quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Abstenções neste domingo podem favorecer Serra e Marina

No Ex-Blog do Cesar Maia:

A ABSTENÇÃO SEMPRE AFETA O RESULTADO FINAL DAS ELEIÇÕES!

1. As pesquisas sempre sublinham a margem de erro, não só por razões técnicas de precisão, mas porque não conseguem alcançar o universo exato dos eleitores. Isso se dá por várias razões: pessoas doentes, foragidas, presas, voto voluntário de mais de 70 anos ou entre 16 e 18 anos, os que se mudaram de cidade, que se mudaram de estado, que faleceram e não houve baixa, que acordam no dia da eleição sem condição de ir votar, que não têm mobilidade, falta de recursos para a condução, residência mais afastada do local de votação, etc. Isso, além dos que marcam branco/nulo e mudam na hora.

2. No Brasil são -na média- uns 17% que se abstém e uns 7 a 8% que votam branco e nulo. Ou seja: uns 25% no total. Em geral, os institutos supõem -e não há outro jeito- que esses 25% são neutros em relação ao resultado da pesquisa. Pode ser e pode não ser. Quando uma eleição se torna mais conflitiva ou imprevisível, a abstenção reduz, porque o eleitor tem a sensação que seu voto decidirá a eleição, o que é verdade. Ou ao contrário, quando se acha que o seu voto será inócuo por indiferença ou porque a eleição já está definida.

3. Em geral a abstenção afeta mais os segmentos de menor renda. Quando se cruza as hipóteses de abstenção com o nível de renda, se verifica que potencialmente ela afeta mais os de menor renda.

4. Numa eleição como a presidencial, onde o segundo turno se decidirá por pequena diferença, isso fará a diferença. Paradoxalmente, a melhoria de renda da população e o crescimento da economia podem afetar exatamente a candidatura de base popular pela migração ocorrida do interior às regiões metropolitanas.

5. Com uma provável diferença tão pequena para se ir ao segundo turno presidencial, todos esses fatores podem ser decisivos. E todos eles reforçam a tendência a um segundo turno nesta eleição presidencial.

A Barricada na mídia!

Agradeço mais uma vez ao Paulo Simões e à Maria Aparecida Nery, pela citação do blog no excelente Jornal Ilha Capital, "o nanico que incomoda". Quem ainda não conhece, o site deles é www.ilhacap.com.br , e o twitter é @ilha_capital. O jornal impresso é distribuído gratuitamente em diversos pontos comerciais de Florianópolis. Recomendo demais!


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Dilma disse ser favorável ao aborto!

Apesar das negativas dos últimos dias, a verdade é que Dilma é sim favorável à legalização do aborto, assim como o seu partido, que chegou a expulsar parlamentares que se posicionaram contra. Leiam o que ela afirmou em entrevista à revista Marie Claire. O link, para quem ainda tem dúvidas é este.

Marie Claire: Uma das bandeiras da Marie Claire é defender a legalização do aborto. Fizemos uma pesquisa com leitoras e 60% delas se posicionaram favoravelmente, mesmo o aborto não sendo uma escolha fácil. O que a senhora pensa sobre isso?

Dilma Rousseff: Abortar não é fácil pra mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização. O aborto é uma questão de saúde pública. Há uma quantidade enorme de mulheres brasileiras que morre porque tenta abortar em condições precárias. Se a gente tratar o assunto de forma séria e respeitosa, evitará toda sorte de preconceitos. Essa é uma questão grave que causa muitos mal-entendidos.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A hora do adeus

3 de outubro de 2010. Brasileiros de todo o país irão às urnas dizer o que querem em relação ao seu futuro. Cada um, inspirado em seus próprios valores, terá que optar pela candidatura que melhor o identifica e representa. Possivelmente ainda neste mesmo dia saberemos se nossos cidadãos estão satisfeitos com os rumos que nosso país vem tomando, mas mais que isso, teremos a oportunidade de conhecer a quem são os brasileiros no que diz respeito à sua moral e sua honra. Encerrada a votação e sua apuração, tomaremos conhecimento se a maioria optou pela permanência ou pela mudança do governo. 

Após oito anos, teremos a oportunidade de decidir se quermos continuar nas mãos de um governo que apostou alto em nossa ignorância;
Que procurou dividir o país entre ricos e pobres, jogando uns contra os outros;
Que baseado em sua popularidade, buscou desde o início solapar justamente os alicerces que o permitiram chegar ao poder, através da desenfreada tentativa de corromper as instituições de nossa jovem democracia;
Que confrontado com inúmeras evidências de corrupção entre seus membros, preferiu passar a mão na cabeça dos envolvidos e tentou calar aqueles que os denunciaram;
Que no maior escândalo de corrupção de nossa história, tentou comprar o Congresso Nacional, forrando as cuecas daqueles que se venderam com dinheiro público;
Que nos presenteou com um episódio ridículo e macabro na Câmara dos Deputados, quando uma parlamentar do PT ensaiou uns passinhos de dança para nos zombar pela impunidade de seus colegas de partido;
Que entende que os partidos políticos que não compartilham do seu cocho merecem ser "extirpados" da sociedade;
Que lá do alto de seus jatinhos, transformou em ruínas nossas estradas e portos, nos tornando recordistas absolutos em mortes por acidentes e prejudicando ainda mais nossa competitividade comercial, já combalida por uma das maiores cargas tributárias do mundo (a maior do mundo em desenvolvimento);
Que permitiu que tivéssemos o maior número de óbitos em função da gripe suína em todo o planeta, fruto de sua absurda incompetência na distribuição de medicamentos;
Que aliou-se, sempre que teve a oportunidade, a praticamente todos os ditadores e facínoras que ainda existem, jogando no lixo nossa diplomacia internacional;
Que nos julga tão trouxas que chega ao cúmulo de inaugurar duas ou três vezes a mesma obra (isso quando não inaugura obras que nem foram iniciadas ou obras que não tiveram sua participação), para tentar nos passar a falsa impressão que o país tornou-se um grande canteirode construção;
Que apropria-se de programas sociais criados por seus antecessores para em seguida ameaçar seus beneficiários com sua suposta interrupção em caso de vitória de seus adversários políticos, justamente os verdadeiros criadores dos programas;
Que quando esteve na oposição, fez de tudo para atrapalhar ou interromper as ações que nos permitem hoje desfrutarmos de certa estabilidade econômica, e hoje tenta nos fazer crer que os méritos pelo sucesso são exclusivamente seus;
Que tem na figura de seu representante maior, o presidente da República, o maior exemplo do uso da máquina em benefício do partido, quando ao invés de sentar em sua cadeira em Brasília e trabalhar, como todos os brasileiros fazem, prefere soltar sua língua presa falando besteiras nos comícios de sua candidata;
Que nos apresenta como candidata à sucessão uma pessoa que tem um passado sombrio, ligado a roubos e sequestros, que nunca foi eleita para absolutamente nada, e que no governo esteve ligada umbilicalmente ao que há de pior na política nacional, como é o caso de José Dirceu, José Sarney, Fernando Collor, Erenice Guerra, entre outros, com a única justificativa de ela ser "amiga do presidente" (como se isso fosse lá grande coisa).

Baseado nestes motivos acima, e em muitos outros que poderiam ser mencionados, acredito que temos uma boa referência para decidirmos se queremos dar a esta mesma turma o direito de nos governar por mais quatro anos. Se você não vê nada de errado nisso tudo, e se identifica com eles, um ótimo programa para este domingo é votar na Dilma para presidente. Pessoalmente, pra mim basta. Acho que já passou da hora de darmos adeus a eles. Após votar, grite bem alto, para todo mundo ouvir: 

ADEUS, LULA! ADEUS, DILMA! ADEUS, PT! JÁ VÃO TARDE!

Marqueteiro de Serra aposta no segundo turno

Lauro Jardim, na Veja:

Gonzalez: vai ter segundo turno, sim

Luiz Gonzales, o marqueteiro de José Serra, aposta com quem quiser que a eleição não acaba no domingo. E desfia três argumentos para sustentar sua convicção.

*As pesquisas quantitativas internas indicam segundo turno já há algum tempo. Segundo essas pesquisas, Dilma está caindo; Serra e Marina Silva, subindo. Estão em linha, pois, com a pesquisa Datafolha divulgadas hoje.

*As pesquisas qualitativas do partido, feitas em sete estados, têm mostrado já há algum tempo um enfraquecimento da Dilma (“excesso de Lula na propaganda e na campanha”, “candidata sem ideias próprias”, “só fala do Lula e não fala o que vai fazer”, dizem os pesquisados) e um fortalecimento de Serra e Marina. Segundo Gonzales, sua experiência mostra que as pesquisas qualitativas antecipam os resultados das quantitativas.

*Pela sua experiência, quando se faz uma campanha construindo atributos, uma parte dos eleitores na reta final transforma a simpatia e a boa vontade em intenção de voto.

Faltam apenas cinco dias para saber se Gonzalez está certo.

Vantagem de Dilma sobre a soma dos adversários cai a 2 pontos, diz Datafolha

Na Folha:

A seis dias da eleição, a candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, já não tem mais garantida a vitória em primeiro turno, revela nova pesquisa Datafolha realizada ontem em todo o país.

Segundo o levantamento, Dilma agora perde votos ou oscila negativamente em todos os estratos da população.

Nos últimos cinco dias, Dilma perdeu três pontos percentuais entre os votos válidos que decidirão o pleito. Ela recuou de 54% para 51% --e precisa de 50% mais um voto para ser eleita.

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Como a margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, Dilma pode ter 49% dos votos válidos. Ou 53%, o que a levaria ao Planalto sem passar por um segundo turno eleitoral.

