimônio político acumulado nos anos de prefeitura?

O futuro no DEM não é risonho, entrar para o PSDB em São Paulo é esbarrar na barreira intransponível do grupo do governador eleito Geraldo Alckmin.

Sobra o PMDB e uma peculiaridade: Orestes Quércia está afastado da política para cuidar de problemas de saúde, Michel Temer como vice da presidente Dilma Rousseff estará referido nas questões federais e o partido em São Paulo precisa de comando.

É a combinação perfeita: Kassab precisa de um nicho para atuar, quem sabe se candidatar ao governo em 2014, e o PMDB paulista é um nicho em busca de alguém que lhe dê atuação. Na última eleição, fez apenas um deputado federal.

Mas não estaria criado o mesmo problema levantado por Agripino Maia?

Não. Primeiro porque Kassab não vota no Congresso e segundo porque o PMDB dispõe de cidadelas independentes (em SP apoiou Serra) País afora.

Resta a questão da fidelidade partidária. Como sair sem correr o risco de perder o mandato? Kassab e os deputados que iriam com ele.

Só é permitido em dois casos: fusão e divergência programática.

Talvez com a tendência de se caracterizar como partido claramente conservador, sem máscaras, o DEM tenha dado a Kassab a solução.

Roubo! Quase metade do que Santa Catarina arrecada não é devolvido ao estado!

Isso exlica em parte a vitória governista nos estados "bolsistas" e a vitória da oposição nos estados produtores. Num modelo em que nada tem de federativo, as coisas se tornam cada vez mais insustentáveis. Que nossos parlamentares comprem essa briga e defendam aqueles que representam! Enquanto nosso dinheiro se esvai num assistencialismo populista de quinta qualidade, nossa infra-estrutura se decompõe. Os catarinenses pagam, além de seus tributos, um custo elevadíssimo em forma de vidas humanas, em forma de estradas mal conservadas, hospitais insuficientes e saneamento precário. Como está, não pode continuar.

No ClickRBS:

Apenas 59% dos impostos federais retornam para Santa Catarina
Estado tem o quarto pior retorno no ranking nacional, segundo levantamento da Fiesc

Santa Catarina arrecadou de impostos e contribuições federais, no ano passado, R$ 13,479 bilhões, mas recebeu de volta em serviços e investimentos públicos R$ 8,013 bilhões, o equivalente a apenas 59,45% do total. A posição catarinense no ranking de retorno é a quarta pior do país, segundo levantamento feito pela Federação das Indústrias (Fiesc).

Como o Estado fica atrás só de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, que têm condições diferenciadas de arrecadação, dá para dizer que o retorno de tributos federais de Santa Catarina é o pior do Brasil, avalia o presidente da Fiesc, Alcantaro Corrêa. O empresário afirma que a entidade vai cobrar das lideranças políticas catarinenses uma atuação mais rígida junto ao governo federal para ampliar esse retorno. Ele cita como exemplo a Bahia, que arrecadou R$ 9,8 bilhões ano passado e recebeu R$ 22,9 bilhões, 234% mais.

— Temos que integrar as nossas forças políticas para que possamos ampliar o retorno de recursos ao Estado. Precisamos de mais verbas para infraestrutura, segurança pública, saúde, educação, prevenção de calamidades e outras áreas. Temos que cobrar uma revisão dos critérios dessa distribuição — afirma Corrêa.

O levantamento sobre o total arrecadado pelos estados e o retorno em serviços federais foi elaborado pela Fiesc com base nos dados da Receita Federal, Portal da Transparência do governo federal e do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), da Secretaria do Tesouro Nacional.

Pelos dados apurados, São Paulo é o maior arrecadador de impostos federais, com R$ 204,1 bilhões no ano passado, e teve de retorno apenas 17,4% do total. Mas, conforme o presidente da Fiesc, os paulistas têm mais condições de compensar a diferença porque a economia deles é a maior. O segundo pior do ranking é o Rio, com retorno de 25,44% do total. Esse baixo retorno pode ser compensado com os cerca de R$ 7 bilhões anuais de royalties do petróleo. O campeão da lista dos que mais recebem recursos do governo federal é o Acre, que no ano passado contribuiu com R$ 244,750 milhões e foi contemplado com R$ 3,5 bi, 1.442% mais.

