Se eu me lembro bem, uma das promessas de Dilma em 2010 era a erradicação do analfabetismo. Não só deixará de cumprir, como conseguiu inverter uma tendência que era decrescente há mais de 15 anos. Num momento em que todo os países se esforçam para alavancar sua competitividade em relação aos demais, por aqui está aumentando o número de pessoas que não sabem sequer o alfabeto.
É quase inacreditável que um país que está regredindo a olhos vistos em todas as áreas (saúde, educação, economia, segurança pública, desigualdade, infraestrutura) aprove a atuação do governo, como acontece no Brasil hoje. Temos um governo que aposta na imbecilização da sociedade e que se contenta em distribuir bolsas para uma parcela cada vez maior da população, o que por si só prova a ineficácia deste procedimento. Já temos cidades onde mais de 90% da população recebe a Bolsa-Família. Méritos? Esforço? Estudo? Pra quê? Está tudo tão bem, né?
Leiam no Terra:
IBGE: analfabetismo cresce pela primeira vez desde 1998
Foram identificadas 13,2 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever, o equivalente a 8,7% da população total com 15 anos ou mais
O analfabetismo no País, que vinha em queda constante desde 1998, voltou a crescer no ano passado, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foram identificadas 13,2 milhões de pessoas que não sabiam ler nem escrever, o equivalente a 8,7% da população total com 15 anos ou mais de idade. Em 2011, eram 12,9 milhões de analfabetos, o equivalente a 8,6% do total. Em 2004, a taxa de analfabetismo brasileira chegava a 11,5%. Os dados estão na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad 2012), divulgada nesta sexta-feira. O levantamento consultou 147 mil domicílios em todo o Brasil.
“Ainda não dá para considerar essa variação como definitiva. É algo que precisa ser avaliado num maior espaço de tempo, pode ser uma mudança pontual, e não uma reversão de tendência”, afirmou a gerente de pesquisas do IBGE, Maria Lucia França Pontes Vieira.
Esse crescimento foi puxado pelos números observados nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Na região que abriga Estados como a Bahia e Pernambuco, a taxa de analfabetismo passou de 16,9% em 2011, para 17,4% no ano passado. O Nordeste concentra 54% do total de analfabetos do país. Antes, em 2004, 22,5% da população com 15 anos ou mais de idade não sabia ler e nem escrever.
No Centro-Oeste, a taxa de analfabetismo alcançou 6,7% em 2012, acima dos 6,3% observados no ano anterior. Em 2004, a mesma taxa chegava a 9,2%.
A menor taxa de analfabetismo foi constatada na região Sul, na qual 4,4% da população com 15 anos ou mais de idade não sabe ler e escrever. No Sudeste, a taxa de analfabetismo chega a 4,8%, e no Norte, é de 10%.
O analfabetismo é notado especialmente entre a população mais velha. Entre os que têm 60 anos ou mais, 24,4% não sabem ler ou escrever. Já na faixa etária dos 40 aos 59 anos, essa proporção é de 9,8% do total; dos 30 aos 39 anos, 5,1% são analfabetos; e entre as pessoas de 25 a 29 anos, 2,8% são analfabetas.
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