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Aécio diz que prisões do mensalão não foram políticas
Presidente do PSDB rebateu PT e fala em ‘provas contundentes’
POÇOS DE CALDAS (MG) - Em reunião partidária em Poços de Caldas, interior de Minas Gerais, Aécio Neves, presidente do PSDB e provável candidato tucano à presidência da República, disse que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) não pode ser explorada pelo PT como um ato político. Segundo eles, a prisão dos condenados no escândalo do mensalão foi feita com base "em provas contundentes".
— Nenhum de nós comemora prisões ou o sofrimento de quem quer que seja, por mais radical adversário que possa ter sido ou que seja do nosso campo político. A decisão do Supremo Tribunal Federal vai ao encontro de uma grande expectativa da sociedade brasileira, que era a punição não de A ou B escolhidos politicamente, mas daqueles sobre os quais recaiam provas contundentes na avaliação da Suprema Corte brasileira — disse Aécio.
O presidente do PSDB reforçou a tese de que a decisão do STF não pode ser explorada como um ato político.
— O que eu lamento, falando agora como presidente do PSDB, é que o presidente nacional do PT tenha confundido uma decisão da Suprema Corte brasileira com uma ação política, querendo criar um clima no Brasil absolutamente distante daquele que era natural. Não contribui para a democracia um partido político querer transformar um julgamento numa ação política. O que vale para esse caso deve valer para todos os outros — disse o pré-candidato.
A cúpula tucana reuniu-se nesta segunda-feira em Poços de Caldas para celebrar os 30 anos do lançamento da "Declaração de Poços de Caldas", que em 1983 pediu a realização das eleições diretas no país.
Sobre a ausência de José Serra, o ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso respondeu que o partido está em perfeita unidade.
— O partido está em perfeita unidade. E o melhor, ao redor de ideias e projetos. Essa unidade progressivamente será total. Nada impede que esse que você citou (José Serra), a quem respeito e admiro, se manifeste sobre o que foi dito hoje — afirmou Fernando Henrique.
O encontro do PSDB que reuniu governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores e militância na cidade mineira propôs uma revisão do pacto federativo, dando a municípios e estados mais verba e poder.
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