terça-feira, 13 de julho de 2010

Cuba ontem, Venezuela hoje e Brasil amanhã: polícia política chavista prende opositor Peña Esclusa

Absolutamente absurdo o que se deu hoje em Caracas. Sem qualquer ordem judicial, sem testemunhas neutras e sem permitir a presença de um advogado, agentes do SEBIN (Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional), espécie de Gestapo venezuelana, invadiram o apartamento do político Alejandro Peña Esclusa, plantaram provas contra ele e o levaram preso. Mais um passo foi dado rumo ao totalitarismo na América do Sul, sem que tenha merecido destaque na grande imprensa brasileira. Se não fosse o trabalho incansável de blogueiros, passaria praticamente despercebido do lado de cá da fronteira.

É assim que Hugo Chavez pretende intimidar e calar seus opositores, naquilo que chama se Socialismo do Século XXI, que tem aqui no Brasil grandes admiradores e seguidores, principalmente dentro do PT. Não custa lembrar que mais de uma vez, este cretino já explicitou sua preferência por Dilma Roussef para a sucessão de seu comparsa brasileiro. Não deixem de ver este vídeo:



No Estadão:

Venezuela detém opositor suspeito de planejar atentados

Agentes do serviço secreto venezuelano detiveram na noite de segunda-feira o opositor Alejandro Peña Esclusa em seu apartamento em Caracas. Ex-candidato presidencial e diretor das ONGs UnoAmérica e Fuerza Solidária, Peña é acusado de laços com o salvadorenho Francisco Chávez Abarca, preso no aeroporto de Caracas há duas semanas e deportado para Cuba, onde é procurado por atentados.

De acordo com o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin), Peña teria sido mencionado em um depoimento do próprio Chávez Abarca, no qual ele teria confessado que viajou para a Venezuela para promover "atos violentos" durante as eleições legislativas de setembro. David Colmenares, diretor de contrainteligência da polícia venezuelana, disse que, na busca, foram confiscados diversos explosivos e detonadores no apartamento de Peña.

Em um relato publicado no site da Fuerza Solidária, porém, a mulher do opositor, Indira de Peña, afirmou que os explosivos foram "plantados" no local pelos agentes de inteligência - um deles teria sido encontrado na gaveta da escrivaninha de sua filha de 8 anos. Além disso, o advogado de Peña, Alfredo Romero, denuncia que os agentes venezuelanos não permitiram que ele entrasse no apartamento no momento da busca, feita por ordem de um tribunal.

Peña já foi preso temporariamente em setembro de 2002, acusado de relação com um grupo de militares que participou da tentativa frustrada de golpe contra Chávez. Ele é acusado pelo governo de uma série de crimes. No ano passado, o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, disse que Chávez teve de cancelar visita a El Salvador para a posse do presidente Mauricio Funes porque o serviço secreto de seu país teria descoberto um plano para matá-lo orquestrado por Peña e pelo cubano Luis Posada Carriles, acusado de terrorismo.

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