— Existe uma desproporcionalidade no retorno de impostos, em favor do Norte e Nordeste, que a gente não consegue entender. Isso mostra que os políticos de lá estão unidos na luta pelos interesses dos seus estados — diz Corrêa, que promete entregar uma cópia do levantamento aos políticos de Santa Catarina.

O secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, concorda que os estados mais industrializados e mais ricos devem ajudar os mais pobres. Mas alerta que o que acontece hoje é uma incoerência, pois as regiões Norte e Nordeste estão recebendo muito, e o Sul e Sudeste, muito pouco para atender suas necessidades. Ele lamenta que Santa Catarina tem o segundo pior retorno do Fundo de Participação dos Estados (FPE) do país, o que é inexplicável e precisa ser corrigido.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

20.000 acessos!

Chegamos hoje a marca de 20.000 visitas. É pouco, eu sei. Existem blogs que conseguem muito mais que isso em um único dia. Para nosso primeiro ano de existência (começamos dia 24/09/09), e dentro de nossas possibilidades limitadas de tempo, estou satisfeito. Aos poucos vamos melhorando. Temos muito trabalho pela frente e estaremos sempre em guarda na defesa daquilo que acreditamos.

Um brinde a nós!

sábado, 13 de novembro de 2010

Caiado levanta barricadas no DEM contra plano de fusão com PMDB

Na Veja:

Ronaldo Caiado dispara: "Kassab quer vender o DEM"
Parlamentar goiano também ataca Rodrigo Maia, presidente da legenda, e Jorge Bornhausen, presidente de honra do partido. E adverte: "Vou do céu ao inferno nessa luta"
Gabriel Castro

O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM - GO) declarou guerra a Gilberto Kassab, seu colega de partido e prefeito de São Paulo. Em entrevista ao site de VEJA, o parlamentar - um dos vice-presidentes da legenda - atribuiu a Kassab a tentativa de "vender" o DEM. Para Caiado, a fusão do partido com o PMDB significaria o fim da oposição no país. Ex-líder do partido na Câmara e candidato derrotado à Presidência em 1989, o deputado tem sido a voz mais incisiva contra o grupo de Kassab - e deixa claras as tensões internas dentro da legenda. O presidente do partido, Rodrigo Maia, e o presidente de honra da legenda, Jorge Bornhausen, também são alvo das críticas de Caiado. Além do parlamentar, outros nomes do partido, como os senadores Agripino Maia e Demóstenes Torres, criticaram a ideia de fusão. O deputado se diz preparado para um confronto. E adverte: "Eles ainda não nos conhecem no combate".

O DEM corre o risco de uma divisão?

Se essas pessoas continuarem com esse pensamento, ou se Kassab conseguir atrair mais alguém para esse plano de entregar o partido ao PMDB, acho que vai ter uma ruptura. Não dá para conviver com pessoas que querem desestabilizar a oposição no país. São fisiológicos e governistas. Se o Kassab der conta de levar o grupo dele, vai ter uma ruptura inevitável. Mas eu acredito que vai prevaler o bom senso e que os demais líderes pensarão no partido como um todo.

O partido perdeu muitas cadeiras na Câmara e no Senado. É o caso de se refundar o DEM?

Quando o Jorge Bornhausen era presidente, nós caímos de 105 para 83 deputados. Foi uma grande perda. Naquele momento ninguém teve que refundar o partido. Qual é a pauta que foi feita pelo Rodrigo Maia? Você conhece alguma? Você sabe de algum dia que o Rodrigo Maia pautou a agenda da executiva nacional do partido? Ele foi 100% pautado pelo Kassab e pelo Jorge. Ou por acaso o projeto Serra era a executiva do partido? Era a fatura do Kassab, apoiado pelo Serra na disputa pela prefeitura de São Paulo, em 2008, que nós tínhamos de pagar.

O senhor era contra o apoio a José Serra?

Não estou falando que era contra. A questão é como as coisas se articularam. O apoio veio como um prato feito, empurrado goela abaixo do partido.

Por que o partido parece ter dificudade em defender mais claramente seu programa?

