segunda-feira, 19 de abril de 2010

E agora Lula? Sinucado?

Impagável a iniciativa de do deputado catarinense Paulo Bornhausen, do DEM. É isso que dá Lula falar pelos cotovelos. Agora que explique aos brasileiros o momento em que deixa de se preocupar com o país para se preocupar com sua candidata particular.

No Correio Brasiliense:

Pura provocação democrata

Partido protocola pedido de informações ao Palácio do Planalto para saber qual é o horário de expediente do presidente Lula

Líder do DEM na Câmara, Bornhausen (SC) pergunta, entre outras coisas, se Lula tem horário de almoço
Em tom irônico e provocador, um pedido de informações encaminhado à Casa Civil, no sábado, exigirá de Erenice Guerra, atual titular da pasta, muito latim para não comprometer o chefe. É que a substituta de Dilma Roussef, candidata do PT nas eleições presidenciais, terá de responder ao deputado Paulo Bornhausen, líder do Democratas na Câmara dos Deputados, qual é o horário do expediente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na condução do país. E nada de explicações evasivas. O parlamentar catarinense quer saber “os dias da semana e os horários de início e término” da jornada de Lula, conforme ofício enviado a Erenice Guerra.

A “curiosidade” do deputado surgiu depois que Lula afirmou, em entrevista ao programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, em 4 de abril, que fará campanha para Dilma “depois do expediente”, igualando-se a um trabalhador comum, que bate ponto em uma máquina registradora. A oposição não engoliu a declaração. “É preciso que o Palácio do Planalto esclareça qual é o horário de expediente do presidente Lula, para que a própria Justiça tenha um parâmetro para verificar se ele faz campanha em horário de trabalho”, cobra Bornhausen.

O deputado quer saber também quem governa o país depois que Lula encerra o expediente. “Ele tem horário de almoço, como os funcionários públicos, para cuidar de questões pessoais?”, indaga. No ofício encaminhado à Casa Civil, o líder do DEM exige ainda uma relação de nomes de pessoas que já ficaram respondendo pelo Brasil nos períodos em que Lula esteve ausente do trabalho.

Salvaguarda
A rotina de atividades aos sábados e domingos é outro ponto abordado no documento. “Quando não há agenda oficial, quem atua como presidente da República?”, questiona. E, mais uma vez, Bornhausen solicita uma lista com os nomes das pessoas que já ocuparam o cargo de presidente da República durante os fins de semana de Lula sem agenda.

De acordo com o parlamentar, tais indagações visam salvaguardar o país e suas instituições. “A melhor doutrina considera o presidente da República um agente político com o múnus público de tomar as decisões da Nação brasileira a qualquer tempo e hora”, destaca o deputado, no próprio ofício. As únicas situações de impedimento que exigem a substituição, previstas na Constituição Federal, são licença, férias ou doença, de acordo com Bornhausen. Resta aguardar a resposta de Erenice Guerra sobre a “folha de ponto” do presidente.

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