Ainda considerando os votos válidos, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, apenas oscilou positivamente, de 31% para 32%.

Marina Silva, do PV, também oscilou positivamente dentro da margem de erro. Passou para 16%, ante os 14% que tinha na última pesquisa, realizada entre os dias 21 e 22 de setembro.

Houve queda ou oscilação negativa para a candidata escolhida pelo presidente Lula para sucedê-lo em todos os estratos da população, nos cortes por sexo, região, renda, escolaridade e idade.

Uma das maiores baixas (queda de 5% nas intenções de voto) se deu entre os que ganham de 2 a 5 salários mínimos (entre R$ 1.020,00 e R$ 2.550,00). Cerca de 33% da população brasileira se encaixa nessa faixa de renda.

Dilma vem perdendo votos desde a segunda semana de setembro. Foi quando o escândalo envolvendo tráfico de influência na Casa Civil levou ao pedido de demissão de sua ex-principal assessora, Erenice Guerra.

De lá para cá, o total das inteções de voto em Dilma caiu de 51% para 46%. Já a soma de seus adversários subiu de 39% para 44%.
 
Considerando somente os votos válidos, a diferença entre Dilma e os demais candidatos despencou de 14 pontos há duas semanas para dois pontos agora.

A pesquisa mostra também que houve forte "desembarque" da candidatura Dilma entre as mulheres (queda de 47% para 42%) e entre os eleitores mais escolarizados, com curso superior.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Serra, a vantagem da petista também caiu. No levantamento anterior, Dilma tinha 55% das intenções de voto. Agora, tem 52%. Serra, que antes tinha 38%, agora tem 39%.

Bate o desespero na "amiga do presidente": Datafolha confirma proximidade do segundo turno!

Caiu substancialmente a diferença entre Dilma e a soma dos demais candidatos, e hoje já está dentro da margem de erro. É o que nos diz a pesquisa do Instituto Datafolha que acaba de sair do forno (ver post acima). 

Nem com o uso escancarado da máquina a favor dela, e  aí incluo a figura presidencial, ela consegue reverter a tendência de queda iniciada logo que pipocou o escândalo de propinas e comissões de seu braço direito, Erenice Guerra. É baseado nisso que acredito que cabe aos seus adversários colar nela cada vez mais a pecha de conivente com a roubalheira da Casa Civil, e o debate de quinta-feira será a melhor oportunidade de todas para isso. Se ela vem caindo, não custa nada  dar um forte empurrão para que ela desabe de vez e não se levante mais. Não é hora de ser bonzinho.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Segundo turno batendo à porta 2

No Blog do Reinaldo Azevedo:


Se vai se confirmar, não sei porque não sou adivinho, a exemplo de auto-intitulados especialistas em pesquisa. Eu só me especializo na indeterminação da história. O fato é que os petistas começam a se preocupar com os levantamentos que estão sendo feitos. Eles indicam a marcha das eleições de 2010 rumo ao segundo turno. O movimento pode ser estancado? Pode. Mas também pode ser acelerado. Se o segundo turno vier mesmo, aí, sim, nós veremos o que é terrorismo eleitoral e o que significa a política do medo contra a política da esperança.

Segundo turno batendo à porta

No Blog Coturno Noturno:

É muito simples. Basta olhar para 2006, para o mesmo dia 27 de setembro daquele ano. O quadro, dentro da margem de erro era rigorosamente igual ao de hoje. A diferença de Lula para os demais candidatos era exatamente a mesma de hoje, com um ou dois pontos de diferença. O fato é que Dilma está caindo. Lentamente, mas caindo. Marina Silva e José Serra estão subindo, lentamente mas subindo. Pelo seu desempenho, o candidato do PSOL tende a abocanhar no mínimo 1% das intenções de votos.  A milícia de jornalistas que apostou na vitória da Dilma no primeiro turno, composta por Ricardo Noblat, Fernando Rodrigues, Cristina Lobo, José Roberto Toledo vão gastar seus últimos cartuchos nesta reta final. Pelo que indicam as pesquisas, sairão, como sempre, desacreditados. Especialmente Ricardo Noblat que, hoje, fez mais uma defesa da figura mais sórdida destas eleições: o diretor da Xov Ilupop, a quem chamou de "figura discreta", quando os seus artigos e análises são utilizadas, inclusive, como material de "spam" pela campanha da Dilma. Abaixo, vejam o que os institutos de pesquisa mostravam, no dia 27 de setembro de 2006.

Pesquisa Datafolha (27 de setembro de 2006)
A quatro dias do primeiro turno da eleição para presidente da República, e antes da realização de debate na Rede Globo, o candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, favorito na disputa, vê sua vantagem em relação aos adversários diminuir, de acordo com pesquisa realizada pelo Datafolha nesta quarta-feira, 27 de setembro de 2006. Em relação ao levantamento anterior, realizado na sexta-feira passada, dia 22, Lula se manteve com 49% das intenções de voto. O segundo colocado, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, oscilou, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais, de 31% para 33%, a maior taxa obtida pelo tucano até o momento. Heloísa Helena, do PSOL, também oscilou positivamente, de 7% para 8% das preferências. A vantagem de Lula sobre seus adversários, que era de oito pontos percentuais no levantamento anterior, é hoje de cinco pontos, e sua distância em relação ao segundo colocado passou de 18 para 16 pontos.

Pesquisa Ibope (27 de setembro de 2006)
A diferença entre o percentual obtido por Lula (48%) e a soma de seus concorrentes (43%) é hoje de 5 pontos percentuais (a média entre os 7 pontos mostrados em 21 de Setembro e os 3 pontos detectados em 24 de Setembro), superior à margem de erro da pesquisa, de 2 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados totais. O percentual de intenções de voto em branco ou nulo somado ao de indecisos é de 9%, o que corresponderia ao patamar do percentual de votos brancos e nulos depositados nas urnas no primeiro turno de 2002 (10%). Com esses resultados de hoje, a estimativa de votos válidos para Lula fica em 53%, contra 52% da última rodada, indicando maior probabilidade de sua vitória no primeiro turno. 

O resultado todos lembram. Lula acabou o primeiro turno com 48% dos votos válidos e Geraldo Alckmin com quase 42%. Pelo que as pesquisas já estão mostrando, neste momento, a história irá se repetir.

Chavismo: Brasil e Venezuela

No Ex-Blog do Cesar Maia:

"CESAR MAIA DIZ QUE PETISTAS PREPARAM KIT-CHAVISTA PARA CONTROLAR A IMPRENSA"!

Trechos da entrevista de página inteira de Cesar Maia ao jornal O Globo de sábado (25).

O PT tem uma expectativa de ter uma perigosa maioria constitucional, para que possa, num "kit chavista", mudar a Constituição.

1. Em política, você tem que trabalhar com alternativas. A eleição não está perdida, mas também não está ganha. O que temos de fatos concretos são as ações de governo. A gente sabe que todo regime autoritário começa com intervenção nos meios de comunicação. Esse caminho (no atual governo) é explícito: Conselho de Jornalismo, Ancinav... É o primeiro passo do autoritarismo. Assim foi na Venezuela, na Alemanha. Na Alemanha (nazista), tinha o Ministério da Cultura e Propaganda. Esse ministério estatizou a cultura e os meios de comunicação. E você tem um coordenador de programa da Dilma, que é o Marco Aurélio Garcia, que é um chavista de carteirinha e firma reconhecida. O presidente diz: "Eu quero eleger 50 senadores": 20 do PT e mais 30 que o PT leva na mala. "Quero ter maioria constitucional". Então, ele faz a emenda constitucional no Senado e atropela a Câmara dos Deputados. E aí começam coisas que a mim preocupam.

2. Qual o elemento preliminar do regime democrático? São os direitos e garantias individuais. Há três tipos de inviolabilidade: da nossa casa, fiscal e bancária. Estamos numa situação em que se fere os direitos e garantias individuais, que se começa a produzir uma maioria constitucional para entrar nas instituições democráticas, a partir dos meios de comunicação. Ou vocês têm dúvida de que, na hora em que houver essa maioria, virá o controle externo do meios de comunicação? O que o PT quer é maioria constitucional, e o que queremos é que ele não tenha essa maioria no Congresso, mas fundamentalmente no Senado. A prioridade máxima para nós democratas, de todos os tipos, é ter 40 senadores, somando aqueles que têm mandato com os que vão entrar. É difícil, mas é possível.

CHÁVEZ NÃO CONSEGUE MAIORIA CONSTITUCIONAL! QUE O BRASIL SIGA O EXEMPLO!

Com todas as mudanças feitas na legislação eleitoral, o presidente Hugo Chávez e seu partido, não conseguiram a maioria de 110 deputados que precisavam para continuar mudando a Constituição ao arbítrio do caudilho. O partido de Chávez, que uniu toda a sua base aliada anterior, obteve 94 deputados, a oposição 60 e os independentes 2 deputados. O sistema foi distritalizado ao sabor de Chávez. Mas a oposição, somando a votação nominal pelo país todo, obteve 52% dos votos.

Sobre o debate da Record 2

Se é mesmo verdade que atacar os adversários tira votos de quem ataca, então o oposto também deve ser verdade. Elogiar o adversário rende votos a quem faz os elogios? Tremenda barca furada!

Sobre o debate da Record

Sinceramente, não gostei nem um pouco da estratégia do Serra evitar o confronto direto com a Dilma no debate.  Estarão guardando munição para o debate de quinta-feira na Rede Globo? Espero que saibam o que estão fazendo.

Tempestade!

Choveu demais na Ressacada este domingo. E não me refiro à água que despencou do céu, mas à chuva de gols que encharcou as redes do Ceará. Assistam:

domingo, 26 de setembro de 2010

Para encerrar o jejum! Avaí faz 5 no Ceará!