Infelizmente nós temos ainda uma gama de políticos que têm esse perfil. O partido está escalado para ser oposição pelas urnas. Mas tem cidadão que não consegue viver como oposição. É o caso do Kassab. Ele é um homem que imagina que na democracia só pode ter governo. Ele é da tese do Golbery [ex-ministro Golbery do Couto e Silva]: “Fora do poder não há salvação”. Não tem noção de democracia. É preciso ter um mínimo de respeito pelos eleitores que votaram em nós. A posição do Kassab é essa: marcar gol contra para levar a cabo o que o Lula disse, provocar a total extinção do partido.

A fusão com o PMDB tem chances de ocorrer?

É inimaginável. Tanto é que eles estão acovardados com essa tese, estão mudando o discurso: agora não é fusão mais, é fortalecimento partidário. Eles viram que não têm como levar essa tese para a população. Então eles vêm com essa enganação, que é falar em o fortalecimento do partido para tomar a presidência, convocar uma convenção nacional e aderir ao PMDB antes de 30 de setembro, para ter tempo de rádio e televisão nas eleições de 2012.

Até onde o senhor está disposto a brigar pelo DEM?

Se o Kassab acha que é dono do partido e pode olhar para o umbigo dele e pisar na história política dos outros está muito enganado. Ele, em Goiás, vai ter o Ronaldo Caiado pela frente.

Se houver a fusão, que rumo o senhor tomaria?

Você pode ter certeza absoluta que isso não vai acontecer. Eles ainda não nos conhecem no combate. Eles não têm força nem credibilidade moral para fazer isso. É um processo deplorável, deprimente. Um partido de ser oposição ser negociado, vendido. É fazer o jogo daqueles que capitulam, como na Venezuela. Entregar a oposição apenas para 53 parlamentares do PSDB, que nunca foi um partido de oposição. O partido de oposição acirrada é o Democratas. Matar o partido é calar a oposição no Brasil. Isso é muito grave. Não é um assunto interno do Democratas, é um assunto da sociedade brasileira. Todo brasileiro deveria repudiar essa atitude. É um partido de oposição querendo entrar pelas portas do fundo do Palácio do Planalto. Não foi para isso que nós fomos eleitos.

O senhor não teme que essa disputa interna deixe sequelas irreconciliáveis?

A minha história não vai ser rasgada e nem desmoralizada pelo senhor Kassab. Tenho vida política, tradição em política e vou do céu ao inferno nessa luta.

Paulo Bornhausen (DEM-SC) convoca sociedade a resistir contra a recriação da CPMF

 Esse é o meu deputado!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Degoladores de crianças comemoram vitória de Dilma

As FARC, grupo terrorista colombiano ligado ao narcotráfico, está dando pulinhos de alegria com a eleição de Dilma Rousseff. Possuem a certeza que terão mais quatro anos de acobertamento para seus crimes e violações, a exemplo dos oito últimos sob o governo do PT. Aliados no Foro de São Paulo, PT e FARC possuem uma antiga simpatia mútua, fato que cobre de vergonha os brasileiros e colombianos. Caberia a Dilma, agora eleita presidente do Brasil, recusar o aperto das mãos sujas de sangue, e se colocar ao lado do governo democrático da Colômbia. 

Aceitar o aceno do terror é o mesmo que cuspir no caixão de milhares de colombianos assassinados brutalmente, entre eles o menino da foto abaixo. Degolado pelos terroristas, teve ainda seu corpo recheado com explosivos e embrulhado em papel antes de ser enviado para uma base militar. Ou da camponesa Elvia Cortés, que por resistir à extorsão do grupo, teve seu pescoço preso a um colar-bomba. A explosão do dispositivo matou Elvia e um policial que tentava a ajudar, deixando outros três feridos. Os filhos dela assistiram tudo a distância.


Leiam abaixo a carta de felicitações dos terroristas à candidata petista:

"Presidente eleita do Brasil, 

Das montanhas da Colômbia, nossa saudação cordial, bolivariana, com desejo de Pátria Grande.
Permita-nos aderir à justificada alegria do grande povo de Luís Carlos Prestes, diante do feito relevante de ter, pela primeira vez na história do Brasil, uma presidente, uma mulher ligada sempre à luta pela justiça.

