É hoje absolutamente insustentável a situação do ministro da Educação. Se ele fosse uma pessoa honrada, já teria pedido as contas. Seu ministério prejudicou milhares de brasileiros que tentam entrar para o ensino superior. As provas, como sabemos, foram mal elaboradas e prejudicaram a justa concorrência enrte todos os participantes do exame. Lendo agora o noticiário na internet, fiquei sabendo que existem evidências de que o tema da redação teria vazado, e sabe-se lá quantos alunos foram fazer a prova já sabendo sobre o que escreveriam, contando inclusive com a orientação dos professores de cursinhos.
Assim não dá, Sr. Ministro! A vergonhosa incompetência do seu ministério pode ter adiado, ou mesmo enterrado, o sonho de milhares de brasileiros que passaram anos se dedicando para este momento. As condições iguais da disputa são uma piada, está na cara. A variação do índice que coloca alguém dentro ou fora de uma universidade é da ordem de centésimos. O mais justo a se fazer, além da elaboração de uma nova prova, por uma equipe externa ao MEC, e a demissão sumária de todos os envolvidos na fraude, seria o ressarcimento de todas as despesas que os estudantes tiveram com deslocamento e alimentação no dia da primeira prova. Seria injusto, porém, com os contribuintes que sustentam o governo, e que teriam que pagar pela falha de terceiros. Sim, eu sei que isso só aconteceria de tivéssemos um governo de pessoas decentes.
No Estadão:
PF vê 'indícios' de que vazamento do Enem 'tem fundamento'
De acordo com o professor, estudante teria dito que tema da redação havia sido vazado em São Raimundo Nonato (PI)
A Polícia Federal de Juazeiro (BA) iniciou na segunda-feira, dia 9, as investigações preliminares para apurar denúncia de suposto vazamento do tema da redação do Enem, a partir de denúncia feita por professores de um curso pré-vestibular de Petrolina (PE). A cidade, a 769 quilômetros do Recife, é separada de Juazeiro (BA) pelo Rio São Francisco. "Há indícios de que a história tem fundamento", observou o delegado federal Alexandre de Almeida Lucena.
O delegado colocou uma equipe para fazer um levantamento inicial do ocorrido e coletar nomes de professores e alunos a serem ouvidos. O passo seguinte, se a história tiver consistência, será a instauração de inquérito policial. "Neste caso, vamos buscar saber como se deu (o suposto vazamento) e se alguém recebeu vantagem", afirmou o delegado.
Mais de uma hora antes do início da prova do Enem, no domingo, um grupo de estudantes que faria a prova procurou os professores do Curso Geo Petrolina Pré-Vestibular que haviam montado um ponto de apoio para tirar dúvidas e esclarecer candidatos, próximo à Universidade de Pernambuco (UPE) e da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas de Petrolina (Facap), locais de realização do concurso. Os candidatos pediam ajuda para desenvolver a redação se o tema fosse "trabalho e escravidão".
De acordo com o professor de português Marcos Freire, um dos estudantes, aluno do curso Geo, disse que o tema da redação havia sido vazado em São Raimundo Nonato (PI) e que ele tinha recebido a informação.
O boato se espalhou e outros candidatos recorreram aos professores. "Na hora não acreditei na história do vazamento, mas atendemos aos alunos, discutindo o tema", disse o professor Marcos Freire.
Os professores Ramón Bandeira e Diego Alcântara também desempenharam o mesmo trabalho, discutindo o assunto com os estudantes, de acordo com o coordenador do Curso Geo, Nivaldo Moreira.
Depois da prova, veio a preocupação dos professores, ao saber da confirmação do tema Trabalho na Construção da Dignidade Humana, com dois textos de apoio, trabalho escravo e futuro do trabalho. "A questão é séria e terminamos nos envolvendo por não termos dado a devida dimensão ao fato", avaliou Freire.
A OAB teve notícia do caso e está averiguando, "com cautela", as informações. A PF investiga a história.
http://entregacorisco.com/2010/11/10/impitima-dilma-rossef-sucesso-do-enem-do-haddad/
ResponderExcluirTem uma figura do Haddad pede para sair ... :)