terça-feira, 26 de novembro de 2013

Solidariedade praticamente fechado com Aécio Neves


Leiam na Folha:


Citando 'revolução', Aécio recebe indicação de apoio do Solidariedade e da Força Sindical

Com um discurso de ampliação dos direitos dos trabalhadores e de "revolução" para fazer o país crescer, o pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB) recebeu nesta terça-feira (26) em Brasília a sinalização de apoio do recém-criado Solidariedade e da Força Sindical.

O tucano aproveitou ainda o evento para dar uma estocada em seu principal concorrente no campo das oposições, o governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), também pré-candidato ao Palácio do Planalto e que corre por fora pelo apoio do Solidariedade.

"Quem tem condições de enfrentar e vencer o que está aí somos nós, ninguém mais", discurso Aécio em uma mesa de almoço que reuniu a cúpula do Solidariedade e da Força.

No evento, realizado no "Bar do Alemão", restaurante que tem como uns dos sócios o deputado federal Eduardo Gomes (SDD-TO) --que bancou a conta-- e o ex-deputado Celso Russomanno (PRB-SP), Aécio prometeu atender a várias das reivindicações da área trabalhista.

Entre outros pontos, ele disse ser justo os aposentados terem um índice de reajuste do benefício maior do que têm hoje, prometeu "reconstruir o parque industrial" brasileiro, "reestatizar" a Petrobras, que segundo ele estaria tomada pelo aparelhamento do PT, além de visitar fábricas de trabalhadores e sindicatos patronais.

"Talvez esta seja, nesse início de caminhada, a mais importante de todas as reuniões das quais tenho participado", discursou Aécio, acrescentando depois estar feliz com a manifestação de apoio de um "sindicalismo que não se cooptou, não se curvou a um governo que acha que pode dar mesada para ter todos ao seu lado".

"Vamos fazer uma verdadeira revolução no Brasil, vamos fazer esse país crescer, crescer no seu parque industrial, gerando emprego de qualidade e garantindo os direitos que nós temos, ampliando para outros que nós não temos ainda."

O Solidariedade, que tem 22 deputados federais, foi montado pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), ex-presidente da Força e um dos principais aliados de Aécio. No almoço, ele apresentou o tucano como o "próximo presidente do Brasil". O líder da bancada na Câmara, Fernando Francischini (PR), também declarou apoio à candidatura de Aécio.

O novo partido é formado principalmente por uma dissidência do governista PDT.

Paulinho, como é conhecido o ex-presidente da Força, fez várias críticas à presidente Dilma Rousseff, dizendo que não pretende conversar "nunca mais" com a petista, que teria descumprido compromissos firmados com os trabalhadores. Os discursos de sindicalistas e integrantes do partido também foram todos críticos a Dilma. Eles entregaram a Aécio um documento com várias reivindicações trabalhistas, entre elas a redução dos juros básicos da economia e da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

A manifestação de apoio do Solidariedade a Aécio acontece uma semana depois de o PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab declarar apoio oficial a Dilma. Campos ainda não conseguiu a formalização de nenhuma legenda à sua candidatura.

Sobre encontro que terá com o governador de Pernambuco, conforme a Folha noticiou na edição de hoje, Aécio disse que as conversas entre ele são mais "frequentes" do que se imagina e que algumas delas a imprensa nem fica sabendo. Sem dar muitos detalhes, o tucano afirmou ainda avaliar que Campos --aliado de Dilma até setembro deste ano-- daqui para frente tende a adotar paulatinamente um discurso mais afinado com o que o PSDB defende hoje.

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