Presidente Dilma, para você, nosso aplauso e reconhecimento. 

Sua elevação à Presidência da República Federativa, somada à sua pública convicção da necessidade de uma solução política para o conflito interno na Colômbia, aumentou a nossa esperança na possibilidade de alcançar a paz pela via do diálogo e da justiça social. 

Temos certeza de que a nova Presidência do Brasil terá um papel determinante na aclimatação da paz regional e na irmandade dos povos do continente.
Atentamente, 

Secretariado do Estado-maior Central das FARC
Montanhas da Colômbia, 1 de Novembro de 2010"

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Agora tá explicado! Uma mão lava a outra!

Agora que estamos a par das maracutaias do Banco Central para socorrer o Banco Panamericano, cujo maior acionista é o Grupo Sílvio Santos, podemos entender alguns episódios que ocorreram durante as eleições. Lembram de um debate que ocorreria entre os candidatos no Nordeste? Dilma em cima da hora se recusou a participar, o que daria o tempo integral do programa a José Serra, conforme acordo prévio. Acontece que o SBT não cedeu o espaço ao tucano. No episódio em que Serra foi agredido por petistas no Rio, apesar de todas as evidências em contrário, o SBT optou por divulgar apenas a versão em que Serra teria sido atingido por uma bola de papel. Esconderam na maior cara-de-pau que houve de fato uma segunda agressão, bem mais grave.

De bobo, o Sílvio Santos não tem nada. Bobos somos nós.

Quem quer dinheiroooooo?!?!

Brasil, Butão, Dinamarca e a tal felicidade

Reinaldo Azevedo, em sua melhor forma. São duas postagens, que tomei a liberdade de publicar juntas:


Infelizes do Brasil, uni-vos! Há o risco de que vocês comecem a apanhar de vara na rua, mais ou menos como a polícia religiosa faz em certos países islâmicos com o nobre intuito de resguardar a fé. Por lá, levam varadas as mulheres desacompanhadas ou que não se comportam segundo o decoro… Por aqui, as Milícias da Felicidade buscariam enquadrar aqueles que não conseguiram, sei lá, encontrar o ser que os protegesse “contra o não-ser universal, arcano impossível de ler”, como disse o poeta. Se preciso, o estado ministrará aos desafortunados doses do “Soma”, uma droga sem efeitos colaterais, que induz à imediata felicidade, como em Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Nós somos assim: não há bobagem benigna que não estejamos dispostos a experimentar.

A PEC da Felicidade, como está sendo chamada, é de autoria do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que acaba de ser reeleito. Certamente ele não vislumbrou nada de mais urgente no país. Hoje, o Artigo 6º da Constituição está assim redigido: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.” O senador achou que o paraíso não estava devidamente assegurado e resolveu explicitar a coisa. A redação ficaria assim: “São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.”

Sabem o que é mais fabuloso nisso tudo? As falsas informações que vão circulando, tentando demonstrar que o Brasil estaria seguindo o passo de outros países. A Constituição da França traria assegurado esse direito. A íntegra está aqui. “Felicidade”, em artigo, não tem, não! No preâmbulo, o texto, de 1958, explicita sua adesão aos princípios gerais da Constituição anterior, de 1946, que, com efeito, fica a um passo de instituir o paraíso na terra, mas não chega a tocar na palavra “bonheur” (felicidade), que aparece, sim, no preâmbulo da “Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão”, de 1789, que a Constituição diz ser também um de seus fundamentos.

Também se diz que a Constituição do Japão assegura a felicidade. A íntegra está aqui. Os mistificadores certamente se referem ao Artigo 13. É uma pilantragem intelectual. Ela estabelece que o direito “à vida, à liberdade e à busca da felicidade” deve ser o principal objetivo do legislador, mas atenção!, só na medida em que não agrida o “bem-estar público”. Eu diria que o sentido é contrário àquele alardeado.