Ufa! Nada melhor que uma goleada para espantar a má fase e alegrar a torcida, após dez jogos sem vencer. Vai pra cima deles, Leão!

Já, já coloco os gols aqui, como nos velhos tempos!

Merval Pereira: Declarações de Lula radicalizam campanha de forma perigosa

Clique aqui para ouvir o podcast, disponível na Rádio CBN.

Folha acompanha Estadão e adverte sobre autoritarismo petista na primeira página


Editorial da Folha de S.Paulo: ‘Todo poder tem limite’

Vai abaixo, por oportuno, o texto do editorial da Folha deste domingo, excepcionalmente veiculado na primeira página:

"Os altos índices de aprovação popular do presidente Lula não são fortuitos. Refletem o ambiente internacional favorável aos países em desenvolvimento, apesar da crise que atinge o mundo desenvolvido. Refletem, em especial, os acertos do atual chefe do Estado.

Lula teve o discernimento de manter a política econômica sensata de seu antecessor. Seu governo conduziu à retomada do crescimento e ampliou uma antes incipiente política de transferências de renda aos estratos sociais mais carentes. A desigualdade social, ainda imensa, começa a se reduzir. Ninguém lhe contesta seriamente esses méritos.

Nem por isso seu governo pode julgar-se acima de críticas. O direito de inquirir, duvidar e divergir da autoridade pública é o cerne da democracia, que não se resume apenas à preponderância da vontade da maioria.

Vai longe, aliás, o tempo em que não se respeitavam maiorias no Brasil. As eleições são livres e diretas, as apurações, confiáveis -e ninguém questiona que o vencedor toma posse e governa.

Se existe risco à vista, é de enfraquecimento do sistema de freios e contrapesos que protege as liberdades públicas e o direito ao dissenso quando se formam ondas eleitorais avassaladoras, ainda que passageiras.

Nesses períodos, é a imprensa independente quem emite o primeiro alarme, não sendo outro o motivo do nervosismo presidencial em relação a jornais e revistas nesta altura da campanha eleitoral.

Pois foi a imprensa quem revelou ao país que uma agência da Receita Federal plantada no berço político do PT, no ABC paulista, fora convertida em órgão de espionagem clandestina contra adversários.

Foi a imprensa quem mostrou que o principal gabinete do governo, a assessoria imediata de Lula e de sua candidata Dilma Rousseff, estava minado por espantosa infiltração de interesses particulares. É de calcular o grau de desleixo para com o dinheiro e os direitos do contribuinte ao longo da vasta extensão do Estado federal.

Esta Folha procura manter uma orientação de independência, pluralidade e apartidarismo editoriais, o que redunda em questionamentos incisivos durante períodos de polarização eleitoral.

Quem acompanha a trajetória do jornal sabe o quanto essa mesma orientação foi incômoda ao governo tucano. Basta lembrar que Fernando Henrique Cardoso, na entrevista em que se despediu da Presidência, acusou a Folha de haver tentado insuflar seu impeachment.

Lula e a candidata oficial têm-se limitado até aqui a vituperar a imprensa, exercendo seu próprio direito à livre expressão, embora em termos incompatíveis com a serenidade requerida no exercício do cargo que pretendem intercambiar.

Fiquem ambos advertidos, porém, de que tais bravatas somente redobram a confiança na utilidade pública do jornalismo livre. Fiquem advertidos de que tentativas de controle da imprensa serão repudiadas -e qualquer governo terá de violar cláusulas pétreas da Constituição na aventura temerária de implantá-lo".

A Criação e os petistas

Quando Deus fez o mundo, para que os homens prosperassem, decidiu dar-lhes apenas duas virtudes. Assim:

- Aos Suíços os fez estudiosos e respeitadores da lei.

- Aos Ingleses, organizados e pontuais.

- Aos Japoneses, trabalhadores e disciplinados.

- Aos Italianos, alegres e românticos.

- Aos Franceses, cultos e finos.

- Aos Brasileiros, inteligentes, honestos e petistas.

O anjo anotou, mas logo em seguida, cheio de humildade e de medo, indagou:

- Senhor, a todos os povos do mundo foram dadas duas virtudes, porém, aos brasileiros foram dadas três! Isto não os fará soberbos em relação aos demais povos da terra?

- Muito bem observado, bom anjo! - exclamou o Senhor. Isto é verdade! Façamos então uma correção:

De agora em diante, os brasileiros, povo do meu coração, manterão estas três virtudes, mas nenhum deles poderá utilizar mais de duas simultaneamente, como os demais povos!

- Assim, o que for petista e honesto, não pode ser inteligente.

- O que for petista e inteligente, não pode ser honesto.

- E o que for inteligente e honesto, não pode ser petista!

Palavras do Senhor!

sábado, 25 de setembro de 2010

Vejam o vídeo do bombardeio da Força Aérea Colombiana que matou o terrorista das FARC Mono Jojoy

Buuuuummm!!! Ratatatatatá!!! Pronto. Era uma vez um narcoterrorista comunista.

Estadão oficializa apoio a Serra e afirma que Dilma representa riscos à democracia brasileira

Irretocável. Destaquei com negrito alguns trechos. 


Editorial: O mal a evitar

A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um partido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de perder a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gostando da cobertura que o Estado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página editorial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o País.

Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada seu governo por motivos partidários. O presidente Lula tem, como se vê, outro mau hábito: julgar os outros por si. Quem age em função de interesse partidário é quem se transformou de presidente de todos os brasileiros em chefe de uma facção que tanto mais sectária se torna quanto mais se apaixona pelo poder. É quem é o responsável pela invenção de uma candidata para representá-lo no pleito presidencial e, se eleita, segurar o lugar do chefão e garantir o bem-estar da companheirada. É sobre essa perspectiva tão grave e ameaçadora que os eleitores precisam refletir. O que estará em jogo, no dia 3 de outubro, não é apenas a continuidade de um projeto de crescimento econômico com a distribuição de dividendos sociais. Isso todos os candidatos prometem e têm condições de fazer. O que o eleitor decidirá de mais importante é se deixará a máquina do Estado nas mãos de quem trata o governo e o seu partido como se fossem uma coisa só, submetendo o interesse coletivo aos interesses de sua facção.

Não precisava ser assim. Luiz Inácio Lula da Silva está chegando ao final de seus dois mandatos com níveis de popularidade sem precedentes, alavancados por realizações das quais ele e todos os brasileiros podem se orgulhar, tanto no prosseguimento e aceleração da ingente tarefa - iniciada nos governos de Itamar Franco e Fernando Henrique - de promover o desenvolvimento econômico quanto na ampliação dos programas que têm permitido a incorporação de milhões de brasileiros a condições materiais de vida minimamente compatíveis com as exigências da dignidade humana. Sob esses aspectos o Brasil evoluiu e é hoje, sem sombra de dúvida, um país melhor. Mas essa é uma obra incompleta. Pior, uma construção que se desenvolveu paralelamente a tentativas quase sempre bem-sucedidas de desconstrução de um edifício institucional democrático historicamente frágil no Brasil, mas indispensável para a consolidação, em qualquer parte, de qualquer processo de desenvolvimento de que o homem seja sujeito e não mero objeto.

Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter-se no poder. Para isso vale tudo: alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia - a começar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evitar.

Apesar do fiasco que foi e contra os resultados da votação, MEC escolhe o filme do Lula para nos representar no Oscar

Eles querem mesmo nos envergonhar. Torço muito para que sejam derrotados.


Contra a votação popular, Ministério da Cultura escolhe 'Lula' para competir por indicação no Oscar
Longa disputará com 95 países uma das cinco vagas na categoria estrangeira

Apesar da população escolher "Nosso Lar", o longa-metragem "Lula - O filho do Brasil", de Fabio Barreto, foi escolhido para representar o Brasil na disputa por uma das cinco vagas no Oscar na categoria de melhor filme em língua estrangeira.

A decisão, anunciada na manhã desta quinta-feira (23), em São Paulo, foi tomada de forma unânime por uma comissão que reúne membros indicados pelo Ministério da Cultura, Secretaria do Audiovisual, Agência Nacional de Cinema do Brasil e Academia Brasileira de Cinema.

"Levamos em consideração o Brasil. [Esse filme] reflete um pouco a nossa vida. Lula é uma estela aqui e fora daqui", declarou Roberto Faria, presidente da Academia Brasileira de Cinema.

A comissão não levou em conta o voto popular, que escolheu com 70%, quase 89 mil votos, "Nosso Lar" como filme para representar o Brasil no Oscar. A votação ocorreu no site do próprio Ministério da Cultura, de 8 e 20 de setembro, e recebeu quase 130 mil votos.

Na enquete do site do Ministério da Cultura, "Lula - O filho do Brasil" ficou em sexto lugar com apenas 1% dos votos. De acordo com o próprio Ministério da Cultura, o objetivo desta enquete foi o de estimular as pessoas a assistirem a produção nacional de cinema, apontando seus filmes favoritos.

Questionado sobre a hipótese de um viés político na escolha do filme sobre a vida do presidente, Faria rebateu. "O filme está feito e já passou pelo crivo de todas as críticas neste sentido."

"Nosso partido é o cinema brasileiro. A escolha em momento algum pensou no momento X, mas em um filme para representar o país com dignidade", completou a produtora Mariza Leão Salles de Rezende, uma das integrantes da comissão de seleção, que inclui ainda Cássio Henrique Starling Carlos, Clélia Bessa, Elisa Tolomelli, Frederico Hermann Barbosa Maia, Jean Claude Bernardet, Leon Cakoff, Márcia Lellis de Souza (Tata) Amaral, Mariza Leão Salles de Rezende, além de Roberto Faria.

