quarta-feira, 28 de abril de 2010

PAC dos juros: a maior taxa do mundo!

No UOL Economia:

BC sobe juros a 9,5%; taxa real é a mais alta do mundo

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu nesta quarta-feira aumentar a taxa básica de juros (a Selic) em 0,75 ponto percentual, indo de 8,75% para 9,5% ao ano.

A taxa de juros não mudava havia oito meses. Estava em 8,75% desde julho do ano passado. Foi também o primeiro aumento da taxa em 19 meses, desde setembro de 2008, quando ela subiu de 13% para 13,75%. Depois disso, a Selic foi baixando ou ficando estacionada.

Segundo levantamento do economista Jason Vieira, da consultoria UpTrend, o Brasil é o país com a maior taxa de juros reais do mundo (4,5%), entre as nações com participação relevante na economia global. Em seguida, vêm Indonésia (3%) e China (2,8%). A menor taxa real, entre os 40 países da lista, é a da Índia, com -9,7%. Os EUA têm uma taxa real de -2,1% e ocupam o 34º lugar no ranking.

A taxa de juros reais representa a Selic, descontando-se a inflação projetada para os próximos 12 meses.

Os juros são usados como política monetária pelo governo para conter a inflação. Com juros altos, as prestações ficam mais caras e as pessoas compram menos, o que restringe o aumento dos preços.

Um aspecto positivo dos juros altos é que eles remuneram melhor as aplicações. Isso é bom para os investidores brasileiros e também para os estrangeiros, que procuram o país.

Por outro lado, os juros altos prejudicam as empresas, que ficam mais cuidadosas para tomar empréstimos e fazer expansões. Por causa disso, o emprego também não cresce tanto. É em razão desse efeito que os empresários reclamam contra os juros altos.

Quem decide os juros

O Copom foi instituído em junho de 1996 para estabelecer as diretrizes da política monetária e definir a taxa de juros.

O colegiado é composto pelo presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e os diretores de Política Monetária, Política Econômica, Estudos Especiais, Assuntos Internacionais, Normas e Organização do Sistema Financeiro, Fiscalização, Liquidações e Desestatização, e Administração.

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