O outro país de referência é a gloriosa monarquia do… Butão! Essa bobagem se espalhou depois que Pablo Guimón, do jornal espanhol El País, fez uma reportagem cantando as glórias daquele país, onde o monarca se saiu com a máxima de que, mais importante do que o PIB, é a FIB — ou seja, em vez de os países se notabilizarem pelo seu Produto Interno Bruto, devem ser conhecidos pela Felicidade Interna Bruta. Também no Butão, existem 3% de recalcitrantes: a reportagem do El País informa que 52% da população do país se declarou “feliz”; 45%, muito feliz, e só 3% teve a ousadia de se dizer “infeliz” (mesmo índice que acha Lula “ruim ou péssimo” no Brasil).

Mas eu entendo essa invejável taxa de felicidade bruta do Butão. Só 47% da população é alfabetizada (165º no ranking mundial), a mortalidade infantil é de 45/1000 (131º), e o IDH, 0,619 (132º). O Brasil mesmo é a prova de que a população não precisa nem de esgoto para ser feliz ou para “aprovar” o governo. Monteiro Lobato, que o governo Lula tentou censurar, é que achava que não se podia ser feliz de cócoras, no mato. É claro que sim!
Por Reinaldo Azevedo


Eu tenho um medo, confesso!

Meu medo é que, um dia, os reacionários que pululam na política brasileira queiram adotar no Brasil a Constituição da Dinamarca, por exemplo (aqui). Saibam que, naquele fétido e miserável reino — à diferença do Paraíso Perdido do Butão, que inspirou o nobilíssimo senador Cristovam Buarque —, não tem essa de direito à felicidade coisa nenhuma! A Dinamarca é tão atrasada, mas tão atrasada, que nem mesmo torna a morte inconstitucional, como se faz no Brasil. Levada a nossa Constituição ao pé da letra, um morto não é um morto, mas alguém privado do “direito à vida”.

A Dinamarca também tem um pé na teocracia, de onde resulta o horror que se vive lá. O texto reconhece a Igreja Luterana como oficial e diz que ela será financiada pelo Estado. Marilena Chaui ainda pede um golpe laico e iluminista naquel reino do atraso, com a colaboração de alguns de nossos colunistas. O país vive também sob uma severa ditadura militar. Vejam lá o artigo 80! Forças armadas podem dispersar a multidão em caso de distúrbio público. Só vão tomar o cuidado de fazer três advertências em nome do rei. Se não forem atendidas, porrete! Ah, sim: isso se não forem atacadas antes. Caso o arenque tenha caído mal no almoço e os nativos estejam muito inquietos, o pau come logo de cara. Na ditadura dinamarquesa, o direito de reunião em locais públicos é relativo. Em princípio, pode. Mas a polícia tem o direito de estar presente. Caso se considere que o ato põe em risco a paz pública, a manifestação pode ser proibida.

O Artigo 75 lembra, mas de muito longe, os princípios progressistas do Brasil e do Butão. Mas que se note, hein!? A Dinamarca está na infância dos direitos sociais. A Constituição diz que todo mundo tem direito ao trabalho… Epa! Não é bem assim. Não é exatamente um “direito”. O texto diz que tudo será feito com o objetivo de garantir o acesso ao trabalho — e em nome do bem comum. Sim, o estado proverá aqueles que não puderem se manter, desde que não haja um responsável legal para fazê-lo. Mas o assistido passa a ter algumas obrigações legais.

E a felicidade?

Não! Aquela monarquia teocrática, que tem a coragem de garantir a inviolabilidade da propriedade privada (Artigo 73) e de proibir qualquer restrição ao comércio (Artigo 74), esse país não garante a felicidade de ninguém! Que gente reacionária!

A Dinamarca não conhece Cristovam Buarque e a esquerda brasileira. Entreguem aquele país a esses valentes por uns quatro anos, e os dinamarqueses saberão como é viver no Butão!!!
Por Reinaldo Azevedo

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ronaldo Caiado desanca Kassab no Twitter!

Irritado, e com toda razão, sobre os boatos que Kassab quer unir o DEM ao PMDB, o deputado goiano (twitter deputadocaiado) reagiu. Alguns tweets, em ordem cronológica:

Estou ao vivo na @radio730. Vou dar nome aos bois que querem vender o DEM ao PMDB http://bit.ly/dv8FlO Confira!

Se o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, quer mudar de mala e cuia para o PMDB, que vá. DEM não vai pedir o mandato de fisiológico.

