Ecce Homo ("Eis o homem"), pintura de Antonio Ciseri, representando a apresentação de Jesus Cristo por Pilatos à população de Jerusalém
O Partido dos Trabalhadores, fundado nos anos 80, bastante recente em termos de história, posiciona-se favorávelmente ao aborto. É indiscutível. Basta fazermos uma rápida pesquisa na internet para encontrarmos documentos do partido que afirmam e reafirmam esta posição. Sua candidata à Presidência, Dilma Rousseff, é uma grande entusiasta do aborto, com diversas declarações registradas em áudio e vídeo, embora tente hoje negar. Como partido político, não há nada que os impeça de se manifestarem favoráveis à interrupção da vida dentro do útero materno. Ninguém lhes nega este direito.
Até aí, nada de errado. Acontece que este direito de um e de outro tomarem partido é considerado uma afronta pelos petistas. No entender deles, o direito de se manifestarem e registrar isto em documentos, é uma exclusividade. Eles podem escrever atas, resoluções ou seja lá o que for para defender seu ponto de vista. Já a Igreja estaria impedida de tomar posição, e deveria se manter reclusa neste momento em que a questão tornou-se decisiva para os rumos da eleição para a Presidência da República. Nas palavras da própria Dilma, são CRIMINOSOS aqueles católicos que tomam partido e divulgam sua posição aos demais fiéis. O partido e os apoiadores dela, ao contrário, estariam absolutamente liberados, podendo emitir aos quatro ventos declarações e documentos em defesa do aborto. A candidata pretende, com sua dubiedade, afirmando hora uma coisa e em seguida o seu oposto, conquistar os corações, mentes e principalmente os votos dos brasileiros. Este absurdo está em andamento neste exato momento, dentro de um país majoritariamente católico e cristão desde sua origem. Tal qual Pôncio Pilatos, o PT pretende pregar na cruz aqueles que tiverem a ousadia de o confrontar.
Leiam abaixo reportagem do Estadão sobre o assunto:
Para Dilma, panfletos sobre aborto são crime eleitoral
Ontem, membros do partido encontraram panfletos em uma gráfica de São Paulo, que pediam votos somente a candidatos de partidos contrários à descriminalização do aborto
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, classificou de crime eleitoral o caso dos panfletos encontrados ontem por membros do partido em uma gráfica no Cambuci, na região central de São Paulo, que pediam votos somente a candidatos de partidos contrários à descriminalização do aborto. "Eu não sei quem mandou fazer os panfletos, mas eu posso comentar que é crime eleitoral", afirmou.
A candidata classificou o episódio como parte de uma central de boatos ofensiva contra a sua candidatura. "Não é do meu feitio e da minha campanha sair acusando sem ter investigação, só acho que é absolutamente ilegal e beneficia o meu adversário, mas se foi ele ou não, terá de ser provado", disse.
De acordo com o advogado da campanha de Dilma, Pierpaolo Cruz Bottini, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu liminar na noite de sábado, 16, para que o material fosse apreendido, evitando assim a sua divulgação.
Os panfletos intitulados "Apelo a todos os brasileiros e brasileiras" são idênticos aos que foram distribuído em Aparecida (SP) em 12 de outubro e pedem que os eleitores deem seus votos somente a candidatos de partidos contrários à descriminalização do aborto. O material está assinado por três bispos da Regional Sul da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
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