Serra vai mesmo jogar contra o Brasil?

Segundo a Folha de São Paulo, José Serra pretende se candidatar à Presidência pelo PPS, após a criação do MD (fusão do PPS com o PMN) se tornar inviável. Algumas considerações minhas sobre o assunto, caso isso venha a se confirmar:

• Serra não será eleito. Corre o risco de ficar em quarto lugar e sumir definitivamente da política;
• A alegação de que isso favorecerá a oposição não é totalmente verdadeira. Ao mesmo tempo que um número maior de candidatos fortalece a existência de um segundo turno, poderá colaborar para termos um péssimo segundo turno. Serra certamente iria dividir os votos de Aécio Neves e talvez de Eduardo Campos. Teríamos provavelmente Dilma e Marina Silva como as maiores votações;
• Serra estará deliberadamente sabotando o PSDB, partido que já lhe deu duas vezes a oportunidade de se candidatar a presidente, sem contar as candidaturas à prefeito e governador de São Paulo;
• Serra estará jogando no lixo uma eleição tranquila para o Senado. Uma chapa com Aécio para presidente, Alckmin para governador e Serra para senador seria fortíssima em São Paulo, maior colégio eleitoral do país;
• Serra perderá o pouco respeito que restou de minha parte. Em 2010 votei nele a contragosto, após ele tentar se apresentar na TV como o candidato ligado ao Lula. Foi uma das coisas mais repugnantes que já presenciei na política. Apesar de muitos reconhecerem sua competência administrativa, o eleitorado oposicionista certamente não esqueceu essa passagem de sua carreira. Isso pode ajudar a explicar sua derrota na disputa pela prefeitura de São Paulo;
• Serra precisa entender que nem todos que votaram nele são seus devotos. Muitos fizeram isso apenas para não votar no PT. Havendo outras opções, muitos destes votos migrarão.

Posso estar completamente enganado em todos estes fatores, mas é minha opinião. Apesar de não ser paulista, gostaria que ele fosse candidato ao Senado e ajudasse o Brasil a se livrar do PT. Seria uma boa  oportunidade para ele nos mostrar que não coloca sua ganância pessoal acima dos interesses do Brasil.