segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Endividamento público brasileiro bate recorde e já ultrapassa R$ 2 trilhões


Leiam no Globo:


Dívida pública atinge em outubro o maior valor já registrado, de R$ 2 trilhões
Emissões de títulos superaram os resgates em R$ 15,2 bilhões no mês passado e endividamento cresceu 1,69%, diz Tesouro

BRASÍLIA - A dívida pública brasileira em títulos no poder do mercado financeiro ultrapassou a barreira de R$ 2 trilhões em outubro. Esse é o maior valor já registrado na série histórica da dívida, iniciada em 2000. Segundo o Tesouro Nacional, as emissões de papéis superaram os resgates em R$ 15,2 bilhões no mês passado. Isso provocou um aumento de 1,69% e fez com que o endividamento do chegasse a R$ 2,022 trilhões.

Não foi a primeira vez que essa marca foi rompida, já que há um ano, o endividamento rompeu a marca de R$ 2 trilhões. O número atual se aproxima do planejamento da equipe econômica. De acordo com o Plano Anual de Financiamento da Dívida Pública (PAF), o governo pretende terminar com uma dívida entre R$ 2,1 trilhões e R$ 2,24 trilhões.

No mês passado, as instituições financeiras aumentaram a sua carteira de títulos brasileiros. A parcela da dívida nas mãos dos bancos cresceu de R$ 521 bilhões para R$ 550 bilhões. No caminho contrário, a carteira de títulos dos fundos de investimento encolheu de R$ 431 bilhões para R$ 423 bilhões. A participação de estrangeiros ficou estável em R$ 397 bilhões.

De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido, os estrangeiros compraram nada menos que R$ 8,2 bilhões de papéis prefixados em outubro. Foi o maior volume desde agosto de 2010. A procura foi concentrada em dois vencimentos: papéis com resgates em 2019 e em 2023. É uma das estratégias para garantir um rendimento maior no futuro num cenário de incertezas com a perspectiva de reversão de estímulos monetários nos Estados Unidos. Em um dos títulos, o governo brasileiro pagara uma taxa de retorno ao investidor de 11,67% ao ano.

- O que verificamos é que os estrangeiros trocaram papéis mais curtos, vendendo para investidores locais, por títulos mais longos - frisou Garrido. - Isso é positivo para a dívida pública porque melhora o perfil e a interpretação é que os investidores estão vendo que as taxas de longo prazo são muito atraentes.

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