domingo, 17 de outubro de 2010

Como Pilatos, Dilma quer crucificar aqueles que não se submetam à bíblia petista


Ecce Homo ("Eis o homem"), pintura de Antonio Ciseri, representando a apresentação de Jesus Cristo por Pilatos à população de Jerusalém

A Igreja Católica, instituição com dois mil anos de existência e fundada diretamente por um apóstolo de Cristo, tem por dogma ser contrária à interrupção da vida, em qualquer situação, por considerá-la uma graça divina, um presente de Deus que não pode ser negado pelos homens. O aborto, entendido como a morte de um ser humano, nunca foi aceito entre seus fiéis, assim como para todos os verdadeiros cristãos, entre eles os evangélicos. Cabe portanto, aos representantes da Igreja, sejam eles padres, bispos, cardeais ou mesmo o Papa, terem um posicionamento firme no combate a aquilo que contraria a moral cristã. Há algo ilegítimo nisso? Obviamente não. Estão em pecado os seguidores do Evangelho que se omitem nesta questão.

O Partido dos Trabalhadores, fundado nos anos 80, bastante recente em termos de história, posiciona-se favorávelmente ao aborto. É indiscutível. Basta fazermos uma rápida pesquisa na internet para encontrarmos documentos do partido que afirmam e reafirmam esta posição. Sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, é uma grande entusiasta do aborto, com diversas declarações registradas em áudio e vídeo, embora tente hoje negar. Como partido político, não há nada que os impeça de se manifestarem favoráveis à interrupção da vida dentro do útero materno. Ninguém lhes nega este direito.

Até aí, nada de errado. Acontece que este direito de um e de outro tomarem partido é considerado uma afronta pelos petistas. No entender deles, o direito de se manifestarem e registrar isto em documentos, é uma exclusividade. Eles podem escrever atas, resoluções ou seja lá o que for para defender seu ponto de vista. Já a Igreja estaria impedida de tomar posição, e deveria se manter reclusa neste momento em que a questão tornou-se decisiva para os rumos da eleição para a Presidência da República. Nas palavras da própria Dilma, são CRIMINOSOS aqueles católicos que tomam partido e divulgam sua posição aos demais fiéis. O partido e os apoiadores dela, ao contrário, estariam absolutamente liberados, podendo emitir aos quatro ventos declarações e documentos em defesa do aborto. A candidata pretende, com sua dubiedade, afirmando hora uma coisa e em seguida o seu oposto, conquistar os corações, mentes e principalmente os votos dos brasileiros. Este absurdo está em andamento neste exato momento, dentro de um país majoritariamente católico e cristão desde sua origem. Tal qual Pôncio Pilatos, o PT pretende pregar na cruz aqueles que tiverem a ousadia de o confrontar.

Leiam abaixo reportagem do Estadão sobre o assunto:

Para Dilma, panfletos sobre aborto são crime eleitoral
Ontem, membros do partido encontraram panfletos em uma gráfica de São Paulo, que pediam votos somente a candidatos de partidos contrários à descriminalização do aborto

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, classificou de crime eleitoral o caso dos panfletos encontrados ontem por membros do partido em uma gráfica no Cambuci, na região central de São Paulo, que pediam votos somente a candidatos de partidos contrários à descriminalização do aborto. "Eu não sei quem mandou fazer os panfletos, mas eu posso comentar que é crime eleitoral", afirmou.

A candidata classificou o episódio como parte de uma central de boatos ofensiva contra a sua candidatura. "Não é do meu feitio e da minha campanha sair acusando sem ter investigação, só acho que é absolutamente ilegal e beneficia o meu adversário, mas se foi ele ou não, terá de ser provado", disse.

De acordo com o advogado da campanha de Dilma, Pierpaolo Cruz Bottini, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar na noite de sábado, 16, para que o material fosse apreendido, evitando assim a sua divulgação.

Os panfletos intitulados "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras" são idênticos aos que foram distribuído em Aparecida (SP) em 12 de outubro e pedem que os eleitores deem seus votos somente a candidatos de partidos contrários à descriminalização do aborto. O material está assinado por três bispos da Regional Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

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