Mas, para a cineasta Tata Amaral, é possível que a popularidade de Lula no exterior possa, sim, contribuir com o desempenho do representante brasileiro no Oscar. "Eu gostaria que a figura do Lula influenciasse a Academia. Nesse sentido, seria ótima a influência política da escolha", defendeu Tata.

No total, 23 produções nacionais competiam pela vaga. Agora, o filme escolhido disputará com longas de outros 95 países uma indicação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela realização do Oscar.

Os nomes dos cinco indicados ao prêmio máximo do cinema mundial serão divulgados em 25 de janeiro. A festa de entrega dos prêmios está marcada para 27 de fevereiro de 2011.

Capa da Veja

Faço questão de comprar esta edição. Amanhã cedo estarei esperando a banquinha abrir.

Boas novas 2

Não posso deixar de comentar a subida consistente  e uniforme do Raimundo Colombo em Santa Catarina.Os catarinenses darão nas urnas uma resposta à altura dos arreganhos totalitários defecados por aqui pelo Seboso, que não quer aceitar a existência dos divergentes. Será um belo CALA BOCA, e mais do que merecido. Não somos seus subordinados puxa-sacos, que aplaudem tudo o que ele faz e dão risada de suas piadinhas sem graça. Vá trabalhar, vagabundo! Por aqui tuas palavras tem tanto valor que tua candidata conseguirá no máximo chegar a um humilhante terceiro lugar.

Boas novas

Nos chegam nos últimos dias boas notícias do front. Pesquisas confirmam uma queda da candidatura Dilma e uma ascensão de seus concorrentes. Temos ainda uma semana pela frente para fazermos a disputa ir para o segundo turno e forçarmos a "candidata do presidente" a esclarecer aos eleitores a respeito do lamaçal instalado na Casa Civil debaixo do seu nariz. Será uma ótima oportunidade para ela nos revelar o que ela reserva para o país, se a incompetência ou a complacência. Incompetência no caso de seus subordinados e indicados haverem montado um esquema de corrupção hediondo no ministério em que ela dava as cartas, sem que ela sequer ouvisse falar a respeito.Complacência no caso de ela realmente ser a tal gerentona do governo, que de tudo sabe, e que por dividendos eleitorais e financeiros acobertou o enriquecimento ilícito de seus próximos, em detrimento do restante dos contribuintes brasileiros, que tiveram seus recursos desviados em prol da felicidade dos amigos do rei.

Qual delas você prefere? A incompetente ou a complacente? Não vejo outra opção para aqueles que pretendem votar nela.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Luiz Gonzalez, coloca isso na TV o quanto antes!

Acho que a maioria já deve ter visto este vídeo da campanha do Serra, elaborado para divulgação através da internet, chamado O BRASIL NÃO É DO PT. Se o colocassem na TV, eu não acharia nem um pouco ruim, já que o alcance da internet é mais limitado.

O único reparo que eu faria está no fato de colocarem o Lula como alguém que controlou os radicais do PT, quando na verdade sabemos que ele é um dos principais radicais. As manchetes dos últimos dias não me deixam mentir.

Assistam:

Sobre números

Considerando que os números da pesquisa Datafolha de ontem esteja próxima da realidade, podemos deduzir que mais da metade dos brasileiros, 51% para ser mais exato, não engolem a Dilma e o PT. Este é o percentual dos eleitores que votam em outros candidatos, os que votam nulo ou em branco, e os indecisos. Será que ainda há salvação?

Pesquisa Datafolha: a 3,5 pontos do segundo turno

No Ex-Blog do Cesar Maia:

PRESIDENTE: FALTA AGORA TROCAR 3,5 PONTOS PARA DAR SEGUNDO TURNO!

1. O Datafolha mostrou o que este Ex-Blog vem dizendo desde início de setembro: haverá um afunilamento, e a probabilidade de segundo turno aumentará a cada dia. Como aqui comentado, a mudança de intenção de voto não se dá por impacto no momento da divulgação de um escândalo. Para quem tinha intenção de votar em Dilma e havia informado e até defendido sua candidatura, a mudança se dará quando ele tiver como justificar sem constrangimento. Começou a ocorrer.

2. A cabeça do eleitor aponta para quatro caminhos. a) voltar a escolher o Serra, como uns 4 meses atrás; b) optar pela Marina, como era mais provável, numa espécie de voto higiênico; c) anular o voto, o que tem um efeito de 50% para a ida ao segundo turno em relação a escolher outro candidato; d) e escolher entre os candidatos com pequena intenção de voto, como protesto, 'tiriricando' o voto, o que dá no mesmo que escolher Serra, para a ida ao segundo turno.

3. A pesquisa Datafolha mostrou Marina chegando a 13%. Lembre-se que quando Dilma subiu, Marina ficou com um dígito. Portanto, é um crescimento proporcionalmente importante. Marina cresceu no Sudeste, onde já tem16%. Cresceu entre as mulheres, onde tem 14%. A pesquisa mostrou Serra parando de cair e subindo um ponto. E os demais pontuando, 1 ponto somados. Normalmente, as pesquisas de opinião não conseguem pegar o voto de quem tem 1% ou pouco menos. Portanto, é provável que este conjunto tenha mais que 1%, talvez 2%.

4. No Sudeste, no Sul e no Centro-Oeste, já está dando segundo turno. A diferença de 49% para 42% é aparentemente de 7 pontos. Mas havendo troca entre candidatos é na verdade de 3,5 pontos: o que perdendo Dilma, ganhariam os demais. Portanto, se Serra crescer 1 ponto, Marina 2 pontos e os demais meio ponto, a situação seria de segundo turno.

5. Para este Ex-Blog -repetindo o que já disse aqui- Dilma não passará dos 45%. Vem aí uma estressante apuração de votos no dia 3.

Direto para o inferno!

No UOL Notícias:

Exército da Colômbia anuncia morte do principal comandante das Farc

O chefe militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Víctor Julio Suárez Rojas, apelidado de Jorge Briceño ou Mono Jojoy, morreu em um combate com o Exército, anunciou um porta-voz dos militares nesta quinta-feira (23).

Ele teria sido alvo de um bombardeio lançado pelos militares em uma zona rural chamada La Escalera, no município de La Macarena, departamento de Meta, na região central do país. A morte ocorreu em uma operação conjunta do Exército, das Forças Aéreas e da polícia. Pelo menos outros 20 guerrilheiros também teriam sido mortos na ação, que contou com o apoio de 250 soldados, 30 aviões de combate e 16 helicópteros.

Segundo fontes oficiais, o corpo de Jojoy pode ser identificado, mas ainda não foi retirada do local do bombardeio, onde os combates continuam.

A morte dele seria o mais grave ataque contra as Farc, já que outros dois altos comandantes morreram em 2008. O grupo tem sido enfraquecido nas últimas décadas depois que o governo colombiano lançou uma ofensiva militar apoiada pelos EUA. Depois da perda de vários líderes, os soldados voltaram para as florestas e as montanhas remotas.

Atualmente, Mono Jojoy era considerado chefe superior da força militar do grupo e tanto o governo da Colômbia quanto o Departamento de Estado dos Estados Unidos ofereciam recompensas milionárias por sua captura.

A justiça local havia expedido ao menos 62 ordens de captura contra ele por crimes como homicídio, sequestro e terrorismo.

O guerrilheiro, que frequentemente era visto usando boina preta, sua marca registrada, nasceu em fevereiro de 1953, em Cabrera, no departamento de Cundinamarca, e era membro do secretariado das Farc, a instância máxima política e militar do grupo.

Ele teria se vinculado às Farc em 1975 como guerrilheiro raso e, pouco a pouco, foi subindo na organização até se converter em chefe militar.

Camilo Gómez, ex-alto comissário colombiano para a Paz durante o governo de Andrés Pastrana (1998-2002), afirmou hoje que "se esta notícia for confirmada, será o golpe mais importante dado às Farc, inclusive mais importante que a morte de Rául Reyes".

Reyes foi assassinado em uma operação do Exercito colombiano contra um acampamento da guerrilha no Equador em março de 2008, que resultou na morte de 26 pessoas. Na época, ele era o número dois da organização.
Reveja última entrevista de Raúl Reyes antes de ser morto

*

Ontem, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, garantiu que as ações militares contra as Farc continuariam, e insistiu que a única condição de diálogo seria o fim dos "atos terroristas".

No mesmo dia, a organização havia dito que estava aberta a conversas desde que estas não impusessem "condições prévias".

No domingo passado, o Exército realizou um bombardeio perto da fronteira com o Equador, deixando mais de 20 rebeldes mortos, segundo dados oficiais. A ofensiva ocorreu depois que mais de 40 agentes policiais e militares foram assassinados recentemente por membros das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

As Farc lutam a 46 anos contra o Estado colombiano e hoje têm cerca de 8.000 combatentes, segundo o Ministério da Defesa.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Início da reação? Diferença de Dilma para os demais candidatos cai 5 pontos em uma semana

Na Folha:

Dilma segue na frente, mas vantagem sobre adversários cai 5 pontos, diz Datafolha

Nova pesquisa presidencial Datafolha divulgada nesta quarta mostra que a diferença entre a candidata do PT, Dilma Rousseff, para os demais adversários somados caiu cinco pontos percentuais (de 12 para 7 pontos) com relação ao levantamento anterior, realizado nos dias 13, 14 e 15.

A petista agora aparece com 49% (tinha 51% há uma semana), contra 42% de todos os outros postulantes (que apareciam com 39%). José Serra (PSDB) está em segundo, com 28% (tinha 27% na semana passada), enquanto Marina Silva oscilou positivamente dois pontos percentuais e passou de 11% para 13%.

