O PSDB está louquinho para cair numa arapuca. Ciro Gomes e o PT querem a todo custo impedir a candidatura de José Serra, que lidera folgadamente todas as pesquisas de intenção de voto até o momento. Atacam em diversas frentes. Figurões do PT, entre eles José Dirceu e Berzoini, na maior cara-de-pau afirmam que temem muito mais a candidatura do governador Aécio Neves do que a de Serra, como se ingenuamente estivessem revelando aos tucanos o caminho da vitória.
Não satisfeitos, agora Ciro Gomes muito serelepemente vem assanhar-se para Aécio Neves: "Se o governador Aécio Neves se viabilizar candidato a presidente da República, penso que sua presença é tão importante para o Brasil que a minha candidatura não é necessária mais. Voltando a repetir, quem decide se sou candidato, ou não, é o meu partido. Mas a minha necessidade aguda de ser candidato não remanesce mais. Por que? Porque o Aécio encerra esse provincianismo." Aécio, que bobo não é, recebe o apoio e espera com isso fortalecer-se na disputa com Serra. "Temos uma visão muito parecida de quais são os grandes desafios do Brasil. Vamos conversar hoje como fazemos permanentemente sobre o Brasil, sobre o processo eleitoral. Temos ambos esse compromisso, entre nós, de estarmos avaliando todas as possibilidades. E na política, como eu disse, se pudéssemos estar juntos, para mim seria extraordinário. Se não pudermos, nós não deixaremos de ter afinidades", disse o governador mineiro. Até aí, tudo bem. O problema começa a surgir quando lembramos todos os ataques rasteiros de Ciro ao PSDB, partido de Aécio; à gestão de Fernando Henrique Cardoso na presidência; e principalmente a José Serra, hoje o nome tucano de maior evidência e governador do estado mais populoso da federação. Não existe reconciliação que dê jeito nessas feridas. Será que passa pela cabeça de Aécio ser possível formar uma aliança com Ciro e contar com o apoio entusiasmado de Serra e FHC na disputa pela presidência? Confia tanto assim na sua suposta "capacidade de aglutinação"? Ou espera ser presidente sem a necessidade de apoio interno no PSDB? Acho que não, né. Formar uma chapa puro-sangue com Serra, esse sim o grande pesadelo dos petistas, nem pensar. Mas formar uma aliança com Ciro e implodir politicamente o próprio partido ele julga muito interessante. De que lado ele está, afinal? Será que ele faz parte da turma que acredita que Cristo faria uma aliança com Judas?
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