sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Prévias perdem força e PSDB fortalece opção por Aécio Neves


Pelo visto as prévias naufragaram..

Neste caso, seria muito desejável que o Sr. José Serra parasse um pouco de criar problemas ao seu próprio partido. Se for para sair, que vá de uma vez e não atrapalhe o trabalho que vem sendo feito. Se ficar, que ao menos uma vez na vida coloque o Brasil acima de suas aspirações pessoais. Teve por duas vezes a oportunidade de ser o candidato do partido e foi derrotado em ambas. Na última delas, por sinal, fez uma campanha vergonhosa e covarde, escondendo Fernando Henrique e tentando se apresentar como o candidato do Lula. Chegou ao segundo turno graças ao crescimento de Marina Silva e recebeu muitos votos pelo simples fato de não haver outra opção melhor. Não é exatamente verdade dizer que ele possui um patrimônio de 44 milhões de votos. Seria mais correto dizer que 44 milhões de eleitores acharam ele uma opção melhor que a candidata do PT, o que sabemos ser verdade.

Outras situações mostram a falta de apreço por seus colegas de partido, como na oportunidade que resolveu apoiar Gilberto Kassab contra o candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo, Geraldo Alckmin. Por sua vez, quando foi derrotado para Dilma Rousseff, insinuou que o culpado principal foi Aécio Neves, que não o teria apoiado o suficiente em Minas Gerais.

Por estas e outras é que foi cultivando ao longo de sua carreira política um índice de rejeição que atualmente o torna inelegível para cargos majoritários. Prova disso é sua mais recente derrota, para Fernando Haddad do PT, na última eleição para a prefeitura da cidade de São Paulo, seu berço político. Se houverem prévias, Serra terá mais uma derrota a acumular em seu cartel. Se resolver ser candidato pelo PPS, como quer seu amigo Roberto Freire, será igualmente derrotado, mas com o agravante de prejudicar a candidatura do PSDB e provavelmente levar Marina Silva para o segundo turno contra Dilma Rousseff, um cenário dos infernos para o Brasil.

Que Serra não trabalhe mais uma vez indiretamente como cabo eleitoral do PT e ajude o Brasil a se livrar deste câncer. Candidate-se ao Senado e ajude a puxar votos para o partido que já lhe deu tantas oportunidades. Suas chances de vitória seriam enormes e deixariam de fora do senado o pateta Eduardo Suplicy, que certamente tentará ser reeleito para a única vaga em disputa.

Leiam no Globo:


Cadastro desatualizado pode inviabilizar prévias no PSDB

Ex-presidente diz que partido precisaria realizar um recadastramento dos filiados

BRASÍLIA - Não bastasse a disputa política envolvida, há também uma questão técnica que poderia inviabilizar a realização de prévias entre o tucanato para a escolha do candidato do partido à sucessão de Dilma Rousseff. A avaliação é do presidente do Instituto Teotônio Vilela e ex-presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE). Ele lembra que a realização de prévias só seria possível com os militantes filiados, mas para isso precisaria haver um recadastramento, pois ninguém sabe quem está vivo ou se mudou para outro partido entre os mais de 1 milhão de filiados desde a fundação do PSDB.

Guerra diz que, para dar um exemplo da precariedade do cadastramento num dos estados mais organizados, nas prévias para a escolha do candidato à prefeitura de São Paulo, em 2011, dos cerca de 100 mil filiados no estado, apenas cinco mil votaram.

— É melhor deixar de fazer espuma. Esse negócio de prévias não se sustenta porque o PSDB já escolheu um candidato. Nosso problema é ganhar a opinião pública, o que não está fácil. Com briga, pior ainda. Passei cinco anos na presidência do PSDB e não vi, nesse tempo, ninguém de fato trabalhando por prévias — disse Sérgio Guerra.

Na eleição de 2010, quando Serra disputou com Aécio a candidatura a presidente, a situação era oposta à atual. Os aecistas cobravam a realização de prévias ainda no ano anterior às eleições, enquanto a maioria dos serristas trabalhava contra elas. Como governador de São Paulo e líder nas pesquisas de opinião, Serra tinha o tempo a seu favor e estabeleceu março do ano eleitoral, 2010, como momento para anunciar a candidatura

O vice-governador à época, Alberto Goldman, alertava que a disputa interna poderia ser perigosa e desagregadora. Sem perspectiva da realização da consulta e sem ter uma maioria clara no partido, Aécio se retirou da disputa e foi cuidar da eleição em Minas. Conseguiu eleger o governador Antonio Anastasia e garantiu as duas vagas ao Senado, uma para si próprio e outra para o ex-presidente Itamar Franco (PPS).

— O PSDB tem muitos quadros que poderiam ser candidatos à Presidência: Tasso Jereissati, Arthur Virgílio, Geraldo Alckmin, José Serra e Aécio Neves, por exemplo. Mas política é, como Maquiavel dizia, virtude e sorte. Não depende apenas de vontade individual. E, hoje, 98% do partido avaliam que Aécio deve ser o candidato — defende o presidente do PSDB mineiro, Marcus Pestana.

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