É o primeiro levantamento do instituto após as revelações de tráfico de influência e a consequente crise que culminou com a demissão da sucessora de Dilma na Casa Civil, Erenice Guerra --52% dos entrevistados disseram ter tomado conhecimento do caso, mas apenas 13% julgam-se bem informados sobre o episódio.

Brancos e nulos somam 3% na nova pesquisa (ante 4% da semana passada), enquanto 5% dos eleitores entrevistados se declaram indecisos (dois pontos percentuais a menos do que o cenário dos dias 13, 14 e 15).

As movimentações estão dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o Datafolha, pesquisa a ser feita na próxima semana deverá mostrar se trata-se de uma tendência ou apenas um registro do momento em que o levantamento foi realizado.

Dilma caiu principalmente nos segmentos dos que possuem renda familiar mensal entre 5 e 10 salários mínimos (10 pontos), nível superior de escolaridade (três pontos) e têm entre 35 e 44 anos (quatro pontos).

O crescimento de Marina Silva se deu entre os mais escolarizados (onde a verde cresceu quatro pontos) e os que têm renda de 5 a 10 salários mínimos, faixa em que a candidata do PV saltou de 16% para 24% (Serra subiu de 28% para 34%).

VOTOS VÁLIDOS

Considerados apenas os votos válidos (excluindo-se, portanto, brancos e nulos), a candidata petista, que figurava com 57% no levantamento anterior, lidera a corrida presidencial com 54% das intenções de voto. José Serra (PSDB) está com 31% (tinha 30%), e Marina Silva (PV), chegou a 14%.

Quanto menor a diferença entre o líder das intenções de voto e os demais candidatos, maior a probabilidade de um segundo turno (para ser eleito numa única rodada de votação, um candidato precisa de 50% mais um dos votos válidos ou superar a soma de seus rivais).

Plínio de Arruda Sampaio (PSOL), Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Rui Pimenta (PCO), Ivan Pinheiro (PCB) e Levy Fidélix (PRTB) não atingiram 1% (porém foram mencionados e, juntos, equivalem a essa parcela da votação).

SEGUNDO TURNO

O Datafolha também perguntou aos eleitores como eles se comportariam num eventual segundo turno entre Dilma e Serra. A petista receberia 55% (dois pontos a menos que no levantamento da semana passada), enquanto o tucano ficaria com 38%, três pontos percentuais a mais do que exibia na semana passada.

A pesquisa, contratada pela Folha e pela Rede Globo, foi realizada nos dias 21 e 22, em 444 municípios de todo o país, com 12.294 eleitores. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 31.330/2010.

PT promove amanhã ato contra a liberdade de imprensa

O PT vem demonstrando, ao longo de todo o Governo Lula, e mais intensamente agora, que o seu mandato vem chegando ao fim, que pretende instaurar no Brasil uma espécie de ditadura disfarçada. Não vê quem não quer e se faz de tonto.

Declarações diárias de membros do partido são emitidas numa óbvia tentativa de intimidar a imprensa, e Lula tem sido o principal porta-voz deste absurdo. Com relação aos escândalos recentes que envolvem pessoas muito próximas de Lula e Dilma, nenhuma palavra. Passam a mão na cabeça dos infratores e tentam punir aqueles que os denunciaram. Não há novidade nenhuma neste comportamento, haja vista o procedimento adotado no caso do Mensalão.

Além de um Senado dócil e cúmplice e da "extirpação" da oposição política, o governo ideal petista seria aquele em que a imprensa abdicasse de sua função básica de informar. E os outros é que são golpistas...

Quem quiser ler com seus próprios olhos, a convocação está aqui, no site do PT. O cúmulo da história é o local onde será realizado o ato: o Sindicato dos Jornalistas de São Paulo.

Assine o Manifesto em Defesa da Democracia

Leiam o manifesto na íntegra e depois assinem aqui. Vejam aqui algumas fotos da manifestação.

Manifesto em Defesa da Democracia

Numa democracia, nenhum dos Poderes é soberano. Soberana é a Constituição, pois é ela quem dá corpo e alma à soberania do povo.

Acima dos políticos estão as instituições, pilares do regime democrático. Hoje, no Brasil, inconformados com a democracia representativa se organizam no governo para solapar o regime democrático.

É intolerável assistir ao uso de órgãos do Estado como extensão de um partido político, máquina de violação de sigilos e de agressão a direitos individuais.

É inaceitável que militantes partidários tenham convertido órgãos da administração direta, empresas estatais e fundos de pensão em centros de produção de dossiês contra adversários políticos.

É lamentável que o Presidente esconda no governo que vemos o governo que não vemos, no qual as relações de compadrio e da fisiologia, quando não escandalosamente familiares, arbitram os altos interesses do país, negando-se a qualquer controle.

É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade.

É constrangedor que o Presidente não entenda que o seu cargo deve ser exercido em sua plenitude nas vinte e quatro horas do dia. Não há “depois do expediente” para um Chefe de Estado. É constrangedor também que ele não tenha a compostura de separar o homem de Estado do homem de partido, pondo-se a aviltar os seus adversários políticos com linguagem inaceitável, incompatível com o decoro do cargo, numa manifestação escancarada de abuso de poder político e de uso da máquina oficial em favor de uma candidatura. Ele não vê no “outro” um adversário que deve ser vencido segundo regras, mas um inimigo que tem de ser eliminado.

É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses.

É repugnante que essa mesma máquina oficial de publicidade tenha sido mobilizada para reescrever a História, procurando desmerecer o trabalho de brasileiros e brasileiras que construíram as bases da estabilidade econômica e política, que tantos benefícios trouxeram ao nosso povo.

É um insulto à República que o Poder Legislativo seja tratado como mera extensão do Executivo, explicitando o intento de encabrestar o Senado. É deplorável que o mesmo Presidente lamente publicamente o fato de ter de se submeter às decisões do Poder Judiciário.

Cumpre-nos, pois, combater essa visão regressiva do processo político, que supõe que o poder conquistado nas urnas ou a popularidade de um líder lhe conferem licença para ignorar a Constituição e as leis. Propomos uma firme mobilização em favor de sua preservação, repudiando a ação daqueles que hoje usam de subterfúgios para solapá-las. É preciso brecar essa marcha para o autoritarismo.

Brasileiros erguem sua voz em defesa da Constituição, das instituições e da legalidade.

Não precisamos de soberanos com pretensões paternas, mas de democratas convictos.Justificar

Sociedade levanta-se em defesa da Democracia

No Globo:

Manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa é lançado em São Paulo

Juristas, jornalistas, políticos e membros da sociedade civil lançaram nesta quarta-feira um manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão em ato em frente à faculdade de Direito da USP - Michel Filho

SÃO PAULO - Juristas e personalidades lançaram, no início da tarde desta quarta-feira, um manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão, em ato em frente à faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O documento já foi assinado por pelo menos 380 pessoas, como o jurista Hélio Bicudo, o Cardeal Arcebispo Emérito de São Paulo, D. Paulo Evaristo Arns, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso, os atores Mauro Mendonça e Carlos Vereza, e intelectuais, como Ferreira Gullar. O ato reuniu cerca de 250 pessoas, segundo a Polícia Militar. O movimento afirma ser apartidário. ( Leia a íntegra do manifesto em defesa da democracia )

O ato acontece após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acusar a imprensa de agir como partido político e dizer que a população não precisa mais de formadores de opinião. Na quinta-feira, centrais sindicais, sindicatos, partidos governistas e movimentos sociais farão o "Ato contra o golpismo midiático" , também em São Paulo.

No movimento desta quarta, o jurista Hélio Bicudo leu num microfone o texto do manifesto, que fala nos riscos do autoritarismo.

"É inconcebível que uma das mais importantes democracias do mundo seja assombrada por uma forma de autoritarismo hipócrita, que, na certeza da impunidade, já não se preocupa mais em valorizar a honestidade", diz um trecho.

" Não existe mais liberdade de se denunciar aquilo que envergonha o país (Miguel Reale Júnior) "

O manifesto também critica a ação de grupos que atuam contra a imprensa: "É aviltante que o governo estimule e financie a ação de grupos que pedem abertamente restrições à liberdade de imprensa, propondo mecanismos autoritários de submissão de jornalistas e de empresas de comunicação às determinações de um partido político e de seus interesses".

O ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior disse que jornalistas estão sendo ameaçados em sites do PT.

- Não existe mais liberdade de se denunciar aquilo que envergonha o país, que é a maracutaia dentro do Palácio do Planalto.

Juristas, jornalistas, políticos e membros da sociedade civil lançaram nesta quarta-feira um manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa e de expressão em ato em frente à faculdade de Direito da USP. Na foto, o jurista Hélio Bicudo - Mic

Na opinião dele, o ato que deve acontecer nesta quinta-feira promovido por centrais sindicais e pelo PT, de crítica à imprensa, é "um processo imensamente perigoso de radicalização". Ao ser perguntado se o ato desta quarta era contra Lula, Reale Júnior afirmou que o presidente vem agindo de maneira fascista.

- Na medida em que ele passou a denunciar a imprensa, a dizer que não precisa de formador de opinião, a dizer que a opinião somos nós, esta é uma ideia substancialmente fascista. Ele com sua posição de presidente da República, sai de sua cadeira da presidência para ser insuflador contra a imprensa. Isto é perigoso - disse Reale Júnior.

O jurista Hélio Bicudo disse que Lula é presidente em horário integral e criticou Lula por supostamente usar seguranças da Presidência em comícios.

- Ele tenta desmoralizar a imprensa, tenta desmoralizar todos que se opõe ao seu poder pessoal. Ele (Lula) tem opinião, mas não pode usar a máquina governamental para exercer essa opinião - disse Bicudo, para quem o Brasil está à beira do risco de um governo autoritário.