Gilberto Kassab se arvora de Luís XIV e acha que o DEM é ele. Está enganado. Não deixaremos que essa traição aos nossos eleitores ocorra.

Esse jogo de quinta coluna, protagonizado por uma minoria paulista, vai acabar. Kassab tem que pensar no todo e não em interesses pessoais

O DEM já está cansado de pagar faturas eleitorais para Gilberto Kassab. Grande parte do apoio a @joseserra_ foi por causa dele.

Dilma vence com 69,6% dos votos válidos... na cadeia!

Lauro Jardim, no Radar on-line:

O votos dos presos no Rio: segundo turno


Assim como em São Paulo, os presos do Rio de Janeiro também preferiram Dilma Rousseff nas urnas. De 478 eleitores aptos a votar, 94 escolheram a petista e 41 preferiram José Serra. O resto ficou distribuído entre detentos que anularam, votaram em branco ou não votaram.

O curioso é que Dilma encolheu nas celas fluminenses. No primeiro turno, 100 eleitores votaram na candidata do PT.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sobre criar filhos homens


Rapazes revoltados

Recentemente, li um artigo extraordinário sobre o assunto do motivo por que tantos rapazes estão revoltados, chateados e rebeldes. A escritora desse artigo (Tiffani) tem cinco filhos, inclusive dois meninos com as idades de 14 e 2 anos. No laboratório de uma vida familiar feliz, estável e caótica, ela criou essa louca teoria: de que os meninos precisam de homens para lhes ensinar a ser homens. Loucura, não é?

À medida que Tiffani observava os padrões morais, atitudes, ética profissional e senso de responsabilidade da sociedade se deteriorarem, ela não conseguia deixar de especular se a falta de um homem forte na vida dos meninos os transforma de "doces, amorosos menininhos corados" em adolescentes monstruosos. E ela ficou pensando... será que a rebelião na adolescência é uma fase natural da vida, ou será que é causada por algo de que os meninos têm falta?

A premissa da teoria de Tiffani é que as mães precisam saber quando se retirar e deixar seus filhos do sexo masculino aprenderem a ser homens sob a tutela de seus pais (ou figuras paternas). Como todas as mães, Tiffani quer proteger seus meninos de ferimentos. Mas isso é bom a longo prazo? Talvez não. Tiffani está aprendendo quando afastar-se e deixar seu marido assumir a orientação de seus meninos.

À medida que amadurecem, os meninos nem sempre vão querer - ou precisar - proteção. Eles precisam de desafios, aventuras e atos de cavalheirismo. Os pais - os pais fortes - sabem quando afastar a proteção das mães e começar a treinar seus filhos a serem homens. A palavra-chave é treinamento.

O treinamento é decisivo. Meninos sem treinamento crescem e se tornam monstruosos: fora de controle, predatórios em cima das mulheres, irresponsáveis, incapazes ou indispostos a limitar seus impulsos movidos à testosterona para agressão ou sexo. Nossa atual sociedade está toda encardida com os prejuízos que sobraram dos meninos que nunca aprenderam o que é necessário para ser um homem. Lamentavelmente, esses "meninos adultos" muitas vezes procriam indiscriminadamente e despreocupadamente, então se recusam a ser pai para os filhos que eles produzem.

Mas homens treinados transformam a sociedade. Eles trabalham duro. Eles movem coisas pesadas. Eles constroem abrigos. Eles protegem, defendem e resgatam. Eles providenciam provisão para suas famílias. Eles fazem todas as coisas assustadoras, feias e sujas que as mulheres não conseguem (ou não querem) fazer. Homens treinados são, nas palavras do colunista Dennis Prager, a glória da civilização.

Conforme aponta Tiffani, os meninos precisam de homens para ajudá-los a estabelecer sua masculinidade de modo apropriado. Os homens entendem que os meninos precisam de experiências e desafios definidores para cumprir seus papéis biologicamente programados. As mulheres não entendem isso, mas não tem problema. Pais fortes (ou figuras paternas fortes) instintivamente intervirão e começarão a treinar os meninos como domar a testosterona, como trabalhar, como respeitar as mulheres, como liderar e defender e como eliminar ameaças.

