terça-feira, 12 de novembro de 2013

Indústria: Desemprego cresce pelo quinto mês seguido


Leiam no Globo:


Emprego na indústria recua 0,4% em setembro, pelo quinto mês consecutivo
No confronto com igual mês do ano passado, o emprego industrial recuou 1,4% em setembro, impactado por perdas em 14 dos 18 setores investigados na Região Nordeste

RIO - O emprego na indústria brasileira recuou 0,4% em setembro, na comparação com agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira. É a quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto, acumulando nesse período perda de 1,7%. No confronto com igual mês do ano passado, a queda é de 1,4%, com o contingente de trabalhadores apontando redução em 12 dos 14 locais pesquisados. Por sua vez, no acumulado dos último 12 meses, as perdas de vagas na indústria chegam a 1%.

O principal impacto negativo, na comparação anual, foi observado na Região Nordeste (-6,3%), área pressionada em grande parte pelas taxas negativas em 14 dos 18 setores investigados.

As quedas mais significativas no total do pessoal ocupado foram registrados nas indústrias de alimentos e bebidas (-10,0%), calçados e couro (-8,0%), vestuário (-4,5%), minerais não-metálicos (-6,4%), refino de petróleo e produção de álcool (-11,6%), produtos têxteis (-5,6%), indústrias extrativas (-8,1%), produtos de metal (-5,7%) e borracha e plástico (-4,0%).

Os resultados indicam que a economia do país perdeu ritmo no terceiro trimestre deste ano e mostram que os setores que não são diretamente beneficiados por estímulos do governo, como medidas de redução de impostos, estão perdendo fôlego, enquanto as áreas dependentes da rendas das famílias encolheram sua produção e, consequentemente, perdem postos de trabalho.

Quando analisado o acumulado do período janeiro-setembro de 2013, o emprego industrial registrou queda de 0,9%, com taxas negativas em 11 dos 14 locais e em 11 dos 18 setores investigados.

Segundo o instituto, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o emprego industrial apontou recuo de 0,9% no terceiro trimestre de 2013, após assinalar taxas negativas no 1º (-0,2%) e 2º (-0,1%) trimestres do ano.

Número de horas pagas recua

Em setembro de 2013, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria recuou 0,6% frente ao mês imediatamente anterior, quinta taxa negativa consecutiva, acumulando nesse período perda de 2,8%. Na comparação com o ano anterior, o número de horas pagas registrou queda de 1,5%, quarto resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação e o mais intenso desde fevereiro último (-2,3%).

Segundo o IBGE, na comparação trimestre contra trimestre imediatamente anterior, o número de horas pagas caiu 1,6% no período julho-setembro de 2013, após registrar variação positiva de 0,3% no segundo trimestre do ano.

Na comparação com setembro do ano passado, o valor da folha de pagamento real subiu 2,5%, com resultados positivos em 11 dos 14 locais investigados. A maior influência positiva sobre o total nacional foi verificada em São Paulo (2,0%), impulsionado pelo aumento no valor da folha de pagamento real em 11 das 18 atividades investigadas, com destaque para máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (10,2%), borracha e plástico (12,6%), máquinas e equipamentos (5,1%), alimentos e bebidas (4,4%) e produtos químicos (5,7%).

Também no mês de setembro, a produção do setor avançou 0,7% na comparação mensal, segundo dados do IBGE divulgados no início do mês. Apesar do resultado positivo, a alta veio abaixo do esperado por analistas do mercado, que previam aumento de 1,3%. Foi a terceira vez consecutiva que os números ficam aquém das expectativas.

Na sexta-feira, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou dados que indicam ritmo mais fraco do setor. Segundo a pesquisa Indicadores Industriais, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) recou para 81,9% naquele mês, frente a 82,1% em agosto. Em relação ao emprego, a estimativa da entidade foi de quase estabilidade, com expansão de 0,1%.

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