Uma equipe da campanha do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, esteve no local gravando depoimentos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Muita gente legal já está com Dilma! Agora só falta você!

É isso mesmo! Gente honesta e ética! Não deixem de assistir o vídeo e rapassar aos seus contatos!
Vejam quem já aderiu a essa corrente que irá transformar o Brasil! Una-se a eles!

O templo da intolerância

Sei que estou chegando bastante atrasado ao assunto, e sinceramente nem pretendia escrever nada. Muito já se falou sobre a construção da tal mesquita no Marco Zero, em Nova Iorque. Os defensores da idéia alegam, entre outras coisas, que sua proibição iria ferir a liberdade religiosa dos muçulmanos. Que comovente! Querem impedir os pobrezinhos de fazer suas orações para Alá sapateando em cima dos cadáveres de 3 mil americanos que ali morreram no 11 de Setembro. Como são intolerantes estes americanos, não acham? Por que eles não seguem o exemplo muçulmano de tolerância religiosa?

Vejam um vídeo sobre o tratamento dispensado pelos muçulmanos aos cristãos na Indonésia. Advirto que as imagens são horríveis e bastante chocantes. Quem quiser prosseguir, clique aqui.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Ótimo artigo sobre o Conservadorismo x Esquerdismo

No Mídia Sem Máscara, em uma tradução do original no The American Spectator:

À medida que o Estado se encarrega de nossas necessidades e desincumbe as pessoas dos encargos que por justiça deveriam ser delas - os encargos decorrentes da caridade e da política de boa vizinhança - o sentimento sério recua. Em seu lugar surge um sentimentalismo agressivo, que procura dominar a vida pública.

Os conservadores reconhecem que a ordem social é difícil de se obter e fácil de se destruir, que ela se sustenta pela disciplina e pelo sacrifício e que a complacência com a criminalidade e o vício não é um ato de bondade, mas uma injustiça pela qual todos nós pagaremos.

Os conservadores, portanto, mantêm atitudes severas e - para muitas pessoas - desagradáveis. Eles apóiam castigos vingativos na lei criminal; defendem o casamento tradicional e os sacrifícios que ele requer; acreditam na disciplina escolar e no valor do trabalho árduo e do serviço militar. Crêem na família e pensam que o pai é componente essencial dela. Consideram a assistência pública necessária, mas também uma ameaça em potencial à caridade genuína e um meio de premiar condutas anti-sociais e criar uma cultura da dependência. Valorizam a herança constitucional e legal de seu país, arduamente conquistada, e crêem que os imigrantes também a devem valorizar, se quiserem ter permissão de se estabelecer aqui. Os conservadores não acreditam que a guerra seja causada pelo poderio militar, mas sim, ao contrário, pela fraqueza militar, do tipo que encoraja aventureiros e tiranos. E que uma sociedade corretamente ordenada precisa estar em condições de empreender guerras - mesmo no exterior - se pretende usufruir de uma paz durável em seu próprio território. Em suma, os conservadores são uma turma rústica e pouco amistosa que, no mundo em que vivemos, precisa se blindar para enfrentar os insultos e o desprezo de todos aqueles que fazem da compaixão a pedra angular da vida moral.

Os esquerdistas, claro, são bem diferentes. Vêem criminosos como vítimas da hierarquia social e do poder desigual, como pessoas que deveriam ser curadas com benevolência, em vez de ameaçadas com castigo. Querem que todos compartilhem dos mesmos privilégios, inclusive o do matrimônio. E se este puder ser reformado de modo a ficar livre de seus encargos, tanto melhor. As crianças deveriam ter permissão de brincar e exprimir o seu amor pela vida; a última coisa de que precisam é disciplina. O aprendizado vem - não foi o que Dewey provou? - da auto-expressão; e, quanto à educação sexual, que dá calafrios nos conservadores sociais, ainda não se descobriu melhor maneira de libertar as crianças do jugo da família e ensiná-las a usufruir de seus direitos corporais. Imigrantes são apenas migrantes, vítimas da necessidade econômica, e se são obrigados a vir aqui ilegalmente, isto apenas aumenta o seu direito à nossa compaixão. Auxílios estatais não são recompensas para aqueles que os recebem, mas custos para aqueles que os dão - algo que devemos aos menos afortunados. Quanto à herança constitucional e legal do país, certamente ela é algo a ser respeitado - mas deve "adaptar-se" às novas situações, de modo a estender-se à nova classe de vítimas. Guerras são causadas pelo poderio militar, por "garotos com seus brinquedos", que não conseguem resistir à tentação de exercitar os músculos, assim que os adquirem. O caminho para a paz é livrar-se das armas, reduzir o exército e educar as crianças nas vias do poder suave. No mundo em que vivemos, os esquerdistas são louváveis de um modo auto-evidente - enfatizando em cada gesto e palavra que, diferentemente dos conservadores sociais, eles estão, em todos os assuntos, do lado daqueles que necessitam de proteção e contra as hierarquias que os oprimem.

Esses dois retratos são familiares a todos, e não tenho dúvidas sobre de que lado estará o leitor desta revista. O que todos os conservadores sabem, contudo, é que são eles que são motivados pela compaixão, e que a sua frieza de coração é apenas aparente. São eles que assumiram a causa da sociedade e estão dispostos a pagar o preço de defender os princípios dos quais todos - inclusive os esquerdistas - dependemos. Ser conhecido como um conservador social é perder qualquer esperança de uma carreira acadêmica; é ter negada qualquer chance naqueles prestigiosos prêmios, do MacArthur ao Prêmio Nobel da Paz, que os esquerdistas conferem apenas uns aos outros. Para um intelectual, é descartar a possibilidade de uma resenha favorável - ou de qualquer resenha que seja - no New York Times ou no New York Review of Books. Somente alguém com uma consciência poderia desejar se expor à inevitável difamação que se dedica a tamanho "inimigo do povo". E isto prova que a consciência conservadora é governada não pelo auto-interesse, mas por uma preocupação com o bem público. Por que outro motivo alguém a expressaria?

Contrastando com isto, como os conservadores também sabem, a compaixão exibida pelos esquerdistas é precisamente isto - compaixão exibida, embora não necessariamente sentida. O esquerdista sabe em seu íntimo que o seu "zelo compassivo", como Rousseau o descreveu, é um privilégio pelo qual ele deve agradecer à ordem social que o sustenta. Sabe que a sua emoção para com a classe de vítimas é (ao menos em nossos dias) mais ou menos livre de custos, que os poucos sacrifícios que poderia ter que fazer para provar sua sinceridade não são nada em comparação com o brilho radiante de aprovação em que será envolvido ao declarar suas simpatias. Sua compaixão é um estado de espírito profundamente motivado, não o resultado doloroso de uma consciência que não será silenciada, mas o bilhete gratuito para a aclamação popular.

Por que estou repetindo essas verdades elementares?, perguntará você. A resposta é simples. Os Estados Unidos desceram de sua posição especial como principal guardião da civilização ocidental e ingressaram no clube dos sentimentalistas que até agora dependeram do poder americano. Na administração do presidente Obama, vemos o mesmo sentimentalismo totalitário que tem atuado na Europa e que substituiu a sociedade civil pelo Estado, a família pela agência de adoção, o trabalho pelo bem-estar e o dever patriótico pelos "direitos" universais. A lição da Europa pós-guerra é a de que é fácil ostentar compaixão, mas bem mais difícil arcar com o seu ônus. Bem preferível à vida dura em que o ensino disciplinado, a caridade dispendiosa e a simpatia responsável são os princípios dominantes é a vida da exibição sentimental, na qual os outros são encorajados a admirá-lo por virtudes que não se tem. Esta vida de falsa compaixão é a vida dos custos transferidos. Os esquerdistas que se tornam líricos ante o sofrimento do pobre em geral não despendem o seu tempo e o seu dinheiro para ajudar os menos afortunados. Pelo contrário, fazem campanha para que o Estado assuma o encargo. O resultado inevitável de sua abordagem sentimental do sofrimento é a expansão do Estado e o aumento de seu poder de nos tributar e controlar nossas vidas.

À medida que o Estado se encarrega de nossas necessidades e desincumbe as pessoas dos encargos que por justiça deveriam ser delas - os encargos decorrentes da caridade e da política de boa vizinhança - o sentimento sério recua. Em seu lugar surge um sentimentalismo agressivo, que procura dominar a vida pública. Chamo este sentimentalismo de "totalitário", uma vez que - tal como o governo totalitário - ela busca expulsar a oposição e cuidadosamente a extingue, em toda parte onde a oposição poderia se formar. O seu objetivo é "solucionar" nossos problemas sociais impondo encargos aos cidadãos responsáveis e tirando encargos das "vítimas", que têm um "direito" ao apoio estatal. O resultado é a substituição dos velhos problemas sociais, que poderiam ter sido remediados pela caridade privada, por novos e intransigentes problemas fomentados pelo Estado: por exemplo, surto de nascimentos fora do matrimônio, o declínio do índice de natalidade local a ascensção de uma cultura de gangues entre a juventude sem pai. Temos visto isto por toda parte na Europa, cuja situação é agravada pela pressão da imigração em massa, subsidiada pelo Estado. Os cidadãos que pagam com seus tributos pelo afluxo de "vítimas" não podem protestar, pois os sentimenlistas tiveram sucesso em aprovar leis contra o "discurso de ódio" e inventar crimes como a "islamofobia", que colocam os seus atos fora de discussão. Este é apenas um exemplo de uma tendência legislativa que se pode observar em todas as áreas da vida social: família, escola, relações sexuais, iniciativas sociais, até mesmo as forças armadas - todas estão sendo privadas de sua autoridade e colocadas sob o controle do "poder suave" que governa desde cima.

