É inacreditável, mas o cenário que se desenhava há cerca de 1 mês atrás, com Dilma vencendo no primeiro turno e com cerca de 60% do tempo total de TV foi para o buraco. É verdade que Dilma ainda lidera as pesquisas, mesmo que por pequena margem. Mas seus adversários encostaram e muito provavelmente irão aglutinar apoios de partidos que hoje sustentam o Governo.
PRB:
Nos informa a Agência Senado que "O PRB formalizou sua saída do bloco de apoio ao governo para aderir ao bloco União e Força, formado pelo PTB, PR e PSC. As comunicações das mudanças foram lidas nesta terça-feira (2) pela senadora Ana Amélia (PP-RS), que presidia a sessão.
Com a mudança, o único senador do PRB, Eduardo Lopes (PR), passa a ser um dos vice-líderes do União e Força. O líder do bloco é o senador Gim Argello (PTB-DF)."
PMDB:
Segundo o Estadão, " Horas depois de a presidente Dilma Rousseff encaminhar ao Congresso mensagem com itens do plebiscito para a reforma política, a bancada do PMDB da Câmara fechou questão contra a proposta.
Em uma reunião em que nem assessores puderam participar, parte dos peemedebistas criticou a iniciativa de Dilma, considerada uma manobra para desviar a atenção dos protestos nas ruas.
Em nota, a bancada se posicionou a favor de uma consulta popular, mas apenas em 2014. No debate junto com a sociedade, eles defendem que deverá constar temas como reeleição, tempo de mandato, pacto federativo e sistema eleitoral.
"A população não quer ser enganada. Não há tempo hábil de se votar nenhuma medida a não ser que seja consenso para 2014. E dificilmente uma proposta que dependa de Emenda Constitucional terá consenso", afirmou o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), após a reunião. Sobre o clima de discussão no encontro, o peemedebista resumiu: "Foram três horas e vinte minutos de pancadaria".
Dentro da sala de uma das Comissões da Casa, parlamentares do partido se revezaram nos microfones com ataques ao governo federal e análises "ácidas" sobre a condução política da presidente Dilma.
Alguns chegaram até a propor uma reavaliação da aliança com o PT nas eleições de 2014, o que rendeu aplausos dos mais exaltados. Além das palmas, não faltaram discursos em tom de chacota. "Estamos discutindo a troca da roupa do morto?", ponderou um. "Vamos evitar o abraço dos afogados", disparou outro.
Redução de ministérios
Do lado de fora, o deputado Newton Cardoso (MG) verbalizou o descontentamento de alguns. "A aliança está em xeque sim", afirmou.
No encontro também ficou decidido que os peemedebistas passarão a adotar um discurso pela redução do número de ministérios.
Ao ser questionado se o partido estaria disposto a oferecer seus ministros para o sacrifício dos cortes, o vice-líder do PMDB, Danilo Forte (CE), disse: "Se quiserem levar os cinco do PMDB, podem levar porque eles não valem um".
Por traz do discurso de cortes na Esplanada está a tentativa dos parlamentares de devolver a "batata quente" ao Palácio do Planalto, mudando o foco sobre o debate do plebiscito para o tamanho da máquina governamental e seus 39 ministérios."
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