segunda-feira, 29 de julho de 2013

Médicos pararão em 20 estados contra Dilma amanhã


Leiam no Globo:

Médicos devem parar em pelo menos 20 estados, diz entidade
Protestos previstos para terça e quarta-feira são contra o programa Mais Médicos e os vetos ao Ato Médico 

BRASÍLIA - Médicos de pelo menos 20 estados devem parar nos próximos dois dias em protesto contra o programa Mais Médicos, lançado há três semanas pelo governo federal, e contra os vetos presidenciais ao Ato Médico, lei que regulamenta a atividade da medicina no país. Apenas os atendimentos de urgência e emergência serão mantidos na terça e na quarta-feira. 

A paralisação faz parte do calendário de greve da Federação Nacional dos Médicos (Fenam). Médicos de 16 estados já haviam parado na terça-feira da semana passada. “A Fenam delibera suspensão tanto do sistema público, quanto do suplementar. É uma luta geral, em nome da medicina e da população brasileiras”, afirmou em nota o presidente da Fenam, Geraldo Ferreira. 

Segundo a Fenam, devem parar: Acre, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, São Paulo, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. Também há previsão de protestos em: Bahia, Maranhão, Pará e Piauí. Não há informações sobre Alagoas, Amapá e Roraima. 

No dia 8 de agosto, está programada uma marcha a Brasília, quando haverá audiência pública sobre o Mais Médicos no Congresso Nacional. Após 10 de agosto, poderá ocorrer uma greve por tempo indeterminado, no caso de os médicos entenderem que não há avanços no movimento. 

O programa Mais Médicos tem por objetivo ampliar o número de médicos no país e levá-los a regiões onde há carência desse tipo de profissional. Mas tem alguns pontos polêmicos, como a possibilidade de trazer médicos formados no exterior sem passar pela revalidação do diploma, e enfrenta forte resistência das entidades médicas brasileiras, como a Fenam, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB). 

Além do Mais Médicos, as entidades são contrárias aos vetos presidenciais à lei conhecida como Ato Médico, que regulamenta o exercício da medicina do país. O texto, antes dos vetos, restringia aos médicos a prescrição de medicamentos e diagnóstico de doenças. Profissionais da saúde de outras carreiras - como enfermeiros e psicólogos - fizeram campanha pelo veto e foram atendidos pela presidente Dilma Rousseff.

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