sexta-feira, 7 de maio de 2010

Grã-Bretanha: vitória conservadora!

No Ex-Blog do Cesar Maia:

ELEIÇÕES BRITÂNICAS: UMA LIÇÃO PARA OS ANALISTAS!

1. Cameron (Conservador) venceu, como todas as pesquisas indicavam, e com porcentagem no voto popular semelhante às pesquisas: 36%. Os trabalhistas, de Brown, idem: 29% contra 28% em pesquisas. Os liberais-democratas de Clegg, na urna, caíram de 28% para 23%. A oscilação para baixo já havia sido detectada por alguns institutos depois do segundo debate onde foi exposto ao euro, que defendeu e, em seguida, a crise grega, pela mesma razão.

2. No voto distrital as porcentagens mudam. São distritos uninominais de uns 40 mil eleitores e, portanto, teoricamente, um partido pode ter 20% linear em todos os 650 distritos e não fazer um só deputado. No número de deputados, Cameron obteve 47%, Brown 40%, Clegg 8%. Opinião pública no sistema inglês não é suficiente: há que se ter capilaridade política. Os liberais-democratas e os trabalhistas querem mudar esse sistema.

3. O Ex-Blog de três dias atrás dizia: "Os que se precipitaram apoiando Clegg (The Guardian, por exemplo) devem estar arrependidos pelo amadorismo e desconhecimento das técnicas e do desdobramento de debates na TV".

4. Cameron tenta conseguir apoio para formar maioria, especialmente dos pequenos partidos regionais. Brown pede que os Lib-Dems formem com ele a maioria, o que também não resolve a questão, a menos que os trabalhistas escoceses se somem. Clegg, de forma madura, anunciou, e a imprensa britânica destaca hoje, que dará uns dias para que Cameron complete a maioria absoluta para ser primeiro ministro. Faltam 20 deputados dos 650.

5. Seria um erro grave Brown e os trabalhistas tentarem assumir. O desprestígio deles pode ser medido com o avanço dos conservadores em 94 cadeiras e a perda do labour de 94 cadeiras. Brown governar seria precipitar a crise política e econômica. Como a Grã-Bretanha representa um fator mundial muito importante e não vai programar uma crise, Cameron deverá conformar a maioria, fazendo concessões significativas aos partidos regionais e menores na formação do gabinete.

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