Iraniana sendo enterrada antes de ser apedrejada até a morte. O Brasil não tem pressa em acabar com isso. |
Às vezes agradeço a Deus por nossa insignificância no resto do mundo... Deveríamos nos ajoelhar e pedir desculpas por permitirmos ser governados por este tipo de gente.
Leiam na Folha de São Paulo:
Brasil se abstém em condenação ao Irã
O Brasil se absteve numa votação que condenou ontem, nas Nações Unidas,
as violações de direitos humanos no Irã. Segundo o governo, o texto,
apresentado pelo Canadá, era "desequilibrado" e deixou de fora
"elementos importantes", como a exortação ao diálogo com Teerã.
Em novembro de 2011, o Brasil já havia optado pela abstenção ao votar
uma resolução sobre o Irã na Terceira Comissão da Assembleia-Geral --que
trata de temas sociais, humanitários e culturais--, em Nova York.
Na época, um dos argumentos do Itamaraty era de que a comissão da
Assembleia não é o fórum adequado para tratar de denúncias de violações
contra governos --mas sim o Conselho de Direitos Humanos da ONU, em
Genebra.
Desta vez, o Brasil concentrou seu voto no mérito do relatório contrário
ao Irã. Além disso, apoiou ontem a condenação de violações na Síria e
na Coreia do Norte.
Segundo o Itamaraty, o governo ainda considera o conselho em Genebra o local apropriado para esse debate.
A resolução sobre o Irã que teve abstenção brasileira expressa "profunda
preocupação" com violações como a execução de prisioneiros por
enforcamento com o uso de guindastes ou por apedrejamento, a aplicação
de pena de morte "na ausência de salvaguardas reconhecidas
internacionalmente" e perseguição política e religiosa.
Ainda exige que Teerã elimine esses tipos de execução, cesse práticas de
tortura e, inclusive, levante as restrições ao uso da internet no país.
O Itamaraty argumenta que não houve espaço para que os demais países
apresentassem sugestões de mudanças no texto antes da votação, e que a
abstenção não necessariamente demonstra uma falta de preocupação do país
com as violações no Irã.
Ao justificar sua posição em Nova York, o Brasil verbalizou que se
preocupa com a falta de liberdade religiosa e das mulheres, por exemplo.
O texto contra o Irã foi aprovado com 83 votos a favor --31 países
votaram contra e 68 se abstiveram. A resolução ainda precisa passar pelo
plenário da Assembleia-Geral, o que deve ocorrer em dezembro.
"O Brasil ainda tem a chance de reconsiderar seu voto, ou deve deixar
claro os pontos do texto que não agradam ao governo", disse Camila
Asano, da ONG Conectas.
Apesar de poupar o Irã ontem, o Brasil tem hoje relações mais frias com Teerã do que ocorria no governo Lula.
Mas o governo brasileiro também tem se preocupado em não isolar o país e
já expressou várias vezes repúdio à possibilidade de uma ação militar
israelense com objetivo de interromper seu programa nuclear.
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