Eis como devemos entender a concessão do Prêmio Nobel da Paz ao presidente Obama. Diga-se, em seu benefício, que ele deixou claro não merecê-lo - embora eu ache que ele o mereça inteiramente, tanto quanto Al Gore. O prêmio é um endosso por parte da elite européia, um suspiro de alívio coletivo ante o fato de que a América deu finalmente o passo decisivo rumo ao consenso moderno, trocando a emoção real pela falsa, o poder severo pelo poder suave, a verdade por mentiras. O que importa na Europa é a grande ficção de que as coisas ficarão no seu lugar eternamente, de que a paz será permanente e a sociedade estável, desde que todos sejam "simpáticos". Sob o presidente Bush (que não foi, é claro, um presidente exemplar e certamente não era simpático) a América manteve a sua velha imagem de auto-confiança nacional e afirmação beligerante do direito de ser bem-sucedida. Bush era a voz de uma democracia da propriedade privada, em que os valores da família e do trabalho árduo ainda tinham o apoio público. Em conseqüência, foi odiado pelas elites européias, e odiado tanto mais quanto a Europa necessita da América e sabe que sem ela morrerá. Obama é saudado como um salvador: o presidente americano por quem os europeus têm esperado - aquele que os resgatará da verdade.

Como a própria América responderá a isso, porém, permanece duvidoso. Eu suspeito, pelos meus vizinhos da Virgínia rural, que o sentimentalismo totalitário não tem grande apelo para eles, e que eles estarão preparados para resistir ao governo que procura destruir suas economias e seu capital social em nome de uma compaixão que de fato não sente.

Tradução de Demian Gonçalves e Larry Martins, da equipe do blog DEXTRA.

DIREITA VENCE ELEIÇÃO NA SUÉCIA!

No Ex-Blog do Cesar Maia:

(El País, 20) A extrema direita consegue passar dos 4% e entra no parlamento. A outrora poderosa socialdemocracia sofre sua pior derrota desde 1920. A coalizão conservadora -Aliança para a Vitória- pela primeira vez na história tem um segundo mandato consecutivo. Recebeu 49% dos votos. Os partidos de centro-esquerda 43%, e a extrema direita quase 6%. Os social-democratas apenas atingiram 31%. Analistas explicam a vitoria pela boa gestão econômica.

EUA: Tea Party ganha força nas eleições

Na Veja:

“Tea Party”, o novo protagonista político americano
Entenda quem são, de onde vêm e para onde vão esses ultraconservadores


Manuela Franceschini 12 de setembro de 2009, marcha do Tea Party Em 12 de setembro de 2009, o Tea Party mobilizou 100.000 pessoas em uma marcha em Washington, no que foi considerado o maior protesto contra Obama até agora

Com apenas um ano de vida, o Tea Party, ala ultraconservadora da direita americana, aproveitou um momento em baixa do presidente Barack Obama para alcançar uma parte da população que só precisava de um empurrão para se rebelar e ganhou nas primárias. Com isso, subiu no salto alto. A vitoriosa Christine O'Donnell, que nesta quarta-feira desbancou colegas partidários experientes, como Mike Castle, deu o recado em nome dos radicais em seu discurso de vitória: “Aceito, mas não preciso”. Ela se referia a ter o apoio dos grandes nomes republicanos. O recado foi forte, mas revela a relevância desse gurpo no cenário político atual do país. Afinal, de onde vêm, quem são e para onde vão esses conservadores?

O movimento Tea Party foi criado em fevereiro do ano passado. Com ajuda das redes sociais, teve um resultado quase imediato – alcançou pessoas simples, que não entendem muito de política, mas não se sentem representadas pelo governo, não gostam de como as coisas estão se saindo e só precisavam ser encorajadas. O chamado decisivo veio em fevereiro de 2009, quando o apresentador de televisão Rick Santelli, da rede CNBC, falou exatamente o que esse público queria ouvir. Durante seu programa, Santelli disse: "Esta é a América! Quantos de vocês estão dispostos a pagar a hipoteca do vizinho que tem um banheiro extra e agora não pode pagar as contas?". Ele sugeriu, então, que fizessem um “Chicago Tea Party”. A ideia unia a cidade onde Obama morava e o episódio da história americana, conhecido como Tea Party, que batizou movimento.

O discurso inflamado do apresentador virou hit no Youtube, chegou ao Twitter, ao Facebook, à ala radical do partido Republicano e o movimento nasceu. Em algumas semanas, protestos intitulados Tea Party surgiram pelo país. Em 15 de abril de 2009, os militantes fizeram manifestações em 750 cidades aproveitando o Tax Day, Dia do Imposto - último dia em que os contribuintes podem declarar seus bens para o cálculo do Imposto de Renda. Na ocasião, em frente à Casa Branca, manifestantes jogaram caixas de chá pelo portão.


Em 12 de setembro, uma multidão de 100.000 pessoas foi mobilizada em uma marcha em Washington, considerada o maior protesto contra Obama até agora. “O Tea Party não representa a opinião do partido, nem da opinião pública, que é muito mais ampla do que isso”, disse ao site de VEJA o cientista político da Universidade de Columbia, Robert Erikson. “Geralmente, fenômenos como esse acontecem em uma situação de fraqueza do opositor, como é o caso de Obama agora. Mas esses movimentos não duram muito, são abafados no partido e não passam das primárias. Eles não representam o que pensa a sociedade americana.”

História - Em 16 de dezembro de 1773, um grupo de colonos americanos, ainda sob o comando da coroa inglesa, se revoltou contra as altas taxas de impostos cobradas pelos colonizadores sobre a comercialização do chá inglês. Vestidos de índios, invadiram os navios carregados de chá e jogaram toda a mercadoria no mar. O dia ficou conhecido como “Festa do Chá”, Tea Party. Três anos depois, as 13 colônias seriam declaradas independentes e formariam os Estados Unidos da América.

domingo, 19 de setembro de 2010

Dilma é lésbica, afirma mineira


No Paraíba Urgente:

"Dilma Rousseff é Lésbica, mas nunca quis assumir nosso romance publicamente"

A declaração é de Verônica Maldonado, uma doméstica que afirma ter tido um longo romance com a atual candidata à presidencia da república, Dilma Rousseff.

"Nos relacionamos durante mais de quinze anos, mas quando surgiu essa oportunidade em Brasília, ela nunca mais quis saber de mim"

Verônica afirma possuir fotos, cartas e outros documentos que comprovam a relação duradoura e pretende pleitear na justiça o direito à uma pensão mensal.

"Afinal nós tivemos um relacionamento durante mais de qinze anos, período em que deixei de trabalhar, estudar, apenas para ficar com ela. Acho que tenho direitos como qualquer outra mulher!"

Segudo o advogado de Verônica, Dr Celso Langoni Filho, a possibilidade de ganho de causa é concreta, uma vez que sua cliente é capaz de comprovar a existência de uma relação estável e duradoura. Ele cita o caso da Justiça de Pernambuco, que tomou uma decisão inédita este mês ao reconhecer a união estável de duas lésbicas para fins de pagamento de pensão.

sábado, 18 de setembro de 2010

Estarrecedor! Casa Civil foi recompensada pelas mortes pela Gripe Suína durante gestão Dilma

Não tinham nem como carregar a propina! O dinheiro sujo circulava de mão em mão ao lado da sala da Dilma, e a cretina quer que acreditemos que ela não estava a par de nada. A cada dia que passa, novas revelações aproximam cada vez mais ela do cheiro de podre que infestava a Casa Civil.

Revistas e jornais narram a extorsão a que eram submetidas as empresas. Mas de quem Lula e Dilma dizem ser a culpa? Da oposição! Na cabeça deles, o Brasil ideal seria aquele em que as oposições não tocassem no assunto, ao menos em período eleitoral, e a imprensa não tivesse este "excesso de liberdade" para nos informar, como nos revelou o puritano José Dirceu dia atrás.

O último fato que chega ao nosso conhecimento, ao menos até agora, talvez seja o mais escandaloso de todos. Enquanto a gripe suína se alastrava Brasil afora e nos tornava líder isolado em número de mortes, os queridinhos de Dilma e Erenice abarrotavam suas gavetas com dinheiro vivo oriundo das negociatas em torno da compra do Tamiflu, medicamento necessário ao combate da doença. Hoje podemos ter uma idéia melhor dos motivos que levaram o governo federal a optar pelo monopólio da comercialização do anti-viral, enquanto todos países o comercializavam livremente nas farmácias. Já que toda a compra era feita pelo governo, nada mais justo do que eles cobrarem uma espécie de pedágio como recompensa, né?

Já imaginaram o que um fato como esse seria capaz de causar em um país como, sei lá, a Inglaterra ou o Japão? No Brasil, no entanto, ninguém vê nada de mais, e ainda escolhem os responsáveis pela tragédia para nos governar. Damo-lhes uma espécie de carta branca para continuarem farreando em cima de nossa tragédia. Isso explica em boa parte o motivo de sermos o que somos, e a gigantesca distância que nos separa daqueles países.

No Blog do Reinaldo Azevedo:

Na Casa Civil, na gestão Dilma, a metros do gabinete de Lula: “Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?” Eram R$ 200 mil em dinheiro vivo!

Estão preparados? Antes, uma pequena consideração.

