terça-feira, 12 de novembro de 2013

Os últimos dias do Chavismo na Venezuela

Fila para comprar leite na Venezuela

Chega a ser entediante acompanharmos dia após dia as medidas desastrosas tomadas por Maduro à frente do governo venezuelano. Além de enxergar o fantasma de Hugo Chávez em tudo quanto é canto, criar o Ministério da Suprema Felicidade e antecipar o Natal, o demente agora quer determinar a margem de lucro para as empresas do país. Se hoje já faltam comida e papel higiênico, o resultado desta medida resultará em nada menos que o colapso final da economia. E ele chegará rapidamente.

O comércio e as indústrias fecharão suas portas e o povo voltará à Idade da Pedra. O que virá em seguida não sabemos ainda. Ou uma revolta popular, com grande derramamento de sangue por conta das milícias paramilitares bolivarianas; ou uma revolta militar; ou a implantação de um regime comunista em seu estado mais puro, aqui bem ao ladinho do Brasil. E diga-se de passagem, este desastre foi e continua estimulado desde sempre pelo PT, desde o primeiro mandato de Lula até os dias de hoje com a Dilma. Para esta turma, "a Venezuela tem democracia até demais", como foi dito por certo alguém.

É um momento de vergonha para nosso subcontinente.

Leiam na Folha:


Maduro promete fixar margem de lucro

Em meio a filas imensas, e ao menos um episódio de saque na segunda-feira (11) em lojas de eletrodomésticos que baixaram preços por ordem do governo na Venezuela, o presidente do país, Nicolás Maduro, prometeu estabelecer margem máxima de lucro para vários setores da economia.

"Chamo o país a manter a ofensiva contra a burguesia parasita em paz e ordem. Com firmeza conseguiremos", escreveu Maduro no Twitter, prometendo divulgar novas medidas ainda na segunda-feira (11).

O presidente disse que a Milícia Bolivariana, corpo de civis com breve treinamento militar, se unirá ao combate à especulação.

Muitas lojas de eletrodomésticos decidiram não abrir as portas na segunda-feira (11) à espera de orientação do governo que, na sexta, começou operação para baixar os preços de produtos, supostamente reajustados de maneira ilegal.

Na própria sexta, Maduro ordenou a intervenção na rede de eletrodomésticos Daka. Na cidade de Valência, houve saque, no sábado, em uma das lojas da rede.

Na segunda-feira (11), além de tensão na porta de estabelecimentos fechados houve ao menos um episódio de saque em Los Teques, na região metropolitana de Caracas, reportou o jornal "Últimas Notícias".

A ordem de baixar preços de produtos acontece quando a inflação na Venezuela volta a se acelerar, foi 5,1% em outubro, chegando a 54,3% na taxa anualizada.

A avaliação da maioria dos economistas é que mais tabelamento de preços só piorará a crise. A medida, porém, é popular, quando falta menos de um mês para as eleições municipais no país.

VOTAÇÃO

Nesta terça-feira, as atenções devem se voltar para a Assembleia Nacional, onde Maduro pretende obter a aprovação da Lei Habilitante, a prerrogativa de legislar por decreto.

"Depois que a [lei] Habilitante na Assembleia Nacional for aprovada, vou colocar limites percentuais aos lucros do capital em todas as áreas da economia do aparato produtivo venezuelano", disse.

Para aprovar os "superpoderes legislativos", o chavismo precisa de 3/5 da cadeiras da Assembleia, ou 99 de 165.

A bancada governista tem 98 nomes, mas a expectativa é que Maduro consiga o deputado 99 nesta terça-feira.

O voto decisivo viria com manobra para retirar do plenário deputada eleita pelo chavismo que se tornou opositora. No lugar dela, assumiria um suplente governista.

A deputada em questão é María Mercedes Aranguren, acusada de peculato e associação para delinquir.

O Supremo Tribunal, alinhado ao governo, decidiu que há base para processá-la e pediu que a Assembleia retire sua imunidade parlamentar. Se confirmado, será o segundo deputado da oposição, após Richard Mardo, em julho, a perder a imunidade.

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