quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Direto para o inferno!

No UOL Notícias:

Exército da Colômbia anuncia morte do principal comandante das Farc

O chefe militar das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Víctor Julio Suárez Rojas, apelidado de Jorge Briceño ou Mono Jojoy, morreu em um combate com o Exército, anunciou um porta-voz dos militares nesta quinta-feira (23).

Ele teria sido alvo de um bombardeio lançado pelos militares em uma zona rural chamada La Escalera, no município de La Macarena, departamento de Meta, na região central do país. A morte ocorreu em uma operação conjunta do Exército, das Forças Aéreas e da polícia. Pelo menos outros 20 guerrilheiros também teriam sido mortos na ação, que contou com o apoio de 250 soldados, 30 aviões de combate e 16 helicópteros.

Segundo fontes oficiais, o corpo de Jojoy pode ser identificado, mas ainda não foi retirada do local do bombardeio, onde os combates continuam.

A morte dele seria o mais grave ataque contra as Farc, já que outros dois altos comandantes morreram em 2008. O grupo tem sido enfraquecido nas últimas décadas depois que o governo colombiano lançou uma ofensiva militar apoiada pelos EUA. Depois da perda de vários líderes, os soldados voltaram para as florestas e as montanhas remotas.

Atualmente, Mono Jojoy era considerado chefe superior da força militar do grupo e tanto o governo da Colômbia quanto o Departamento de Estado dos Estados Unidos ofereciam recompensas milionárias por sua captura.

A justiça local havia expedido ao menos 62 ordens de captura contra ele por crimes como homicídio, sequestro e terrorismo.

O guerrilheiro, que frequentemente era visto usando boina preta, sua marca registrada, nasceu em fevereiro de 1953, em Cabrera, no departamento de Cundinamarca, e era membro do secretariado das Farc, a instância máxima política e militar do grupo.

Ele teria se vinculado às Farc em 1975 como guerrilheiro raso e, pouco a pouco, foi subindo na organização até se converter em chefe militar.

Camilo Gómez, ex-alto comissário colombiano para a Paz durante o governo de Andrés Pastrana (1998-2002), afirmou hoje que "se esta notícia for confirmada, será o golpe mais importante dado às Farc, inclusive mais importante que a morte de Rául Reyes".

Reyes foi assassinado em uma operação do Exercito colombiano contra um acampamento da guerrilha no Equador em março de 2008, que resultou na morte de 26 pessoas. Na época, ele era o número dois da organização.
Reveja última entrevista de Raúl Reyes antes de ser morto

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Ontem, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, garantiu que as ações militares contra as Farc continuariam, e insistiu que a única condição de diálogo seria o fim dos "atos terroristas".

No mesmo dia, a organização havia dito que estava aberta a conversas desde que estas não impusessem "condições prévias".

No domingo passado, o Exército realizou um bombardeio perto da fronteira com o Equador, deixando mais de 20 rebeldes mortos, segundo dados oficiais. A ofensiva ocorreu depois que mais de 40 agentes policiais e militares foram assassinados recentemente por membros das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN).

As Farc lutam a 46 anos contra o Estado colombiano e hoje têm cerca de 8.000 combatentes, segundo o Ministério da Defesa.

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