sábado, 22 de junho de 2013

DESEMPREGO: Um espectro ronda o Governo Dilma



Se o clima de descontentamento da população já é enorme, a tendência é que piore. Não é só com as vaias e protestos que o Governo Dilma deve se preocupar. Com a inflação já acima do teto da meta e com tendência a crescer ainda mais com a disparada do dólar, o brasileiro tem mais um motivo para ficar apreensivo. Trata-se do maior pesadelo de governantes com pretensão de se reeleger: o DESEMPREGO. O fôlego de nossa economia está terminando, infelizmente.

Vejam só o que nos conta O Globo:

Criação de emprego formal tem pior mês de maio em 21 anos
Abertura de vagas com carteira cai 48% sobre igual período de 2012 

BRASÍLIA – O mercado formal de trabalho registrou no mês passado a geração líquida (admissões menos demissões) de 72.028 empregos, o menor resultado dos últimos 21 anos. Em relação ao mesmo período do ano passado, o nível do emprego com carteira assinada caiu 48,4%. Nos cinco primeiros meses deste ano, foram abertas 669.279 vagas, considerando os ajustes (dados fornecidos pelas empresas fora do prazo), queda de 23,7% em relação ao resultado obtido entre janeiro e maio de 2012, quando forma gerados 877.909 empregos. 

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, revelam que no mês passado houve piora das contratações em todos os setores da economia e fechamento de postos em vários estados, principalmente do Norte e do Nordeste. Chama atenção o resultado negativo da construção civil, que fechou 1.877 vagas. No mesmo período do ano passado, o setor respondeu por um saldo líquido de 14.886 postos. 

O comércio abriu apenas 36 vagas, contra 9.749 em maio do ano passado. Até mesmo o ramo de serviços, que mais contratou no mês passado, tendo respondido por 21.154 empregos, registrou queda de 52,55% em relação ao saldo registrado em igual período de 2012.

Indústria contrata menos

O emprego também caiu na indústria, que respondeu por 15.754 postos no mês passado, abaixo dos 20.299 criados em igual período de 2012. Houve fechamento de postos nos subsetores de metalurgia, mecânica, madeira e mobiliários, papel e papelão e calçados. Devido ao período de safra, a agricultura apresentou saldo positivo de 33.825 vagas, também abaixo do resultado registrado em maio do ano passado, que foi de 46.261.

Para o economista do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depec) do Bradesco, Leandro Câmara Negrão, os números de maio vieram muito ruins, mas ainda é cedo para afirmar que essa é a tendência do Caged, porque os dados oscilam bastante. Ele lembrou que o resultado caiu fortemente em julho e agosto do ano passado e depois voltou a crescer em setembro.

— Os números de maio acendem um pouco a luz amarela, mas ainda não é possível dizer que a tendência é de queda na geração de empregos formais. É preciso esperar os dados de junho e julho — disse. 

Segundo o Caged, com exceção do Acre e do Amazonas, todos os estados da Região Norte registraram saldos negativos. Em apenas cinco estados do Nordeste, as contratações superaram as demissões (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Bahia). Também houve eliminação de postos nos estados do Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

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