Acho ótimo que qualquer partido se afaste do PT, mas convenhamos, esse Kassab não vale nada. Sequer se dá o trabalho de disfarçar que o único motivo da existência de seu partido é aliar-se a quem quer que esteja no poder. É o caso do vice-governador de São Paulo, Afif Domingos, que atende tanto o PSDB de Alckmin quanto o PT da Dilma, de quem recebeu um ministério.
Em todo caso, quanto mais enfraquecida a chapa do PT, melhor. Que mais partidos façam o mesmo.
Leiam na Folha:
Queda na aprovação do governo faz Kassab se reaproximar de Serra
Aliado ao governo Dilma Rousseff desde o início do ano, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD) está se reaproximando do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) e dá sinais de que pode se distanciar do governo federal.
Em conversas com aliados, Kassab diz que não descarta a possibilidade de apoiar uma eventual candidatura do ex-governador à Presidência.
A guinada ocorre depois de as pesquisas de opinião registrarem queda acentuada da popularidade de Dilma com os protestos de junho.
Entre aliados de Kassab, a avaliação é de que Serra é o maior beneficiário político da fragilidade de Dilma.
Segundo tucanos e integrantes do PSD, Kassab e Serra mantiveram sólido relacionamento mesmo após a derrota do tucano na disputa pela prefeitura de São Paulo.
Aliados de Serra atribuíram seu fracasso eleitoral à rejeição do eleitorado à administração de Kassab.
Nesta terça-feira (16), o tucano esteve no Congresso Nacional. Ele se negou a comentar as informações de que esteja de saída do PSDB e disse que há "uma crise à procura de um governo".
O PSD participa do governo Dilma desde junho, quando o vice-governador de São Paulo, Guilherme Afif, assumiu a chefia da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.
Kassab dará seus primeiros sinais de afastamento do governo na segunda-feira, quando seu partido organizará encontro com representantes da comunidade médica críticos às medidas anunciadas recentemente pelo governo para a área de saúde.
Organizado pelo deputado Eleuses Paiva (SP), que é amigo de Serra, o encontro conta com o aval de Kassab. No mês que vem, o PSD deverá anunciar sua oposição às propostas do governo, que incluem a contratação de médicos estrangeiros e dois anos de serviço obrigatório na rede pública para estudantes.
O gesto é também uma alfinetada de Kassab no ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT). Os dois planejam concorrer ao governo de São Paulo nas eleições de 2014.
No PSD de Kassab, o diagnóstico é de que a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência será abalada no ano que vem durante o julgamento do chamado mensalão mineiro.
Mas não há consenso entre os aliados de Kassab sobre qual seria o palanque ideal para Serra. Alguns acham que o melhor seria ele trocar o PSDB pelo PPS e se lançar candidato com o apoio do PSD, do PV e do PTB.
Tudo depende, no entanto, da evolução das pesquisas de opinião. Se Dilma recuperar sua popularidade, é provável que o PSD continue a seu lado. "O PSD é aliado de Dilma. Pode ser que o PSD apoie Serra caso ele cresça. Mas isso não vai acontecer", afirma o secretário-geral do partido, Saulo Queiroz.
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