Na noite de ontem, num comício em Juiz de Fora (MG), Lula voltou a um de seus divertimentos favoritos: atacar a imprensa (ver post nesta página). Segundo disse, se ele dependesse do jornalismo, em vez de 80%, teria zero de aprovação. É mentira, claro! Os feitos de seu governo são reconhecidos sem reservas — e até com exagero. Ocorre que ele quer ser amado também pelos seus defeitos, o que já é um vício dos tiranos. Ora, para os rapapés, ele já tem a imprensa que não depende de leitores, mas da generosidade oficial. Ninguém conspira contra Lula. O seu governo é que tem conspirado contra a decência, o que é coisa bem diferente. Agora ao ponto.

A revista VEJA que está chegando à casa dos assinantes e às bancas traz o caso mais escabroso de corrupção registrado até agora em quase oito anos. Com um agravante: desta vez, dinheiro vivo de propina circulou a alguns metros do gabinete presidencial., quando a chefe da Casa Civil era Dilma Rousseff. Chamo a atenção para o “até agora”. Eles sempre podem nos surpreender — ou melhor: já não surpreendem!

Lembram-se de Vinícius de Oliveira Castro (foto), um dos sócios de Israel Guerra, filho de Erenice? Foi o primeiro a cair na Casa Civil. Pois bem. Leiam agora um trecho da reportagem de Diego Escosteguy e Otávio Cabral. Ajeite-se na cadeira, leitor. Respire fundo.
*
Numa manhã de julho do ano passado, o jovem advogado Vinícius de Oliveira Castro chegou à Presidência da República para mais um dia de trabalho. Entrou em sua sala, onde despachava a poucos metros do gabinete da então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e de sua principal assessora, Erenice Guerra. Vinícius se sentou, acomodou sua pasta preta em cima da mesa e abriu a gaveta. O advogado tomou um susto: havia ali um envelope pardo. Dentro, 200 000 reais em dinheiro vivo - um “presentinho” da turma responsável pela usina de corrupção que operava no coração do governo Lula. Vinícius, que flanava na Agência Nacional de Aviação Civil, a Anac, começara a dar expediente na Casa Civil semanas antes, apadrinhado por Erenice Guerra e o filho-lobista dela, Israel Guerra, de quem logo virou compadre. Excitado com o pacotaço de propina, o neófito reagiu em voz alta : “Caraca! Que dinheiro é esse? Isso aqui é meu mesmo?”. Um colega tratou de tranqüilizá-lo: “É o ‘PP’ do Tamiflu, é a sua cota. Chegou para todo mundo”.

PP, no caso, era um recado — falado em português, mas dito em cifrão. Trata-se da sigla para os pagamentos oficiais do governo. Consta de qualquer despacho público envolvendo contratos ou ordens bancárias. Adaptada ao linguajar da cleptocracia, significa propina. Tamiflu, por sua vez, é o nome do remédio usado para tratar pacientes com a gripe A1N1, conhecida popularmente como gripe suína. Dias antes, em 23 de junho, o governo, diante da ameaça de uma pandemia, acabara de fechar uma compra emergencial desse medicamento — um contrato de 34,7 milhões de reais. O “PP” entregue ao assessor referia-se à comissão obtida pela turma da Casa Civil ao azeitar o negócio.

É isso, leitor! Leia na revista os detalhes dessa história. Entenda por que Lula detesta a imprensa independente e por que seu governo tenta criar mecanismos para cerceá-la.

Sai da frente! Instituto Mapa confirma Raimundo Colombo folgado na liderança

No ClicRBS:

Raimundo Colombo lidera as intenções de voto para o governo de Santa Catarina nas eleições 2010
Pesquisa Mapa aponta candidato do DEM com 35,9%. Angela Amin aparece com 26,5%

A terceira pesquisa do Instituto Mapa contratada pelo Grupo RBS durante o período eleitoral aponta Raimundo Colombo (DEM) na liderança na disputa pelo governo de Santa Catarina. Ele tem 35,9% das intenções de voto, contra 26,5% de Angela Amin (PP). Ideli Salvatti (PT) aparece com 17,3%. Os outros candidatos não alcançaram 1%.


É a primeira vez em que Colombo aparece na frente nas pesquisas feitas pelo Mapa. Na pesquisa espontânea, em que os nomes dos candidatos ao governo não são apresentados aos eleitores, Colombo também aparece, pela primeira vez, na frente: 25% das intenções de voto contra 16,9% de Angela e 9,6% de Ideli.

O cenário apresentado pelo Instituto Mapa indica a necessidade de segundo turno na disputa pelo governo estadual, já que nenhum candidato ultrapassa os 50% dos votos válidos. Excluindo brancos e nulos e distribuindo proporcionalmente os eleitores indecisos, Colombo teria 43,8% dos votos, contra 32,3% de Angela e 21,1% de Ideli.

O Mapa também fez simulações de segundo turno. Colombo venceria a disputa nos dois cenários apresentados aos eleitores. Em um confronto com Angela, ele teria 42,8% contra 36,6%, um empate técnico. Se a adversária fosse Ideli, a vantagem seria maior: 51,5% a 25,4%.

Angela aparece na frente em confronto direto com Ideli. A candidata do PP teria 46,3% contra 29% da petista. O número de eleitores indecisos entre as duas pesquisas caiu de 16% para 12,1%.

O número de pessoas que ainda não definiu o voto é maior entre as mulheres do que entre os homens. Entre as eleitoras entrevistadas, 16,8% disseram ainda não ter escolhido candidato ao governo catarinense. O índice cai para 7,3% entre os homens pesquisados.

A pesquisa do Instituto Mapa foi feita entre os dias 15 e 16 de setembro e ouviu 1.008 eleitores em todas as regiões de Santa Catarina. A margem de erro do levantamento é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Caiu o braço direito. Que nos sirvam a cabeça numa bandeja.

A Casa Civil, ministério mais importante do governo, tornou-se o centro das falcatruas petistas. Localizado no mesmo prédio onde trabalha - ou pelo menos deveria trabalhar - Lula, por lá passaram José Dirceu, de onde armou todo o esquema do mensalão, e a ministra Erenice Guerra, que caiu hoje, após envolvimento de dois filhos seus em casos de lobby, através da cobrança de comissões e taxas para agilizar negócios entre empresas privadas e o governo. Entre Dirceu e Erenice, vejam só que interessante, quem ocupou o posto principal do ministério foi ninguém menos que Dilma Rousseff, que ao que tudo indica, tem hoje enormes chances de vencer as eleições já no primeiro turno. Durante sua gestão à frente da Casa Civil aconteceram os episódios que culminaram hoje na queda de Erenice.

A exemplo de Lula, Dilma também afirma que nunca soube de nada. A mãe do PAC, que gaba-se diariamente de ter sido a principal coordenadora dos projetos do governo, que nomeou Erenice e que a teve como braço-direito no ministério, desta vez procura tirar o seu da reta disfarçadamente e fazer de conta que não é com ela. Vocês não estão duvidando dela, não é mesmo?

No Estadão:

Cai ministra da Casa Civil Erenice Guerra
Sucessora da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, não resistiu às denúncias de tráfico de influência e lobby envolvendo seu filho

Erenice Guerra não é mais a ministra-chefe da Casa Civil. A sucessora da candidata do PT, Dilma Rousseff, não resistiu às denúncias de tráfico de influência e lobby envolvendo seu filho, Israel Guerra e pediu demissão nesta quinta-feira, 16. A decisão da agora ex-ministra foi divulgada à tarde através de um comunicado oficial à imprensa lido pelo porta-voz da Presidência. Assume o cargo interinamente o secretário-executivo da pasta Carlos Eduardo Esteves Lima. Especula-se que Lula anuncie nos próximos dias Miriam Belchior, subchefe de Avaliação e Monitoramento, como nova ministra.

O empresário Rubnei Quicoli afirmou ao Estado nesta quinta-feira que a Casa Civil é palco de lobby e que a empresa do filho da ministra Erenice Guerra cobrou 5% da EDRB do Brasil Ltda. para conseguir um financiamento de R$ 9 bilhões junto ao BNDES. "Foi a maior patifaria o que fizeram. Fizeram terrorismo", disse. A própria ministra, segundo ele, participou de uma reunião no ano passado. O empresário enviou os documentos ao Estado.

Segundo Quicoli, em meio às negociações com os intermediários em Brasília, foi pedido ainda o valor de R$ 5 milhões para ajudar na campanha da presidencial de Dilma Rousseff (PT). "Eu disse que não podia por tudo junto numa mala. E que precisava de nota fiscal de uma empresa como prestadora de serviço", afirmou. O pedido de dinheiro para a campanha, de acordo com Quicoli, foi feito pelo ex-diretor de Operações dos Correios Marco Antonio de Oliveira.

A intermediação do filho de Erenice nesse episódio foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo nesta quinta-feira. O empresário Rubnei Quicoli contou ao Estado que a EDRB do Brasil Ltda buscava um empréstimo junto ao BNDES para viabilizar um projeto de energia solar que estava parado desde 2002. Consultor da EDRB, Quicoli disse que a Casa Civil deu a orientação para procurarem a Capital Assessoria, empresa em nome de Saulo Guerra, filho de Erenice, mas que é comandada por outro filho da ministra, Israel. Foi feita então a minuta de um contrato, no valor de R$ 240 mil, mais o percentual de 5% sobre os R$ 9 bilhões.

De acordo com o empresário, a própria Erenice participou de uma reunião na Casa Civil com os representantes da EDRB em novembro do ano passado. A reunião, segundo ele, foi agendada por Vinicius Castro, ex-assessor da Casa Civil e cuja mãe é sócia da Capital Assessoria. Vinicius pediu demissão no início da semana.

Segundo Rubnei Quicoli, as negociações com a empresa de Israel Guerra foram desfeitas em março sem que o empréstimo do BNDES tivesse sido concedido. Na edição desta semana, a revista Veja mostrou que a Capital Assessoria atuou também no ramo de transporte de carga aérea.