
Assisti a vitória do Brasil sobre o Chile, como todos vocês. Vencemos. Três a zero. Ponto. Fecha parágrafo.
Agora desembucho. Não consigo me conformar com o futebol destes indivíduos que tem a petulância de vestir a camisa canarinho. Esta camisa amarela que já foi usada por gente como Pelé, Garrincha, Zico, Romário, Ronaldo e Ronaldinho, e que desperta verdadeiro pavor em qualquer seleção do mundo. Esta mesma camisa que estou vestindo enquanto escrevo estas palavras. Vestí-la e entrar em campo deveria ser uma honra oferecida a poucos mortais. Somente aqueles com ou muito talento ou muita raça deveriam ter esta oportunidade. Na partida de hoje, somente um nome, dos onze que vi em campo, me pareceu apto a sair do vestiário dentro dela: Lúcio, um zagueiro. Não deixa de ser uma infeliz constatação, num país que já foi conhecido como o maior representante do futebol-arte, onde nas mais corriqueiras peladas nos campinhos de várzea, podemos assistir dribles fenomenais e verdadeiros gols de placa.
Me digam com sinceridade, alguém viu um único drible no jogo de hoje? Temos algum jogador que possamos chamar de matador? Onde foram parar nosso meias, aqueles que recebiam a bola da defesa e coordenavam a jogada até os pés de nossos mortais centroavantes? Onde estão aqueles jogadores maravilhosamente irresponsáveis, capazes de entortar três ou quatro adversários, pelo puro prazer de conduzir a redondinha? Isso faz parte do passado? Não existe mais? É claro que existe! Existe sim, nos campos Brasil afora, de norte a sul do país. Ainda existe nos pés de muita gente que o Dunga preferiu afastar de seus bons e obedientes garotos, que nunca vão dormir sem rezar e escovar os dentes, por prudência. Não pegaria bem, na opinião dele, um Ganso ou um Ronaldinho Gaúcho dar o mau exemplo de mostrar alguma alegria e individualidade perante seus companheiros. O Robinho, para jogar nesse time, teve que aprender a se comportar e a jogar como, sei lá, um frio escandinavo.
Podemos ser campeões jogando assim? Podemos. A questão que me atormenta é que não tenho certeza se quero isso. Não sei se me sentirei bem reafirmando a hegemonia brasileira nesse esporte bretão, mas ao mesmo tempo sepultando aquilo que nos tornou possivelmente os maiores adoradores e certamente os melhores executores do futebol mundial: o talento individual. Luís Fabiano? Kleberson? Maicon? É tudo uma imensa e péssima piada. O único futebol decente jogado nesta copa, na minha modesta e primitiva opinião , foi o de nossos vizinhos e arqui-rivais argentinos. Dá gosto de ver a gana com que eles perseguem a vitória. Mais que o astro Messi, me encanta o jogo do Tevez. Raçudo e insistente, não desperdiça uma jogada, e quando lhe dão espaço, mostra muita habilidade com a bola. Não temos ninguém à altura dele no nosso time (e olha que ele é baixinho...). Isso é fato.
Sim, é bem possível que se formos campeões, eu saia feito um louco berrando e buzinando pelas ruas, na embriagada companhia de outros duzentos milhões de brasileiros. Mas o futebol estará um pouco menor do que já foi.
Dunga burro!!!! Pronto, falei.
Agora desembucho. Não consigo me conformar com o futebol destes indivíduos que tem a petulância de vestir a camisa canarinho. Esta camisa amarela que já foi usada por gente como Pelé, Garrincha, Zico, Romário, Ronaldo e Ronaldinho, e que desperta verdadeiro pavor em qualquer seleção do mundo. Esta mesma camisa que estou vestindo enquanto escrevo estas palavras. Vestí-la e entrar em campo deveria ser uma honra oferecida a poucos mortais. Somente aqueles com ou muito talento ou muita raça deveriam ter esta oportunidade. Na partida de hoje, somente um nome, dos onze que vi em campo, me pareceu apto a sair do vestiário dentro dela: Lúcio, um zagueiro. Não deixa de ser uma infeliz constatação, num país que já foi conhecido como o maior representante do futebol-arte, onde nas mais corriqueiras peladas nos campinhos de várzea, podemos assistir dribles fenomenais e verdadeiros gols de placa.
Me digam com sinceridade, alguém viu um único drible no jogo de hoje? Temos algum jogador que possamos chamar de matador? Onde foram parar nosso meias, aqueles que recebiam a bola da defesa e coordenavam a jogada até os pés de nossos mortais centroavantes? Onde estão aqueles jogadores maravilhosamente irresponsáveis, capazes de entortar três ou quatro adversários, pelo puro prazer de conduzir a redondinha? Isso faz parte do passado? Não existe mais? É claro que existe! Existe sim, nos campos Brasil afora, de norte a sul do país. Ainda existe nos pés de muita gente que o Dunga preferiu afastar de seus bons e obedientes garotos, que nunca vão dormir sem rezar e escovar os dentes, por prudência. Não pegaria bem, na opinião dele, um Ganso ou um Ronaldinho Gaúcho dar o mau exemplo de mostrar alguma alegria e individualidade perante seus companheiros. O Robinho, para jogar nesse time, teve que aprender a se comportar e a jogar como, sei lá, um frio escandinavo.
Podemos ser campeões jogando assim? Podemos. A questão que me atormenta é que não tenho certeza se quero isso. Não sei se me sentirei bem reafirmando a hegemonia brasileira nesse esporte bretão, mas ao mesmo tempo sepultando aquilo que nos tornou possivelmente os maiores adoradores e certamente os melhores executores do futebol mundial: o talento individual. Luís Fabiano? Kleberson? Maicon? É tudo uma imensa e péssima piada. O único futebol decente jogado nesta copa, na minha modesta e primitiva opinião , foi o de nossos vizinhos e arqui-rivais argentinos. Dá gosto de ver a gana com que eles perseguem a vitória. Mais que o astro Messi, me encanta o jogo do Tevez. Raçudo e insistente, não desperdiça uma jogada, e quando lhe dão espaço, mostra muita habilidade com a bola. Não temos ninguém à altura dele no nosso time (e olha que ele é baixinho...). Isso é fato.
Sim, é bem possível que se formos campeões, eu saia feito um louco berrando e buzinando pelas ruas, na embriagada companhia de outros duzentos milhões de brasileiros. Mas o futebol estará um pouco menor do que já foi.
Dunga burro!!!! Pronto, falei.