Em enquete inovadora do iG, FHC é eleito o presidente que mais fez pelo Brasil
Tucano, que venceu Lula duas vezes no 1º turno, em 1994 e 1998, teve 116.306 votos e levou a melhor sobre o petista, 2º mais votado; Itamar, Dilma, Collor e Sarney vêm em seguida
Baseada no conceito de real time, que proporciona uma interação entre todos os usuários do portal iG
, a nova plataforma de enquete lançada no final de julho apontou
Fernando Henrique Cardoso
(PSDB) como o presidente que mais fez pelo País durante seus dois
mandatos. O tucano, que governou o Brasil de 1995 a 2002, recebeu
116.306 votos, superando o petista
Luiz Inácio Lula da Silva
(2003-2010), com 63.312. Itamar Franco (1992-1994), a atual presidenta
Dilma Rousseff
(desde 2011), Fernando Collor de Mello (1990-1992) e José Sarney
(1985-1990) apareceram em seguida, nesta ordem. Ao todo, foram
computados 195.028 votos em sete dias.
FHC foi considerado pelos internautas o presidente que mais fez pelo País |
Mais uma vez, a plataforma inovadora do iG
teve um grande alcance nas redes sociais, em especial no Twitter e no
Facebook. A repercussão da enquete foi imediata e, durante a semana,
vários usuários convocaram os amigos para votar na home do portal.
Bem atrás da
polarização entre FHC e Lula
, o ex-presidente Itamar Franco, que
morreu em 2011
exercendo o mandato de senador por Minas Gerais, recebeu 5.187 votos.
Atual chefe da Nação, Dilma Rousseff, com um ano e oito meses de
mandato, teve 4.884 votos e ficou à frente dos ex-presidentes Fernando
Collor, alvo de um
processo de impeachment em 1992
(4.275 votos), e José Sarney (1.064).
Os anos FHC
Eleito em 1994 após vencer Lula ainda no primeiro turno,
FHC ficaria no cargo por oito anos. No meio do mandato, o Congresso
aprovou uma emenda constitucional que instituiu, para os cargos
executivos, o mandato de quatro anos com direito a uma reeleição – e FHC
soube tirar vantagem da emenda feita sob medida. O tucano foi o
primeiro presidente da história brasileira a ser reeleito, ambas as
vezes em um turno só. Mas o grande legado de FHC se concentraria no
campo econômico.
Em 1994, ele teve papel fundamental na criação do Plano
Real, que acabou com a hiperinflação. No ano seguinte, teria de domar a
crise bancária gerada pelo fim da era inflacionária, no programa que
ficou conhecido como Proer.
Em 1999, contornou mais uma ameaça à moeda, quando a
mudança para o câmbio flutuante fez disparar a cotação do dólar, então
tido como âncora do real. Para piorar, o período ficou marcado por
crises financeiras sucessivas – no México, na Ásia e na Rússia – que
também faziam a economia nacional balançar. Ainda que as manobras para
segurar o real tenham sido alvo de críticas, no fim elas garantiram a
estabilidade da moeda, quando ela foi testada de forma mais decisiva.
Na área social, FHC introduziu os primeiros programas de
distribuição de renda, depois ampliados pelos sucessores. Mas enfrentou
dificuldades com a crise no setor energético no segundo mandato, que
gerou um racionamento de energia no País, o chamado “apagão”. Além
disso, a política de aperto fiscal necessária para garantir a
estabilidade impediu um crescimento mais acelerado da riqueza nacional,
minando a popularidade de FHC. Os dois mandatos tucanos também ficaram
marcados pelas privatizações em vários setores da economia, como as
telecomunicações. Após oito anos no poder, FHC não conseguiu eleger seu
candidato à sucessão,
José Serra
(PSDB), em 2002.
Nenhum comentário:
Postar um comentário