quarta-feira, 11 de setembro de 2013

No Brasil real, desemprego na indústria cresce pelo 22º mês consecutivo


Ignorando completamente o discursinho eleitoreiro de Dilma do dia 7 de setembro, a realidade nos mostra que é um pouco diferente, e que temos sim, muitos motivos para nos preocuparmos.

Leiam no Globo:

Emprego industrial registra terceira queda seguida em julho, aponta IBGE
-Pessoal ocupado assalariado na indústria caiu 0,2% em julho frente ao mês anterior. Comparado com julho de 2012, queda é de 0,8%. É o 22º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde fevereiro (-1,2%)
-Principal impacto ocorreu na região Nordeste (-4,3%), onde houve taxa negativa em 12 dos 18 setores analisados

RIO - O pessoal ocupado assalariado na indústria registrou queda de 0,2% em julho frente ao mês anterior, terceira taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 0,7%, informou nesta quarta-feira o IBGE. O emprego industrial mostrou variação negativa de 0,8% em julho (comparado a julho de 2012), 22º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto e o mais intenso desde fevereiro último (-1,2%). No índice acumulado para os sete meses de 2013, o total do pessoal ocupado na indústria também assinalou recuo de 0,8%. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, ao recuar 1,1% em julho de 2013, repetiu o resultado observado no mês anterior, mas apontou queda menos intensa do que as registradas em fevereiro (-1,5%), março (-1,4%), abril (-1,3%) e maio (-1,2%).

Segundo o instituto, na comparação entre julho com o mesmo mês do ano passado, o emprego industrial recuou 0,8% em julho de 2013, com redução no contingente de trabalhadores em 12 dos 14 locais pesquisados. O principal impacto negativo ocorreu na região Nordeste (-4,3%), pressionado pelas taxas negativas em 12 dos 18 setores investigados.

A indústria de calçados e couro (-8,3%), seguida de alimentos e bebidas (-3,6%), de minerais não-metálicos (-7,4%) e de refino de petróleo e produção de álcool (-14,4%) são as que mais contribuíram para a queda. Na sequência estão vestuário (-3,3%), produtos de metal (-8,0%), borracha e plástico (-6,5%), produtos têxteis (-4,6%) e indústrias extrativas (-6,4%).

Outros resultados negativos ocorreram na Bahia (-7,4%), Rio Grande do Sul (-2,1%) e Pernambuco (-5,3%). O primeiro foi influenciado pelas quedas nos setores de calçados e couro (-27,0%) e de minerais não-metálicos (-22,9%). O segundo foi pressionado pelos ramos de calçados e couro (-10,1%) e de máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-22,1%). O último por conta das perdas em alimentos e bebidas (-7,1%) e borracha e plástico (-28,3%).

“Santa Catarina, com avanço de 1,3% em julho de 2013, apontou a contribuição positiva mais relevante sobre o emprego industrial do país, impulsionado pelos setores de borracha e plástico (8,4%), produtos de metal (9,3%), máquinas e equipamentos (2,4%), madeira (5,3%), meios de transporte (7,8%) e vestuário (1,1%)”, afirma o instituto.

O IBGE diz ainda que, setorialmente, ainda no índice mensal, o pessoal ocupado assalariado recuou em 12 dos 18 ramos pesquisados, com destaque para as pressões negativas vindas de calçados e couro (-5,5%), produtos de metal (-3,5%), máquinas e equipamentos (-2,5%), outros produtos da indústria de transformação (-3,6%), produtos têxteis (-3,4%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-2,5%). Os principais impactos positivos ocorreram em alimentos e bebidas (1,8%), borracha e plástico (3,4%) e meios de transporte (1,5%).

No índice acumulado em 2013, o emprego industrial caiu 0,8%, com taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 13 dos 18 setores investigados. Entre os locais, a região Nordeste (-4,3%) apontou o principal impacto negativo, seguida por Rio Grande do Sul (-2,4%), Pernambuco (-7,4%), Bahia (-5,3%) e São Paulo (-0,3%). Paraná (0,9%) e Santa Catarina (1,0%) exerceram as pressões positivas mais importantes no acumulado dos sete meses do ano. Setorialmente, as contribuições negativas mais relevantes vieram de calçados e couro (-5,4%), vestuário (-3,7%), outros produtos da indústria de transformação (-4,2%), produtos têxteis (-3,7%), máquinas e equipamentos (-1,8%) e madeira (-5,1%), enquanto alimentos e bebidas (1,9%) e borracha e plástico (2,9%) responderam pelas principais influências positivas.

Horas pagas caem

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria no mês de julho de 2013 registrou queda de 0,3% em relação ao mês anterior. É a terceira taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 1,5%. Na comparação anual, o número de horas pagas recuou 0,8%, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde março último (-1,4%). As taxas foram negativas em 11 dos 14 locais e em 11 dos 18 ramos analisados.

Apesar de o número de postos na indústria ter diminuído, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores do setor registrou variação positiva de 0,4% frente ao mês anterior, recuperando parte da queda de 1,4% registrada no mês anterior, diz o IBGE.

"Observa-se a clara influência da expansão de 8,7% assinalada pelo setor extrativo, impulsionado pelo pagamento de participação nos lucros e resultados em importante empresa do setor, já que a indústria de transformação apontou ligeira variação positiva (0,2%) nesse mês", afirma o instituto.

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