Israel tem plenas condições de sustentar sozinho uma batalha com o Irã hoje, e em larga posição de vantagem. Mas até quando? A hora é esta...
Não, eu não me julgo em melhores condições de julgar este assunto que o Mossad. Mas não posso deixar de expressar certa aflição com o corpo mole que o mundo ocidental está fazendo, em especial os Estados Unidos. Se a chamada civilização judaico-cristã prefere oferecer àqueles que querem destruí-la todas as vantagens nesse jogo, inclusive a vantagem da trapaça, problema dela. Ou nosso, melhor dizendo. Mas que saibam que não terão a mesma consideração vinda do outro lado, quando este estiver preparado.
Na Folha Online:
Relatório da ONU diz que Irã tem informação para fazer bomba nuclear
Um relatório realizado por membros da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU, aponta que o Irã tem "informação suficiente para desenhar e produzir" uma bomba atômica, informa reportagem do jornal americano "The News York Times".
As conclusões do relatório, afirma o "NYT", colocam o Irã como uma ameaça maior do que o especulado pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos. O relatório destaca, contudo, que as conclusões são provisórios e precisam de confirmação de evidências de agências de inteligência.
O relatório chega pouco depois da revelação de que o Irã construiu uma nova usina de enriquecimento de urânio e do anúncio de testes de mísseis de longo alcance pela República Islâmica. O anúncio da planta foi feito quando carta do Irã à AIEA vazou na imprensa. O único dado técnico divulgado é que o nível de enriquecimento de urânio seria de até 5%, condição que daria origem a um combustível pouco purificado, suficiente apenas para alimentar reatores nucleares de geração de eletricidade.
O Irã já possui uma grande usina de enriquecimento de urânio na localidade de Natanz, a 250 km de Teerã, na região central do país. A existência da usina foi revelada em 2002.
Há dois anos, as agências de inteligência americanas publicaram, um relatório detalhado no qual concluíam que Teerã abandonou os esforços de construção de uma arma nuclear em 2003.
Contudo, no começo de setembro, Glyn Davies, o principal enviado americano à AIEA, disse que o último relatório da agência nuclear mostra que Teerã já possui ou está muito perto de possuir suficiente urânio pouco enriquecido para produzir uma arma nuclear --caso seja tomada a decisão de enriquecê-lo ao nível necessário para a produção de armas.
O novo relatório da agência apresenta evidência de que o conhecimento iraniano é fruto não apenas de informações coletadas de especialistas em todo o mundo, como também de extensa pesquisa e testes. O documento não revela, contudo, quão longe as experiências chegaram na produção de uma bomba.
O relatório, intitulado "Possíveis Dimensões do Programa Nuclear do Irã", foi produzido, segundo o jornal, por especialistas de dentro e de fora da agência da ONU.
O texto diz que o Irã tem informação suficiente para desenhar e produzir um aparelho de impulsão nuclear com urânio enriquecido. Este tipo de arma é considerada um modelo avançado perto das bombas atômicas que os Estados Unidos lançaram em Hiroshima, durante a Segunda Guerra (1939-1945).
A tecnologia iraniana, afirma o "NYT", usa uma onda de explosão de uma esfera de explosivos convencionais para comprimir uma bola de combustível bomba em uma massa supercrítica, a partir da reação em cadeia atômica e progredindo para a explosão maior.
Os trechos da análise divulgados ao jornal também sugerem que os iranianos têm feito uma grande variedade de pesquisas e testes para aperfeiçoar as armas nucleares, como fazer detonadores de alta-tensão, disparando explosivos de teste e desenhando ogivas.
O Irã rejeita a acusação e diz que qualquer documento que prove o contrário é fraudulento.
Representantes de seis potências --Alemanha, EUA, Rússia, China, França e Reino Unido-- se reuniram com representantes de Teerã nesta quinta-feira (1º) em um esforço para discutir o controverso programa nuclear iraniano. A reunião, contudo, acabou com acordo apenas em se fazer um novo encontro, até o fim do mês.
O Ocidente, liderado pelos EUA, afirma que o programa nuclear iraniano é uma ameaça e serve para produção de armas --acusação que Teerã nega. Analistas dizem que Israel não descarta a opção militar contra as instalações iranianas para impedir um ataque.
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