Roubei o texto lá do Blog do Reinaldo Azevedo:
Uma reportagem desta edição de VEJA analisa o episódio - bizarro - em que Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, assinou e depois voltou atrás a respeito do conteúdo de seu programa de governo, dando publicidade a uma segunda versão do texto, mais amena do que o original furiosamente esquerdista.
Além de revelar a falta de controle da candidata sobre os radicais de seu partido, o fato deixa evidente o descaso dos governistas com um documento programático que, por sua natureza, deveria ter sido fruto da mais detida atenção. Mas não reside nessa confusão o potencial de dano maior do episódio. O mais espantoso é a permanência no segundo documento petista de uma visão de mundo distorcida e perigosa, em especial no que se refere a um dos pilares consagrados da democracia - a liberdade de expressão.
Estava no primeiro texto, e foi mantida no segundo, a afirmação de que os órgãos de imprensa são “pouco afeitos à qualidade, ao pluralismo, ao debate democrático”, sendo, portanto, necessário “compensar o monopólio e concentração dos meios de produção”.
Além do uso ignorante do adjetivo “afeito”, a proposta do PT trai o mesmo e irrefreável ímpeto liberticida que na União Soviética, Cuba e Coréia do Norte serviu de base para a supressão da imprensa independente. A liberdade de jornais, revistas, televisão e rádio começa a morrer quando um governo acredita ser seu papel avaliar e aprimorar os meios de comunicação.
Expressões como essas não passam de eufemismos para esconder as reais intenções. Ninguém pode cobrar do PT que entenda o papel da imprensa nas democracias, como não se pode cobrar de um índio do Xingu que formule a Segunda Lei da Termodinâmica. Mas nenhum programa de governo, petista ou não, pode se arvorar em juiz da imprensa ou quaisquer outras atividades que, por serem conquistas civilizatórias, não pertencem ao universo oficial.
A imprensa não tem lições a receber de quem não compreende esse valor universal da democracia - à esquerda ou à direita. Para justificar a supressão de jornais livres, o ditador comunista Vladimir Lênin disse que “nosso governo não aceitaria uma oposição de armas letais. Mas idéias são mais letais que armas”. Na mesma linha, o ditador fascista Benito Mussolini afirmava que “os franceses eram decadentes por culpa da sífilis, do absinto e da liberdade de imprensa”.
Que o PT não perca de vista que ambos, e suas respectivas ideologias, foram varridos da história - enquanto a imprensa livre sobreviveu aos totalitarismos que ajudou a combater.
Uma reportagem desta edição de VEJA analisa o episódio - bizarro - em que Dilma Rousseff, candidata do PT à Presidência da República, assinou e depois voltou atrás a respeito do conteúdo de seu programa de governo, dando publicidade a uma segunda versão do texto, mais amena do que o original furiosamente esquerdista.
Além de revelar a falta de controle da candidata sobre os radicais de seu partido, o fato deixa evidente o descaso dos governistas com um documento programático que, por sua natureza, deveria ter sido fruto da mais detida atenção. Mas não reside nessa confusão o potencial de dano maior do episódio. O mais espantoso é a permanência no segundo documento petista de uma visão de mundo distorcida e perigosa, em especial no que se refere a um dos pilares consagrados da democracia - a liberdade de expressão.
Estava no primeiro texto, e foi mantida no segundo, a afirmação de que os órgãos de imprensa são “pouco afeitos à qualidade, ao pluralismo, ao debate democrático”, sendo, portanto, necessário “compensar o monopólio e concentração dos meios de produção”.
Além do uso ignorante do adjetivo “afeito”, a proposta do PT trai o mesmo e irrefreável ímpeto liberticida que na União Soviética, Cuba e Coréia do Norte serviu de base para a supressão da imprensa independente. A liberdade de jornais, revistas, televisão e rádio começa a morrer quando um governo acredita ser seu papel avaliar e aprimorar os meios de comunicação.
Expressões como essas não passam de eufemismos para esconder as reais intenções. Ninguém pode cobrar do PT que entenda o papel da imprensa nas democracias, como não se pode cobrar de um índio do Xingu que formule a Segunda Lei da Termodinâmica. Mas nenhum programa de governo, petista ou não, pode se arvorar em juiz da imprensa ou quaisquer outras atividades que, por serem conquistas civilizatórias, não pertencem ao universo oficial.
A imprensa não tem lições a receber de quem não compreende esse valor universal da democracia - à esquerda ou à direita. Para justificar a supressão de jornais livres, o ditador comunista Vladimir Lênin disse que “nosso governo não aceitaria uma oposição de armas letais. Mas idéias são mais letais que armas”. Na mesma linha, o ditador fascista Benito Mussolini afirmava que “os franceses eram decadentes por culpa da sífilis, do absinto e da liberdade de imprensa”.
Que o PT não perca de vista que ambos, e suas respectivas ideologias, foram varridos da história - enquanto a imprensa livre sobreviveu aos totalitarismos que ajudou a combater.
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