Tal qual o INGSOC, o fictício partido totalitarista do romance "1984" de George Orwell, o PT pretende vasculhar a vida daqueles que não seguem suas diretrizes. Após os falsos dossiês criados pelo partido para prejudicar José Serra em 2006 e as acusações levianas à oposição no recente episódio dos boatos sobre o fim da Bolsa-Família, eles mostram mais uma vez que não estavam brincando quando Dilma afirmou que podem "fazer o Diabo" nas eleições. Além de tentar barrar a candidatura de Marina Silva impedindo seu novo partido de concorrer, agora colocam arapongas do governo na cola de Eduardo Campos. Essa é a visão petista do que é uma democracia.
Vejam o que a Veja nos informa:
Espionagem no porto
Disfarçados de portuários, quatro agentes da Abin -
o serviço secreto do governo - foram presos sob suspeita de bisbilhotar a vida
do governador Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República
É colossal o esforço do governo para
impedir que decolem as candidaturas presidenciais do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos (PSB), e da ex-senadora Marina Silva (sem partido). Nos últimos
meses, a presidente Dilma Rousseff reacomodou no ministério caciques partidários
que ela havia demitido após denúncias de corrupção, loteou cargos de peso entre
legendas desgarradas da base aliada e pressionou governadores do próprio PSB a
minar os planos de Campos. Sob a orientação do ex-presidente Lula, Dilma
trabalha para Montar a maior coligação eleitoral da historia e, assim, impedir
que eventuais rivais tenham com quem se aliar. A maior parte dessa estratégia é
posta em pratica a luz do dia, como a volta dos “faxinados” PR e PDT a
Esplanada, mas ha também uma face clandestina na ofensiva governista, com
direito a espionagem perpetrada por agentes do estado. Um dos alvos dessa ação
foi justamente Eduardo Campos, considerado pelo PT um estorvo à reeleição de
Dilma pela capacidade de dividir com ela os votos dos eleitores do Nordeste,
região que foi fundamental para assegurar a vitória da presidente em 2010.
0 Porto de Suape, no Recife, carro- chefe do processo de
industrialização de Pernambuco, serviu de arena para o até agora mais arrojado
movimento envolvendo essa disputa pré-eleitoral. No dia 11 de abril, a Policia
Militar deteve quatro espiões da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que
fingiam trabalhar no local, mas há semanas se dedicavam a colher informações
que pudessem ser usadas contra Campos. A Secretaria de Segurança Pública
estadual já monitorava os agentes travestidos de portuários fazia algum tempo.
Disfarçados, eles estavam no estacionamento do porto quando foram abordados por
seguranças. Apresentaram documentos de identidade e se disseram operários. Acionada
logo depois, a PM entrou em cena. Diante dos policiais, os espiões admitiram
que eram agentes da Abin, que estavam cumprindo uma missão sigilosa e pediram
que não fossem feitos registros oficiais da detenção. 0 incidente foi
documentado em um relatório de uma página, numa folha de papel sem timbre,
arquivada no Gabinete Militar do governador. Contrariado com a espionagem,
Eduardo Campos ligou para o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
da Presidência da República, general Jose Elito Siqueira, a quem o serviço
secreto do governo está subordinado.
Em uma reunião com aliados do PPS, o governador contou que o general
garantiu que não houve espionagem de cunho político, ou de viés eleitoral, mas
apenas um trabalho rotineiro. “Nos fazemos apenas monitoramento de cenários
para a presidenta”. ponderou o chefe do GSI. Apesar da gravidade do incidente,
o caso foi dado como encerrado pelos dois lados. Poucas pessoas souberam da
história. A elas, Campos explicou que não queria tornar público o episódio para
não “atritar” ainda mais a relação com o Palácio do Planalto nem causar um
rompimento entre as partes. Mas houve desdobramentos. “Tive de prender quatro
agentes da Abin que estavam me monitorando”. Revelou Eduardo Campos. E ainda
desabafou: “Isso é coisa de quem não gosta de democracia, de um governo
policialesco”. Pediu aos aliados que o assunto fosse mantido em segredo. “Não
tenho nada a dizer sobre isso”, desculpou-se na semana passada o deputado
Roberto Freire, presidente da legenda, que estava presente a reunião.
Os agentes detidos no Porto de Suape trabalham na superintendência da
Abin em Pernambuco. São eles: Mario Ricardo Dias de Santana, Nilton de Oliveira
Cunha Junior, Renato Carvalho Raposo de Melo e Edmilson Monteiro da Silva. No
dia da detenção, usavam um Palio (JCG-1781) e um Peugeot (KHI-1941). A placa do
Pálio é fria, não existe. Já a do Peugeot é registrada em nome da própria Abin.
Na semana passada, o agente sênior Mario Santana se aposentou. Nilton Junior e
Renato de Melo davam expediente normalmente na superintendência. Já Edmilson
Silva, na quinta-feira, estava escalado para o plantão noturno. Nada mais
natural. Edmilson Silva tem uma dupla jornada de trabalho. Além de espião, é
vereador, eleito pelo PV, no município de Jaboatão dos Guararapes. Vive,
portanto, urna situação curiosa. Durante o dia, como vereador, é um defensor
das liberdades. Às escuras, como araponga, une-se aos colegas de repartição
para violá-las. “Fui ao Porto de Suape algumas vezes apenas para visitar amigos”,
disse a VEJA o agente-vereador.
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