O problema começa quando não há um modelo de papel masculino para um menino imitar. Se os homens estão ausentes, enfraquecidos ou indispostos a ensinar os meninos como se conduzir, então os meninos não aprendem como ser homens. É simples assim.

As mães não têm a capacidade de ensinar os meninos a ser homens. Não importa quanto amemos nossos filhos do sexo masculino, não temos essa capacidade. As mães querem ser mães porque, afinal, é o que fazemos. Protegemos, cuidamos e beijamos as feridas dos nossos meninos. Mas chega uma hora na vida de todo menino em que ele precisa se erguer acima dos beijos nas feridas e ser um homem.

Os homens não dão beijos nas feridas. É assim que eles se tornam guerreiros e protetores.

Lembro-me de quando o filho de 13 anos de nosso vizinho andou de bicicleta até nossa casa, uma distância de um quilometro e meio em difícil estrada de terra. Ele levou um tombo desagradável e chegou coberto de arranhões e sangue. Quando lhe perguntei o que havia acontecido, ele explicou sobre o tombo... então acrescentou um sorriso radiante: "Mas não tem problema. Sou menino". Não é preciso dizer mais nada.

Se eu tivesse me descabelado com a situação dele, falando carinhosamente, agindo de forma excessivamente preocupada e beijando seus machucados, eu teria roubado dele a aventura de ter sobrevivido de seu acidente. Ele se orgulhou das cicatrizes de sua batalha, e a última coisa que ele queria era cobri-las com ataduras infantis.

O que acontece quando os meninos não têm um homem forte para lhes ensinar? Os resultados variam de indivíduos fracos e covardes a totais brigões. Dou um exemplo em meu blog sobre uma mulher dominadora com um marido fraco criando dois filhos do sexo masculino. Esses meninos estão crescendo num lar torcido e desordenado que vai contra a natureza humana e a programação biológica, e os meninos vão virar homens abrutalhados.

Meninos que crescem com nada senão a "proteção" de suas mães - sem nenhum homem forte para lhes dar a chance de acabarem com as ameaças - se tornam revoltados e cheios de amargura. Eles sabem que algo está errado. Eles sabem que têm de defender as mulheres, mas eles guardam tanto ressentimento de suas mães por "protegerem" a eles de todos os desafios que o modo como eles veem as mulheres fica distorcido.

Se o marido dessa mulher tivesse desempenhando seu papel como cabeça da casa, esses meninos poderiam ter se tornado homens diferentes. Se ele tivesse resgatado seus filhos do perpétuo amor protetor de sua esposa, seus filhos poderiam ser Homens em Treinamento em vez de Futuros Abrutalhados. Mas temo que seja tarde demais.

Creio que uma parte de criar filhos fortes e equilibrados vem de meninos observando suas mães honrarem seu pai. O lar em que a mãe e o pai respeitam um ao outro por suas várias forças biológicas cria os filhos da forma mais estável e equilibrada possível.

Meu marido e eu não temos filhos para criar e se tornarem homens. Mas nossas meninas estão aprendendo a admirar a verdadeira masculinidade, não potenciais abrutalhados ou fracos e covardes. Ajuda tremendamente que, em nossa vizinhança, estejamos cercados de pais responsáveis que estão criando excelentes rapazes - fortes, prontos para ajudar, protetores das mulheres, ansiando serem heróis.

Com que tipo de homem você pensa que quero que minhas filhas casem algum dia? O Homem de Verdade que assume seu papel biológico de protetor e guerreiro? Ou o Rapaz Revoltado que xinga a mãe e despreza o pai? Qual lhe parece o homem mais equilibrado e firme?

Nada disso é difícil demais de entender - ou, pelo menos, não devia. Infelizmente na cultura andrógina feminista de hoje, esse conceito se tornou motivo de desprezo e zombaria.

  • Patrice Lewis é uma escritora independente e autora do livro "The Home Craft Business: How to Make it Survive and Thrive" (Empresa Doméstica de Artesanato: Como Fazê-la Sobreviver e Prosperar). Ela é cofundadora (com seu marido) de uma empresa doméstica de artigos de madeira. O casal Lewis vive em Idaho, educando em casa suas duas filhas e cuidando de seu gado. Visite o blog dela: http://www.patricelewis.blogspot.com/