Está virando rotina. Dia sim, outro também, novas evidências comprovam a participação destacada de Lula na ampla rede de corrupção petista instalada no coração de Brasília desde que o partido confortavelmente se acomodou no Palácio do Planalto. O grande destaque de hoje foi a revelação que o Banco do Brasil cobrava pedágio de 2% sobre os contratos com agências de publicidade para irrigar os cofres petistas.
Essa turma não está para brincadeira. Onde quer que haja dinheiro público, mete a mão pra valer. Quando são flagrados com a boca na botija, usam a já batida fórmula de ameaçar a imprensa e culpar a oposição. Com ampla maioria no Legislativo, barram com facilidade qualquer CPI que pretenda os investigar. No comando do Executivo, possuem através do Ministério da Justiça considerável poder para encerrar investigações da Polícia Federal.
Não conseguem, porém, barrar o instinto investigativo da imprensa independente, que denuncia à sociedade os seus malfeitos. Não possuem também poder sobre o Ministério Público e sobre boa parte do Judiciário, como ficou demonstrado no julgamento do Mensalão. E é nessa triangulação Imprensa/Ministério Público/STF que reside a melhor e talvez única chance de mandar para cadeia aquele que desde sempre comandou a quadrilha responsável pelo maior assalto da história. Se o chefe da quadrilha já foi condenado, falta ainda aquele em nome de quem este chefe negociava. O chefe do chefe.
Ciente disso tudo, ontem os líderes dos três principais partidos de oposição - PSDB, DEM e PPS - entraram com pedido de investigação na Procuradoria Geral da República. O momento é único e não permite qualquer recuo. Cabe à opinião pública demonstrar que está atenta às denúncias e que não pretende continuar assistindo impassível a este bando de vagabundos lhe assaltar impunemente, e pior, cinicamente se fazendo de vítima.
Não deixemos o caldo esfriar.
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